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Pessoas com deficiência elegem representantes no Conselho Municipal de Curitiba


Pessoas com deficiência residentes em Curitiba elegeram, nesta quarta-feira (16/8), os representantes da sociedade civil para o Conselho Municipal dos Direitos do segmento no próximo biênio (2023-2025). Foram eleitos nove representantes – seis de organizações não-governamentais e três individuais.

Passam a integrar o órgão as instituições Associação de Proteção ao Deficiente Físico e Mental Tia Maria, Apas (Associação de Pais e Amigos de Surdos), IPC (Instituto Paranaense de Cegos), ADFP (Associação dos Deficientes Físicos do Paraná), Afece (Associação Franciscana de Educação ao Cidadão Especial) e Associação Beneficente Renascer (voltada para autismo).

Entre os candidatos individuais – todos com algum tipo de deficiência – foram eleitos Maria Francisca Sottomaior Cury, Marcos Murilo Holzmann e Maria Fernanda Bruni, além dos suplentes Maria Madalena Kochack, Cleonice de Fátima Golemba e Marcos Renato Figueroa.

Espaço democrático

A representante da Promotoria de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, a promotora de justiça Luciana Linero, acompanhou o processo eleitoral no Departamento dos Direitos da Pessoa com Deficiência (DPCD) e elogiou a mobilização dos eleitores. “Nossa legislação é boa mas há muito a avançar sobre a conscientização das pessoas e a preparação dos ambientes”, observou.

O DPCD ofereceu um computador para uso dos eleitores sem acesso ao equipamento ou que tivessem dificuldades com a internet, mas muitos dispensaram a facilidade da votação on-line e preferiram ir até lá. Foi o caso da arquiteta Maria Francisca Cury, que há sete anos se locomove em cadeira de rodas.

“Peguei um táxi e aproveitei para falar sobre mobilidade urbana para quem estivesse aqui e encontrei muita gente. Tenho um bom padrão de vida e sei que, se a vida não é fácil para mim, é ainda mais difícil para que não tem as mesmas comodidades”, disse Maria Francisca, que ficou entre os eleitos.

A gerente de Desenvolvimento Institucional do Pequeno Cotolengo, Priscila Guimarães, teve a mesma ideia da arquiteta. Acompanhada da diretora da escola que funciona na instituição, Alessandra Marquete, foi conversar com os demais eleitores sobre a importância da aplicação imediata de políticas públicas como a que prevê a destinação de recursos do Imposto de Renda também para pessoas com deficiência.

“Precisamos estar organizados para quando isso virar lei e o Conselho pode ajudar a organizar isso”, disse, referindo-se ao projeto que tramita no Congresso Nacional. Hoje essa fonte de recursos beneficia apenas idosos e crianças. Pequeno Cotolengo não ficou entre as mais votadas.

Conselho

Os eleitos conduzirão a próxima formação do Conselho ao lado de outros nove representantes do segmento governamental, indicados por cada órgão da Prefeitura integrante da instituição.

São eles Fundação de Ação Social, Secretaria Municipal da Saúde, Secretaria Municipal da Educação, Fundação Cultural, Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude, Urbs, Secretaria de Planejamento, Finanças e Orçamento e Secretaria de Governo (com duas vagas).

A posse acontecerá no dia 25 de agosto, às 15h30, no Salão Brasil da Prefeitura.



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