Aliados próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão considerando alternativas para a eleição presidencial de 2026, caso a inelegibilidade de Bolsonaro seja mantida pela Justiça. Uma das estratégias em discussão é a formação de uma chapa composta pelo governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), como candidato à presidência, tendo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) como vice.
A escolha de Ratinho Júnior é vista como potencialmente vantajosa devido à sua capacidade de atrair eleitores no Nordeste, região onde outros nomes da direita, como Tereza Cristina (PP), Ronaldo Caiado (União Brasil) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), poderiam enfrentar resistência. Essa vantagem é atribuída, em parte, à influência de seu pai, o apresentador Ratinho, que possui ampla penetração e popularidade no público nordestino.
Embora Michelle Bolsonaro seja considerada uma forte candidata ao Senado pelo Distrito Federal, sua participação na chapa presidencial é vista como estratégica. Isso permitiria que outras figuras da direita, como a deputada Bia Kicis (PL-DF), disputassem a vaga ao Senado, enquanto uma segunda vaga poderia ser oferecida ao atual governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), que concluirá seu mandato em 2026 e é considerado um aliado estratégico.
Além disso, os filhos de Jair Bolsonaro, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), também são mencionados como possíveis candidatos. No entanto, Flávio já está estruturando sua campanha para a reeleição ao Senado no Rio de Janeiro, e Eduardo deve manter sua candidatura parlamentar em São Paulo, seja como deputado ou senador, visando fortalecer a bancada do PL no Congresso Nacional.
É importante notar que, em outubro de 2024, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, afirmou que Ratinho Júnior só não será candidato à Presidência em 2026 se não quiser, indicando um consenso dentro do partido sobre sua potencial candidatura.
Essas movimentações refletem a busca por alternativas viáveis dentro do espectro político da direita brasileira, diante da possível ausência de Jair Bolsonaro na disputa presidencial de 2026.
FONTE: CNN