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Servidores da Prefeitura de Curitiba têm oficina para atender casos de violência contra idosos


Foi realizada nesta sexta-feira (25/8), na Regional Bairro Novo, a oficina 60+ Sem Violência, para servidoras e servidores das regionais Bairro Novo e Tatuquara. As equipes que atuam no atendimento com contato direto ao público estão sendo preparadas para lidar com situações de violência contra as pessoas idosas

A oficina foi conduzida pela docente Mirian Midori, acompanhada pela Assessoria de Políticas para Mulheres e equipes de atendimento da FAS e Smelj, reforçando a abordagem interdisciplinar do treinamento.

“É fundamental discutir com a equipe e procurar alternativas de abordagem. As vítimas de violência dão sinais, mudanças no comportamento, a equipe precisa observar, não podemos ser omissos”, afirmou Mirian. “As pessoas idosas possuem um estatuto que garante os seus direitos”, completou. 

A Lei nº 10.741/2003 garante o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.

Visando a qualidade de vida da pessoa idosa, a indicação é que o acolhimento institucional seja usado como último recurso. 

Vulnerabilidade

No programa de consultas públicas Fala Curitiba, a comunidade tem enfatizado a necessidade de medidas eficazes para proteger as mulheres em risco. As idosas são especialmente vulneráveis à violência, pois costumam estar mais isoladas e dependentes de seus agressores

“Os índices apontam que mulheres têm renda menor, maiores responsabilidades no cuidado com casa e crianças e são as maiores vítimas de violência, o que acarreta prejuízos sociais e econômicos”, salienta Elenice Malzoni, assessora de Direitos Humanos e Políticas para as Mulheres.

A complexidade da violência de gênero é destacada, pois suas manifestações variam com base em critérios como localização geográfica, condição social, raça, identidade de gênero, crenças religiosas, orientação sexual, idade, e deficiências. .

Qualificação

Cerca de 25 pessoas participaram da oficina e puderam aprender sobre os diferentes tipos de violência contra idosos, como identificar e denunciar os casos. Para compartilhar suas experiências, os participantes foram divididos em grupos de debate e depois cada grupo apresentou um caso e seus desdobramentos.

Brandali Aparecida Ribeiro Padilha é agente comunitária há 23 anos e atualmente trabalha na Unidade de Saúde Nossa Senhora Aparecida, no Bairro Novo. “Esta é uma ótima oportunidade de ampliarmos nosso conhecimento e saímos daqui com mais ferramentas para o nosso trabalho diário”, declarou.

Elza Peres Macedo Zavioli, agente comunitária há 24 anos, atua na Unidade de Saúde Moradias da Ordem, no Tatuquara.

“Saio daqui hoje com o meu horizonte muito mais expandido, ampliou meus conhecimentos e agora tenho mais instrumentos para lidar com as dificuldades nos atendimentos”, comemora Elza.

Agosto Lilás

A oficina faz parte das atividades do Agosto Lilás, um mês dedicado à conscientização sobre a importância de enfrentar e prevenir a violência contra as mulheres. Durante todo o mês, diversas iniciativas lideradas pela Assessoria de Direitos Humanos e Políticas para as Mulheres têm visado sensibilizar o público sobre esta questão crucial.

A mesma oficina já foi realizada para servidores das regionais Matriz, Boa Vista e Santa Felicidade. As próximas datas são 28 de agosto, com a participação de servidores do CIC, Pinheirinho e Portão, e 1º de setembro, quando a oficina será para servidores do Boqueirão e Cajuru.



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