Mercado de Carbono no Paraná: conheça as oportunidades e iniciativas

O mercado de créditos de carbono é assunto de relevância mundial desde o estabelecimento do Protocolo de Kyoto, em 1997, pois determina diversas questões ambientais e de mudanças climáticas. No Brasil, esse mercado foi oficializado no último dia 19 de maio, através do Decreto Federal nº 11.075, que inclui procedimentos para a elaboração dos Planos Setoriais de Mitigação das Mudanças Climáticas e institui o Sistema Nacional de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa.

Segundo estudo da WayCarbon e IPCC, realizado em 2021, o Brasil pode gerar até 100 bilhões de dólares em crédito de carbono até 2030, o equivalente a 1 bilhão de toneladas de CO2. “São mais de 14.500 projetos de crédito de carbono ao redor do globo e o Brasil tem potencial para suprir de 5% a 37,5% da demanda global do mercado voluntário, além de 2% a 22% da demanda global do mercado regulado no âmbito da Organização das Nações Unidas”, aponta Carlos Alberto Cioce Sampaio, professor do Mestrado em Governança e Sustentabilidade o ISAE Escola de Negócios.

Entre as oportunidades para alavancar a cadeia produtiva sustentável brasileira, o especialista destaca os setores agropecuário, de florestas, de energia, de transporte e da indústria. “Agricultura regenerativa, florestas em pé e recuperadas, bioprodutos, biocombustíveis, tecnologias de hibridização e eletrificação de veículos, além da transição para a Indústria 4.0, são algumas perspectivas decorrentes da aplicação de estratégias de baixo carbono”, explica.

Contudo, para que o Brasil possa acessar as oportunidades do mercado de carbono global, é necessário destravar recursos financeiros para planos de recuperação econômica e aceleração do crescimento sustentável da economia nacional, incluindo ações em todos os estados da federação.

No Paraná, por exemplo, Sampaio sugere três oportunidades de iniciativas. “Restauração das áreas de preservação permanente (APP) de produtores familiares localizados na Mata Atlântica; utilização de biocombustíveis e o biogás, a partir de grandes quantidades de resíduo orgânico, como as dos setores alimentícios e de saneamento ambiental; e tecnologias de hibridização associadas ao ganho de eficiência disruptiva são algumas das ações que o Estado já pode implementar em benefício do mercado de carbono nacional”, complementa.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Governador reforça papel da Itaipu no desenvolvimento regional

O governador Carlos Massa Ratinho Junior reforçou a importância da Itaipu Binacional no desenvolvimento do Brasil e do Paraguai e, em especial, do estado do Paraná. Ratinho visitou o estande da empresa no 35º Show Rural Coopavel, em Cascavel (PR), na tarde dessa quarta-feira (8). Ele foi recebido pelo diretor-geral brasileiro de Itaipu, Anatalicio Risden Junior.

“Além da sua missão de produzir energia para o Brasil e o Paraguai, Itaipu tem buscado cada vez mais uma participação ativa no desenvolvimento econômico e social de nosso estado”, afirmou Ratinho. “Temos obras históricas acontecendo, projetos ambientais importantíssimos. É um orgulho muito grande para nós termos essa grande hidrelétrica, umas das maiores geradoras de energia do mundo e uma empresa com responsabilidade com o local onde está”, concluiu.

Ao lado de Risden, o diretor técnico executivo, David Krug, acompanhou a visita do governador ao estande. O ex-diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, e outras autoridades também estiveram no local e participaram do encontro com o governador.

“Para mim, é um privilégio encontrar o Samek aqui, porque mostra a importância da continuidade. Um trabalho que começou lá atrás e continua até hoje. A Itaipu é um projeto binacional, um sucesso na relação entre dois países que convivem como irmãos há quase 50 anos”, afirmou o diretor. “Passar aqui no estande e ver as ações da Itaipu e como o público reconhece isso é motivo de profunda satisfação”, comentou Samek.

Risden teve uma longa agenda durante a quarta-feira, prestigiando as atividades da Itaipu no Show Rural Coopavel. Ele visitou a Vitrine Agroecológica, um enorme canteiro com mudas nativas da região, onde a empresa expõe as técnicas em agroecologia junto com outras 11 entidades. O diretor também passou pelo estande do Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e visitou a Ciência na Esfera, iniciativa da Itaipu montada no pavilhão “Show Rural Digital”.

Pequenos negócios geraram 81% das vagas de trabalho em 2022, no Paraná

As micro e pequenas empresas paranaenses (MPE) foram destaques em 2022, sendo responsáveis por 81,9% das vagas criadas no período, no Estado. No Brasil não foi diferente, a cada dez postos de trabalhos gerados, aproximadamente oito foram criados pelos pequenos negócios, segundo levantamento do Sebrae, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). 

Com o resultado positivo, foram 118.149 novas vagas no Paraná entre janeiro e dezembro de 2022. Destas, 96.795 foram das MPE. Além disso, o acumulado do ano em todo o País ultrapassou 2 milhões de novos postos, das quais quase 1,6 milhão teve lugar nos pequenos negócios. 

Em números absolutos, o Paraná foi o quarto estado com mais empregos gerados por MPE, atrás de São Paulo (432.476), Minas Gerais (159.927) e Rio de Janeiro (128.061). 

“Novamente o nosso estado está entre os principais fomentadores do empreendedorismo do país e o crescimento está distribuído por todos os setores. Como nos últimos anos, o desempenho e dinamismo das MPE são decisivos para esses números positivos. Isso aliado com políticas de incentivo e desenvolvimento de parcerias mostra que estamos no caminho certo durante essa retomada”, comenta o diretor de Operações do Sebrae/PR, César Reinaldo Rissete.

Na soma dos 12 meses do ano passado, o setor paranaense com maior destaque foi o de Serviços, responsável por 52.545 empregos. Na sequência, entre as áreas com maior número de postos estão o Comércio (20.586), Indústria e Transformação (11.679) e Construção (9.960). 

Em 2021, foram abertas 172.636, sendo que as MPE foram responsáveis por 143.733. Ao comparar os últimos anos, houve queda no número total de vagas abertas, porém a participação dos pequenos negócios se manteve, sendo 83,2% em 2021 e 81,9% no ano passado.

Setores pelo Brasil 

Mesmo quando comparado com 2021 – quando as MPE tiveram um desempenho que superou os 2,17 milhões de empregos gerados, equivalente a 77% do total de vagas do período –, verifica-se que a participação dos pequenos negócios no saldo total aumentou no ano passado, chegando a 78,4%.

No Brasil, em 2022, os setores dos pequenos negócios que mais contrataram foram: Serviços (828.463), Comércio (332.626) e Construção Civil (229.755). 

A pesquisa também faz um recorte de dezembro de 2022 que, similar aos anos anteriores, apresenta mais desligamentos do que admissões, resultando em saldos negativos em todos os portes. No último mês do ano passado, o Brasil encerrou com pouco mais de 431 mil postos de trabalho – desse volume, as MPE foram responsáveis por 205 mil (47,5%). Como todos os portes apresentaram saldos negativos de contratação, o mesmo pôde ser observado na estratificação por setor de atividade. O único setor que gerou emprego foi o setor do Comércio das MPE. No Paraná, o desempenho foi similar em dezembro e todos os setores representaram queda, com saldo negativo de 35.901 postos.

WP Twitter Auto Publish Powered By : XYZScripts.com