Fim de semana com balada e bares lotados rendem multas aos comerciantes de Curitiba

Muita aglomeração e ausência de medidas básicas de segurança contra a covid-19, como falta da máscara de proteção, do distanciamento social e outras medidas sanitárias obrigatórias foram contadas neste fim de semana, durante as Ações Integradas de Fiscalização Urbana (Aifu). As equipes, formadas por servidores da Prefeitura de Curitiba e Governo do Estado, vistoriaram 42 estabelecimentos entre a sexta-feira (17/9) e a noite do domingo (19/9).

O resultado foi a paralisação das atividades em 19 estabelecimentos e 21 autos de infração lavrados que somados chegam a R$ 1 milhão em multas.

Os autos de infração são previstos na Lei 15799/2021 e no decreto nº 1210/2021, que considera as medidas sanitárias necessárias na cidade, que está em situação de alerta em relação à disseminação do novo coronavírus (bandeira amarela).

Os números são mais preocupantes quando somados às vistorias realizadas ao longo da semana. Entre a segunda-feira (13/9) e o domingo (19/9) foram vistoriados 98 estabelecimentos dos quais 24 precisaram ser interditados por desrespeito às normas anti-covid-19 e 30 autos de infração foram lavrados.

Divulgação

Medidas sanitárias

Desde 5 de janeiro, quando entrou em vigor a Lei 15799, as Ações Integradas de Fiscalização Urbana (Aifu) vistoriaram 4.309 estabelecimentos, de diferentes áreas do comércio. Destes, mil foram flagrados descumprindo as medidas sanitárias obrigatórias e acabaram interditados e 1.932 autos de infração foram lavrados para pessoas físicas, empresas e comércios.

O valor total dos autos lavrados é de aproximadamente R$ 25 milhões. Todos os cidadãos e empresas autuadas têm direito a se defender em processo administrativo.

Sexta-feira

Na sexta feira (17/9), as equipes paralisaram oito estabelecimentos e aplicaram nove autos de infração ao longo de 17 averiguações. Foram flagradas situações de risco à saúde pelo contágio da covid-19 em uma tabacaria no bairro Cidade Industrial, autuada por permitir o consumo de narguilé no estabelecimento (R$ 50 mil), um bar no São Francisco, por não garantir a permanência das pessoas sentadas (R$ 20 mil), uma distribuidora de bebidas, no bairro Cidade Industrial, por permitir o consumo de narguilé no estabelecimento (R$ 50 mil). No Tatuquara, também foi paralisado e multado um estabelecimento por permitir o consumo de narguilé no local e por não controlar o número de pessoas (R$ 100 mil).

Outros estabelecimentos autuados na sexta-feira foram bares no Novo Mundo, Portão, Centro e Alto da XV, por não controlarem o número de pessoas e permitirem a permanências de pessoas em pé, o que aumenta a possibilidade de transmissão do novo coronavírus. Os autos de infração variaram de R$ 10 mil a R$ 50 mil, conforme a gravidade da situação constatadas pelos fiscais.

Sábado

Sete autos de infração e nove estabelecimentos com atividades paralisadas foi o resultado das 17 vistorias realizadas no sábado (18/9), sendo aglomeração e a permanência das pessoas em pé, as principais infrações.

Foram multados e paralisados um bar e lanchonete no Bom Retiro, por não controlar a vedação de pessoas em pé (R$ 50 mil), um bar no Mercês, por não controlar a vedação de pessoas em pé (R$ 15 mil), bar no Butiatuvinha, por não controlar a lotação de pessoas (R$ 5 mil). Também foram autuados bares no Tingui, Uberaba, Jardim das Américas por permitirem o consumo de narguilé, não controlar o número de pessoas e por descumprir obrigação de uso de máscara. Os autos de infração tiveram valores entre R$ 20 mil e R$ 150 mil, conforme a gravidade do caso.

No bar do Jardim das Américas, reincidente nas infrações, as equipes constataram mais de 250 pessoas em uma área de 150 m2. O auto de infração foi de R$ 150 mil. Também foi considerado de alta gravidade a situação averiguada em uma casa de evento no bairro Augusta, onde mais de 200 pessoas, sem máscaras, descumpriram outros protocolos sanitários. O responsável pelo evento e organizador foram autuados em R$ 100 mil cada um.

Domingo

Domingo (19/9) também foi dia de muito trabalho para Aifu. Foram 8 vistorias, 4 estabelecimentos interditados e 6 autos de infração lavrados mediante ao desrespeito à vida. Foram interditados e autuados duas hamburguerias no bairro Cidade Industrial, por permitirem o consumo de narguilé (R$ 30 mil cada) e a permanência de pessoas em pé nos estabelecimentos (R$ 30 mil cada). A Sociedade Recreativa Boqueirão foi autuada por permitir a permanência de pessoas em pé (R$ 50 mil) e uma lanchonete no Uberaba, pelo mesmo motivo, multada em (R$ 50 mil).

Fiscalização de trânsito

Durante a operação Aifu do fim de semana, agentes de trânsito aplicaram 40 autos de infração: praticamente a totalidade deles por veículos estacionados de forma indevida. Foram registrados casos de veículos estacionados em frente a ponto de ônibus, na esquina (comprometendo a visibilidade), em vagas exclusivas de idoso e de deficiente sem o uso obrigatório da credencial, em local e horário proibidos pela sinalização, em frente a guia rebaixada (local de entrada e saída de veículos), no passeio, em vaga de curta duração e em desacordo com a sinalização. Quatro veículos foram guinchados.

Além da Aifu

Desde o início da vigência da lei municipal 15.799/2021, a Guarda Municipal registrou outras 451 autuações, no valor total de R$ 1.543.102. Desse total foram 78 autuações no valor de R$ 475.300 para pessoas jurídicas e 373 autuações no valor de R$ 1.067.802 para pessoas físicas.

Esse é o resultado da atuação dos guardas municipais fora das Aifus, em atendimento a chamados que chegam da população pelo telefone de emergência 153 e, também, durante o patrulhamento preventivo desenvolvido por toda a cidade.

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Dia dos Namorados antecipado no Bar Quermesse terá menu especial com preço popular

Com um ambiente descontraído e aconchegante, que aposta em um clima bem especial que remete às festas de interior, O Bar Quermesse conquistou o público curitibano com um cardápio que valoriza o melhor da gastronomia regional brasileira. Referência em culinária caseira, o bar será o destino ideal para os casais, que amam as tradicionais comidinhas de boteco, celebrem o Dia dos Namorados.

Antecipado para o domingo, dia 11 de junho, o Dia dos Namorados do Bar Quermesse vai oferecer um menu de jantar especial para os casais curitibanos, que poderão saborear um preparo bem especial por um preço acessível. Com uma proposta romântica e focada em uma tradicional iguaria para esquentar o frio que costuma fazer na data, o empreendimento vai oferecer o saboroso Mignon Chic, um fondue com iscas de mignon puxadas na manteiga servidas com pão italiano especial recheado de creme de queijo e especiarias. Tudo isso acompanhando por uma garrafa de vinho. A opção completa custará apenas R$ 100 por casal.

“Pensamos em uma opção de jantar especial e descontraída que vai reunir o romantismo do Dia dos Namorados com o ambiente convidativo e acolhedor do Quermesse”, comenta José Araujo Neto, sócio proprietário do Quermesse. “Não podíamos deixar de preparar algo diferenciado e oferecer aos casais curitibanos uma noite especial na data mais romântica do ano”, complementa.

O Bar Quermesse fica na Rua Carlos Pioli (nº 513), no bairro Bom Retiro, e funciona de terça a sexta, das 18h às 01h, e aos sábados e domingos, das 11h30 às 01h. Mais informações pelo telefone (41) 3026-6676.

Conheça os segredos do chef inquieto que não para de empreender na gastronomia

Herdeiro da família que conduz um dos maiores restaurante da América Latina, o Madalosso, no tradicional bairro de Santa Felicidade, em Curitiba (PR), o empresário Beto Madalosso, de 44 anos, construiu a sua carreira em empreendimentos de gastronomia na capital paranaense. Formado em Administração e pós-graduado em Economia, Madalosso também é chef de cozinha. Foi na junção entre a cozinha e a gestão que ele se encontrou.

Com quinze anos de experiência na área, Madalosso está envolvido atualmente na criação de dois novos empreendimentos na cidade: um estabelecimento que foge da influência italiana, o Sambiquira, e em outro sem salão, no formato de entrega, o Trolha. Ambos são reflexos de sua experiência de vida e formações, seguindo um caminho natural pelo ato de empreender.

“Eu fui forjado um empreendedor. Se formos pensar, uma pessoa que é filho de músicos e cresce em um ambiente musical, tem uma tendência elevada de seguir a mesma carreira. Trabalhar em restaurante não demanda uma especialidade inicial, como seria com um filho de médicos. Quando menos se vê, você está trabalhando no empreendimento, servindo mesas, atendendo a porta”, conta Madalosso a respeito de sua experiência no restaurante da família.

No entanto, chegou o momento em que sentia o desejo de que o seu restaurante tivesse a sua “pequena história de vida, refletisse minha idade e meu jeito de ser”. “Tocar o negócio da família é uma experiência prazerosa, mas chega um momento no qual se quer trabalhar do seu jeito”, conta.

Negócios traduzem um momento de vida

Sua primeira empreitada solo foi com a Forneria Copacabana, que se transformou em Carlo, restaurante voltado à cozinha afetiva de origem italiana. Atualmente, ele também administra duas unidades do Madá Pizza & Vinho, que vende mais de 3 mil pizzas ao mês. Agora, o empreendedor envereda pela gastronomia brasileira com as comidas de boteco do Sambiquira e se envolve nos detalhes finais do Trolha, previsto para inaugurar até o fim de março.

Madalosso compara a criação de um restaurante a um processo artístico. “Empreender é uma materialização de nós mesmos e da nossa identidade momentânea. É a tradução de um sentimento, um sonho que é dividido com as pessoas”, diz. “Cada negócio traduz um momento de vida, um comportamento, um cenário econômico e político, uma inspiração que surgiu em uma viagem”, ressalta.

É comum que se queira compartilhar este sonho com mais pessoas e de outras localidades. “O Madá é muito elogiado por turistas e pessoas de fora, incluindo de São Paulo. Já estudamos bastante para levar o negócio para fora de Curitiba. Sabemos que temos uma oportunidade muito interessante, pois o produto se destaca”, afirma.

Novas ideias saindo do papel

Este processo de criação mescla o instinto das experiências prévias e os conhecimentos adquiridos ao longo da vida. “É um processo muito intuitivo. Claro que, por trás disso, existe muita pesquisa e muitas informações colhidas ao longo do tempo”, opina. No caso do Sambiquira, a ideia de um espaço voltado à comida de boteco acompanha um maior interesse pela cultura brasileira, algo que cresceu muito nos últimos anos de sua vida.

Inicialmente, a ideia seria fazer algo limitado a cortes de frango, mas o conceito mudou. “Pensamos em algo que sirva bolinho de carne, cachaça e toque música brasileira. O foco está em construir uma experiência completa, pensando em cada detalhe, o que vai muito além de só o cardápio e a localização. Nós avaliamos até mesmo o tamanho da mesa e dos copos dentro do contexto de um boteco e que um restaurante não permitiria”, explica.

O Trolha, inaugurado recentemente, no dia 17 de abril, oferece uma experiência completamente digital, seguindo a conjuntura de entrega e delivery. As trolhas são um salgado feito com massa de fermentação natural enrolada, semelhante a um rocambole. “A ideia da trolha é ser um alimento bomba, capaz de matar a ressaca do dia anterior. Até as bebidas de acompanhamento serão muito calóricas para acompanhar este conceito”, diz.

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