TETO e Prefeitura Municipal de Curitiba vão realizar remanejamento histórico na Caximba

Você deve conhecer a cantiga “era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada”. E é exatamente assim que as casas de diversos moradores da Caximba, uma das comunidades mais carentes de Curitiba, estão. Sem contar os problemas enfrentados para a regulamentação de terrenos na região, que há anos mobilizam moradores e órgãos públicos. Agora, uma parceria inédita entre a organização internacional TETO Brasil e a Prefeitura Municipal de Curitiba, englobando a COHAB e Administração da Regional Tatuquara, promete dar uma vida mais dignas para dezenas de famílias que habitam a região.

O TETO é conhecido na América Latina por atuar em prol da superação de pobreza nas comunidades mais vulneráveis e invisíveis por meio de programas sociais que geram soluções concretas de melhorias de infraestrutura e moradia. Presente em 19 países da América Latina e Caribe, a organização atua há mais de 10 anos no Brasil pelo direito das pessoas que vivem nas favelas mais precárias e invisíveis, engajando os moradores e as moradoras das comunidades e mobilizando jovens voluntários e voluntárias para trabalharem juntos na construção de uma sociedade mais justa e sem pobreza.

Em atividade no Paraná desde 2014, a organização já trabalhou em 16 comunidades em Curitiba e Região Metropolitana, Castro e Paranaguá, sendo seis delas com acompanhamento semanal em campo. Ao longo de sua trajetória no estado, o TETO já mobilizou mais de 7000 voluntários, construção de 288 moradias de emergência, divulgação dos trabalhos do TETO nas principais ruas de Curitiba, aplicação de mais de 2400 enquetes de caracterização socioeconômicas, visita a mais de 300 comunidades e realização de 20 projetos comunitários.

Agora, com a parceria com a Prefeitura Municipal de Curitiba, a primeira da organização com o poder público, o TETO solidifica, ainda mais, sua atuação na capital paranaense. “A Prefeitura nos chamou para uma reunião com o intuito de apresentar o projeto que está sendo realizado na Caximba. Uma das etapas do projeto consiste em reassentar as famílias que estão em situação de risco na beira-rio da comunidade e realocá-las internamente, em terrenos que estão sendo definidos pela Associação dos Moradores e COHAB. A parceria está se dando por meio de colaboração conjunta na operacionalização da construção”, detalha Lucas Kogut, Gestor de Sede do TETO Brasil no Paraná.

No próximo final de semana, nos dias 08 e 09 de dezembroterá início oficialmente a parceria. Os voluntários do TETO irão construir 18 casas na Caximba em terrenos disponibilizados pela Associação dos Moradores e Órgãos Públicos. Além disso, a Prefeitura de Curitiba, a COHAB e a Administração da Regional Tatuquara serão responsáveis por toda logística de materiais e voluntários. Para chegar aos beneficiados, o TETO iniciou o processo de seleção há, aproximadamente, 3 meses. Foram executadas diversas etapas, que vão de entrevistas com os interessados até a análise dos terrenos que irão receber as moradias. “São meses de estudos para chegarmos até as famílias que serão beneficiadas em cada construção do TETO. Procuramos entender muito bem a vulnerabilidade das famílias e de suas moradias. Ao fim, as famílias em maior situação de vulnerabilidade, segundo os critérios da organização, são validadas com as lideranças comunitárias locais e, então, as famílias contempladas pelo projeto são anunciadas. É fundamental o engajamento total dos moradores nas reuniões de planejamento da construção e, inclusive, nos dias da construção, justamente para garantir o empoderamento deles sobre a realização dos próprios sonhos”, completa Kogut.

Para mais informações sobre o TETO, acesse o site www.techo.org/paises/brasil.

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Legal design não é só um documento bonitinho

Pense em um restaurante muito bonito em que você já tenha ido. Um lugar super “instagramável”. Ao entrar no estabelecimento, você provavelmente se sentiu confortável, bem recebido e, obviamente, teve uma vontade imensa de tirar uma foto. Além disso, claro, já falou para todos os seus amigos sobre, fazendo o nome do restaurante ir mais longe. Isso tudo tem uma origem: marketing estratégico alinhado à experiência do usuário (UX).

O propósito final é trazer uma experiência que agrade ao público e, de quebra, ser divulgado pelo meio mais difundido: as redes sociais. Percebeu que, no final das contas, não era só um restaurante bonitinho?

No legal design funciona mais ou menos assim. Não se trata apenas de um documento bonitinho. Para começar, o design em si tem o propósito de criar um projeto esteticamente agradável e útil. Nada é sem objetivo nessa área. Tudo tem uma funcionalidade.

Então, ao levar o design para o Direito, estamos implementando a funcionalidade nos documentos que são utilizados nessa área. Essa aplicação surgiu de uma necessidade bem específica: personalizar e tornar os documentos mais claros, inteligíveis e práticos sob um olhar leigo – principalmente na área consultiva, voltada à elaboração de documentos jurídicos para empresas e seus clientes.

Ao elaborar um contrato, por exemplo, para um estabelecimento que presta serviços, o documento precisa ser claro para não gerar dúvidas ou desentendimentos. Isso é importante, pois esse contrato será lido por um possível cliente que pode não ser da área jurídica.

Dessa forma, há uma democratização do entendimento jurídico por meio da redução do juridiquês e da aplicação de elementos visuais, como os ícones, que exemplificam o que está sendo dito.

A inovação por meio do legal design também traz modernidade e personalidade para a empresa. Por isso, alinhar essa estratégia à experiência do usuário e à identidade visual, é juntar funcionalidade e estética em um só lugar. Ou seja, não se trata apenas de um “documento bonitinho”. Em verdade, passa a ser um documento útil, agradável aos olhos e acessível até para quem não entende nada do Direito.

É preciso expandir os horizontes e olhares para o lado do cliente, entendendo suas necessidades e a sua linguagem. Dessa forma, o advogado, que cria o documento, não vai apenas se restringir às partes que o contrataram, mas terá o seu serviço divulgado por ter feito um trabalho que demonstra atenção e preocupação com o cliente e com a forma como satisfazê-lo, focando em sua experiência.

(*) Advogada contratualista, especialista em Legal Design, criadora da Formação Completa em Legal Design e Visual Law – Metodologia LDFD, pós-graduada em Direito e Processo do Trabalho e pós-graduanda na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Site: https://gibrahim.com.br/bio/

Mercado de alimentos veganos dobrará até 2028, prevê pesquisa

Segundo uma pesquisa realizada pela SkyQuest, o mercado global de alimentos veganos deve ultrapassar 34 bilhões de dólares até 2028 por conta da conscientização de consumidores sobre o sofrimento e as condições de bem-estar de animais na indústria pecuária. Considerando que o mercado vegano valia 15,6 bilhões de dólares em 2021, as previsões para 2028 representam um aumento de 9,3% da taxa de crescimento anual composta.

“O mercado de alimentos veganos tem tido um crescimento significativo nos últimos anos. Cada vez mais, os consumidores têm optado por opções vegetais, motivados por uma variedade de fatores, incluindo as preocupações sobre a saúde, o meio ambiente e o bem-estar animal. É muito animador ver novos produtos e inovações que facilitam a adoção de um estilo de vida vegano”, diz Taís Toledo, diretora de políticas alimentares da Sinergia Animal, uma organização internacional de proteção animal que trabalha para promover a alimentação vegetal em países do Sul Global.

Como a maioria da população mundial é intolerante à lactose, alternativas vegetais aos laticínios representam um grande fator desse crescimento. Só nesse seguimento, está previsto um aumento de 10,4% até 2028. 

“Os produtos à base de de plantas oferecem opções com menos gordura saturada e colesterol. E mais importante, são livres de crueldade. Além disso, o leite de vaca tem impactos ambientais muito maiores do que suas alternativas vegetais”, explica Toledo. 

Na América do Sul, o crescimento do mercado de alimentos veganos deve ser ainda maior, com um aumento de 11,45% previsto até 2028. Além de ser uma tendência global, esse crescimento na região é resultado de décadas de trabalho de ativistas e organizações como a Sinergia Animal.

“No Brasil, nossa comunidade de ativistas está empenhada em promover a alimentação vegetal e um futuro melhor para os animais, conscientizando o público, dialogando e negociando com diferentes instituições, e expandindo o acesso à informação sobre o nosso sistema de alimentação”, diz Toledo. 

Para conhecer mais o programa de voluntariado da Sinergia Animal, acesse www.sinergiaanimalbrasil.org/ativistas

Sobre a Sinergia Animal:

A Sinergia Animal é uma organização internacional que trabalha em países do Sul Global para diminuir o sofrimento dos animais na indústria alimentícia e promover uma alimentação mais compassiva. A ONG é reconhecida como uma das mais eficientes do mundo pela renomada instituição Animal Charity Evaluators (ACE)

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