Telemedicina surge como aliada no tratamento de crianças com autismo

Estudos realizados pela Universidade da Califórnia em Davis, nos Estados Unidos, sugerem que crianças com autismo cujos pais foram treinados para estimular o desenvolvimento dos filhos apresentaram um melhor avanço cognitivo. Neste quesito, o acesso facilitado ao sistema de saúde, ofertado pela telemedicina, pode ser um grande aliado – desde o diagnóstico até o tratamento.

“Na telemedicina, assim como no consultório físico, é fundamental estar atento a diversos comportamentos do paciente para identificar a presença do autismo”, explica o Dr. Edson Félix de Jesus, psicólogo da Docway (CRP 03/24967), empresa pioneira em soluções de saúde digital no Brasil. “Geralmente, a família chega na consulta online com outras queixas, como o TDAH, e ao longo do atendimento vamos identificando esses comportamentos em conjunto”, diz.

Em caso de suspeita da condição, o tratamento engloba todo o contexto familiar e relações interpessoais do paciente. “É essencial que a família esteja preparada para dar suporte à criança fora da consulta e que saiba identificar comportamentos disfuncionais. Caso o ambiente não responda de acordo com as sugestões do psicólogo, não há progresso no tratamento”, aponta.

Segundo ele, um ambiente desregulado, com demasiados conflitos e desrespeito aos limites da criança, é o principal responsável por reforçar comportamentos disfuncionais em pacientes com autismo, como a birra e a agressividade. “Precisamos instruir os responsáveis de que o autismo é uma condição diferenciada do neurodesenvolvimento, a qual o paciente precisa receber um olhar humanizado”, enfatiza.

Em relação à telemedicina, o psicólogo ressalta que é possível tratar pacientes com autismo de grau leve e moderado de forma semelhante à presencial. “Tudo depende de como o paciente responde. Em casos mais severos, quando o paciente não consegue criar vínculo, é importante encaminhar para o atendimento presencial e multidisciplinar, com auxílio de pediatra, neurologista, terapeuta ocupacional e educador físico”, comenta.

Ele também destaca a importância de começar o tratamento o mais cedo possível. “Quanto mais novo o paciente é, mais fácil é administrar os comportamentos disfuncionais e ensinar novas habilidades”, complementa o Dr. Edson Félix de Jesus.

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Especialista fala sobre uso da cannabis medicinal na Odontologia na ABO-PR

A cannabis medicinal vem sendo utilizada no tratamento de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, quadros de epilepsia, autismo, dores crônicas, como a fibromialgia, ansiedade, depressão e TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade). Mas poucos sabem que o produto também pode ser utilizado nos tratamentos odontológicos com excelentes resultados. Será realizado no dia 04 de abril (terça-feira), às 19 horas, no anfiteatro da Associação Brasileira de Odontologia – Seção Paraná (ABO-PR), encontro sobre “Cannabis medicinal na Odontologia”, com a Cirurgiã-Dentista especializada no tema Cynthia De Carlo. 

O programa tratará da desmistificação e das possibilidades de aplicação da cannabis medicinal nas mais variadas patologias da Odontologia. A temática, pertinente na clínica odontológica nos dias atuais, será conduzida por uma profissional que se aprofundou nas pesquisas sobre a substância nos últimos anos. Compostos medicinais da Cannabis podem ser usados para tratar, por exemplo, distúrbios temporomandibulares. Segundo a Cirurgiã-Dentista, a cannabis medicinal é uma alternativa terapêutica em patologias que envolvem dor ou que necessitam de recrutamento das células de defesa para cicatrização. “Além disso, atua em lesões intra-orais e como ansiolítico para pacientes especiais e fóbicos, exercendo propriedade terapêutica também como anti-inflamatório, analgésico e cicatrizante”, destaca ela.

A doutora e palestrante Cynthia De Carlo é graduada pela Unitau (Universidade de Taubaté), pós-graduada em Odontopediatria, Periodontia e Implantologia. Especializada em Cannabis Medicinal pela Unifesp e Cannopy Growth e membro da SBEC (Sociedade Brasileira de Estudos da Cannabis), atuou como profissional do CEC (Centro de Excelência Canabinoide). A odontóloga é ainda coordenadora da área Odontológica da NDMCI (Núcleo de Desenvolvimento de Medicina Cannabinoide e Integrativa). 

Palestra  “Cannabis medicinal na Odontologia”, com a Dra. Cynthia De Carlo

Data: 04 de abril, às 19 horas

Local: anfiteatro da ABO-PR – R. Dias da Rocha Filho, 625 – Alto da XV,

Entrada: gratuita para associados e R$ 50 para não-associados

 Programação:

  • 18h30 Coffee break
  • 19h Palestra

Inscrições: 41 3028-5805

Saúde e sustentabilidade: como a tecnologia pode contribuir?

*Artigo por Fabio Tiepolo

Nos ambientes corporativos a sigla ESG virou padrão. A discussão é absolutamente pertinente, mas é importante que a palavra-chave destas três letras, a tal da “sustentabilidade”, seja entendida em sua acepção mais ampla. “Desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações” ou, simplificando, “o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro”, de acordo com WWF. Portanto, ser sustentável é não apenas pensar no meio ambiente, mas sim ir além. É pensar na cadeia completa. 

É claro que dá para pensar, de imediato, que a saúde tem um forte vínculo com a sustentabilidade, pois quando as condições de saúde da população são ruins, os problemas de saúde geralmente refletem o descaso ambiental e o desequilíbrio social. A saúde humana depende de recursos naturais, como ar limpo, água potável e alimentos nutritivos. Se esses recursos não forem gerenciados de maneira sustentável, a saúde das pessoas pode ser prejudicada.

Desta forma, faz total sentido que nosso foca seja em não apenas reduzir o desperdício e a poluição ou investir em energias renováveis, mas aumentar a conscientização e promover ativamente estilos de vida saudáveis, como atividade física, dietas equilibradas e outras formas de autocuidado. Só que, no caso da Docway, eu sempre gosto de trazer um elemento adicional a esta discussão, que é justamente o papel da tecnologia na equação. 

Ao permitir diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes, seja por meio de IoT, wearables mais acessíveis ou armazenamento mais inteligente de dados em nuvem, a tecnologia pode contribuir ativamente para reduzir a carga sobre os sistemas de saúde e então melhorar a qualidade de vida das pessoas diretamente, por exemplo. Além disso, ela também pode ser usada para desenvolver soluções sustentáveis para problemas de saúde, como o uso de tecnologia de ponta para a produção de medicamentos mais sustentáveis e o desenvolvimento de dispositivos médicos mais duráveis e menos descartáveis. 

Isso sem falar, obviamente, no nosso core business, a telemedicina. Só para começar, e dizendo o mínimo, atender os pacientes remotamente, sem a necessidade de deslocamento físico até uma unidade de saúde, reduz o número de veículos nas estradas e, portanto, diminui as emissões de gases de efeito estufa. Há também uma redução do uso de materiais e equipamentos médicos, além do impacto na diminuição do desperdício de recursos – reduzindo assim o consumo de recursos, como energia elétrica, água, papel e outros suprimentos. 

Importante ainda destacar o quanto a telemedicina pode ser particularmente útil em áreas remotas, onde o acesso aos serviços de saúde pode ser limitado. Prover acesso de qualidade à saúde usando a tecnologia de maneira inteligente é também pensar em suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. 

Isso é o tal do “cuidado inteligente” sobre o qual tanto falamos e do qual temos tanto orgulho. Porque um negócio sustentável definitivamente não se sustenta se não pensar em seu papel no desenvolvimento sustentável da sociedade como um todo.

*Fabio Tiepolo é CEO da Docway, empresa pioneira em soluções de saúde digital e telemedicina no Brasil.

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