Tarifa reduzida custará R$ 3,50 e será implantada gradativamente em Curitiba

O prefeito Rafael Greca sancionou, nesta quinta-feira (26/9), o projeto de lei que flexibiliza a tarifa no transporte coletivo de Curitiba, permitindo que sejam cobrados valores mais baixos fora dos horários de pico.

A tarifa reduzida começa a valer a partir de 16 de outubro, com preço de R$ 3,50, e será implantada gradativamente em 17 linhas – 14 convencionais e três alimentadores.

A tarifa mais baixa valerá para os horários de 9h às 11h e das 14h às 16h e apenas para pagamento com o cartão-transporte. As 17 linhas que terão tarifas reduzidas (lista abaixo) transportam cerca de 80 mil pessoas por dia.

“Nós estamos inovando, pela primeira vez criamos uma tarifa diferenciada temporal. A ideia é que as pessoas possam ir e vir entre os bairros e o Centro, na hora que não é de pico, pagando um preço menor”, disse Greca.

O prefeito destacou que se trata de uma experiência, para ver se a cobrança diferenciada não afeta o equilíbrio financeiro do sistema. “Hoje já subsidiamos o sistema, com R$ 50 milhões da Prefeitura e R$ 40 milhões do Governo do Estado. Mas sendo um sucesso essa experiência, vamos ampliar para linhas de vizinhança para as regionais no futuro”, acrescentou.

Vantagens

Segundo o presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Ogeny Pedro Maia Neto, além da atração de mais usuários, que vão pagar menos pela passagem, a flexibilização deve trazer também a diminuição da demanda nos horários de pico, o que pode gerar mais conforto para os usuários.

Também haverá impacto positivo na gestão operacional da frota, com melhor distribuição do uso dos veículos ao longo do dia, diminuindo a ociosidade do sistema.

As 17 linhas escolhidas cruzam muitos bairros, têm um bom volume de passageiros e uma diferença acentuada entre o número de usuários no horário de pico e fora dele.

“Todas estas linhas têm queda média de 21 a 27% nos horários entre picos, enquanto a queda média do sistema total é de 18%”, diz Maia Neto.

A lei sancionada vai trazer modernidade ao sistema de transporte, com a possibilidade de, além das novas opções de tarifa, haver mudança no tempo de uso dos bilhetes e de utilização dos ônibus na cidade.

“Para modernizar o sistema foi preciso, antes, modernizar a lei”, diz Maia Neto. “Agora temos condições de tocar as melhorias efetivas para os passageiros. A legislação [anterior] tem mais de 20 anos e ficou obsoleta.”

Bilhete único

Com a nova lei, também está no radar da Urbs a criação de bilhete para uso num único dia, semana ou mês.

O projeto de lei foi encaminhado em junho pela Prefeitura à Câmara Municipal e recebeu um substitutivo do vereador Bruno Pessuti, que acrescentou outras propostas que foram aprovadas pela Prefeitura.

O projeto foi aprovado por unanimidade na Casa. “A sanção dessa lei marca uma nova forma de a população se relacionar com o transporte coletivo em Curitiba”, destacou o vereador.

Também foi anunciada nesta quinta-feira a criação de uma linha de vizinhança, que liga Santa Rita, Carbomafra, Vitória Régia e Vila Verde ao Terminal da CIC. A ideia é que, no futuro, ela seja ampliada ao Terminal do Tatuquara e Rio Bonito.

Presenças

Estiveram presentes no evento o vice -prefeito, Eduardo Pimentel, a secretária municipal da Educação, Mara Sílvia Bacila, a procuradora-geral do município, Vanessa Volpi, o presidente da Câmara Municipal, Sabino Picolo, o vereador Serginho do Posto e administradores de regionais.

 

Tarifa reduzida

Linhas Alimentadoras:
212 Solar
213 São João
214 Tingui
Que ligam Santa Cândida, Bacacheri e Cabral, que transportam em média 3.200 passageiros por dia cada uma.

Linhas Convencionais:
265 Ahu/Los Angeles – 2.089 passageiros por dia
285 Juvevê/Água Verde – 4.300 passageiros por dia
380 Detran/Vicente Machado, que passa pelo Capão da Imbuia, Tarumã, Cristo Rei, Alto da XV, Centro, Batel e Seminário – 14.500 passageiros por dia
661 Lindóia e 662 Dom Ático, que passam pela Vila Lindóia, Guaíra, Parolin, Água Verde, Rebouças e Centro – 3.976 passageiros dia
666 Novo Mundo – 1.247 passageiros dia
860 Vila Sandra, que passa pela Vila Sandra, Cidade Industrial, Campo Comprido, Seminário, Batel e Centro – 14.656 passageiros dia
870 São Braz, que passa pelo São Braz, Mossunguê, Bigorrilho Campina do Siqueira e Centro – 11.221 passageiros dia
965 São Bernardo, que sai do Terminal Santa Felicidade para Vista Alegre, Mercês, São Francisco e Centro

Via: Prefeitura de Curitiba

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Ações de segurança alimentar da Prefeitura de Curitiba transformam o Tatuquara

Ações de segurança alimentar da Prefeitura de Curitiba transformam o Tatuquara

Maria Teresinha Rodrigues Schonardino, 42 anos, moradora no Tatuquara, queria muito trabalhar como salgadeira, mas enfrentava um obstáculo.

Ela já sabia fazer bolos de festa, mas não dominava a técnica de fechar os salgados e para isso dependia de uma outra pessoa que ajudasse a cumprir as encomendas.

“Tinha que contar com a ajuda dessa salgadeira mais experiente, mas a situação complicou de vez quando ela não pôde mais me ajudar por força de outra atividade que ela exercia”, lembrou Maria Teresinha.

Curso salvador

O jeito foi oferecer só o bolo para os clientes, mas ela logo teve problema de aceitação. “As pessoas querem o kit de festa completo (bolo e os salgados). É muito mais prático”, reconhece.

Foi então que ela soube do curso de preparo de salgados gratuito oferecido pela recém-inaugurada Escola de Segurança Alimentar Dom Bosco, no Campo de Santana.

O espaço, que é coordenado pela Secretaria Municipal de Segurança Alimentar (SMSAN), foi implantado em 10 de março de 2022 como parte do projeto Mesa Solidária, com o objetivo de ofertar cursos de capacitação e geração de renda e emprego.

Em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), a escola disponibiliza cursos na área de empreendedorismo, aproveitamento integral de alimentos e gastronomia, panificação, boas práticas para manipulação de alimentos, entre outros.

Capacitação

Foi na Escola de Segurança Alimentar que Maria Teresinha aprendeu a trabalhar com massas, encontrar o ponto correto para enrolar os salgados e deixá-los prontos para o processo de fritura. O começo foi difícil, mas aos poucos, a região do Tatuquara ganhou mais uma salgadeira.

“Depois que eu fiz o curso eu ainda tive dificuldades para acertar o ponto dos salgados, mas eu fui conversando com o professor, ele me atendeu de muito boa vontade, e agora já consigo trabalhar com segurança, a clientela elogia muito”, comemorou Maria Teresinha.

Loja virtual

Agora que domina a técnica do preparo de salgados, Maria Teresinha abriu uma loja virtual, a Bolos Mania, onde recebe encomendas de coxinha, pastéis, bolos, rissoles e todas as delícias oferecidas em festas.

Ela também não se acomodou e continua fazendo outros cursos na área de alimentação para se aprimorar cada vez mais.

“Todo curso que eu posso fazer não perco a oportunidade. É um conhecimento que abre portas e eu sou a prova viva disso. Além de ocupar a mente, ajuda na renda de casa, sem contar que dá para mimar a família”, diz a salgadeira, que teve no marido Mateus o grande incentivador, e nos filhos Rudson (15 anos) e Sara (6 anos), os maiores fãs dos quitutes da mãe.

121 pessoas capacitadas

No ano passado, a Escola de Segurança Alimentar Dom Bosco formou 121 pessoas que participaram de sete cursos: preparo de salgados, confeitaria para restaurantes, aproveitamento de alimentos, auxiliar de serviços de alimentação, boas práticas para manipulação de alimentos e auxiliar de serviços de panificação.

De acordo com Alessandra Laís Moreira, coordenadora técnica do espaço, a implantação da escola transformou a região.

“O que a gente percebe em contato com a comunidade é que este espaço faz a realmente a diferença na vida de todos que participam. As pessoas aprendem a trabalhar na área de gastronomia, desde os conceitos de higiene, até as dicas para tornar o alimento mais saboroso e isso faz grande diferença na vida profissional”, disse.

Atualizando conhecimentos

Este ano, até 31 de março, serão realizados quatro cursos. Dois deles já estão acontecendo: aproveitamento integral dos alimentos e boas práticas para manipulação de alimentos.

Marli Cordeiro de Oliveira, 41 anos, moradora no conjunto Santa Rita, trabalha na área de panificação e resolveu fazer o curso de boas práticas para manipulação de alimentos.

“Eu já tinha feito o curso, mas já faz algum tempo. Resolvi vir novamente para me atualizar e também para relembrar os principais fundamentos, como a higiene dos locais de trabalho para garantir o preparo de alimentos saudáveis”, disse.

Ronaldo Prestes Ribeiro, 54 anos, morador do Tatuquara, é proprietário de panificadora na Vila Pompéia e também estava atualizando conhecimentos.

“Eu repasso as informações aos funcionários para garantir a produção de alimentos saudáveis. O objetivo é sempre melhorar e trabalhar corretamente entregando um produto cada vez melhor”, justificou.

23 hortas comunitárias

Além da Escola de Segurança Alimentar Dom Bosco, a Regional Tatuquara tem outras iniciativas da Prefeitura de apoio à comunidade na produção de alimentos saudáveis. São as hortas comunitárias.

“A Prefeitura tem se esforçado em contribuir com a melhoria do padrão nutricional e a valorização do alimento saudável com cursos e capacitações, mas principalmente para reduzir a insegurança alimentar de parte da população”, explicou o secretário de Segurança Alimentar e Nutricional, Luiz Gusi.

A região conta com 23 hortas implantadas, sendo 18 comunitárias, 3 escolares e 2 institucionais. Os hortelões recebem capacitação, acompanhamento técnico e insumos por um determinado período.

Atuam nas 23 hortas, 676 pessoas e 6.180 pessoas estão envolvidas indiretamente, totalizando 6.856 beneficiadas. A produção anual estimada é 980.566 kg de alimentos.

“Aqui eu planto couve, alface, acelga, cebola, cheiro verde, beterraba, repolho e almeirão. Além de abastecer a mesa, isso aqui é uma terapia e tanto. Na época da pandemia foi a nossa salvação”, disse Esther de Aquino da Silva, da Horta Comunitária Monteiro Lobato.

A Prefeitura prevê implantar mais três hortas na Regional Tatuquara. Duas delas serão para atender os moradores do Caximba (hortas comunitárias Caximba II e Bela Vista) e uma terceira que vai atender uma unidade escolar.

146 hortas urbanas na capital

Desde 2017, a Prefeitura tem intensificado o apoio aos produtores das hortas através da Unidade de Agricultura Urbana da SMSAN.

A capital conta com 146 hortas urbanas com apoio da Prefeitura, que garantem alimentação saudável para cerca de 17,9 mil pessoas (entre produtores, familiares e comunidades) em bairros como Caximba, CIC, Pinheirinho, Alto Boqueirão, Cajuru, Rebouças, Santa Felicidade, Sítio Cercado, Uberaba, Guaíra e Tatuquara.

Restaurante Popular

A região também vai ganhar um reforço importante na área de segurança alimentar. Trata-se de um restaurante popular modelo, com autossuficiência energética, áreas para o plantio de hortaliças e projetado para não gerar resíduos, atendendo aos Objetivos de Desenvolvimento Sunstentáveis (ODS).

No novo restaurante popular a comida chegará pronta para ser servida, nos moldes das demais unidades. A previsão inicial é a de servir 500 refeições por dia. A nova unidade terá 580 m² de área construída em um terreno de 2.600m² anexo à Rua da Cidadania.

Curitiba Viva Bem

A implantação de hortas urbanas na capital integra as ações do Curitiba Viva Bem, política pública de saúde e bem-estar do município. Curitiba Viva Bem é uma política pública e uma das principais agendas da gestão do prefeito Rafael Greca, assim como a mobilidade urbana, sustentabilidade, empreendedorismo de impacto, cultura da inovação como processo social e cidade educadora. A importância da saúde e bem-estar para os curitibanos motivou a Prefeitura a mobilizar todas as áreas da gestão pública, que estão ampliando as ações de forma conjunta através do Curitiba Viva Bem.

Veja a matéria no site da Prefeitura de Curitiba

Preparativos para sediar congresso internacional da educação avançam em Curitiba

Preparativos para sediar congresso internacional da educação avançam em Curitiba

Curitiba avança nos preparativos para o Congresso Internacional das Cidades Educadoras de 2024. A capital do Paraná será a anfitriã do evento, que será realizado no primeiro semestre. A última edição do congresso foi em 2002, na Coreia do Sul.

O comitê intersetorial da Prefeitura de Curitiba encarregado dos preparativos para o evento fez sua segunda reunião deste ano nesta terça-feira (28/2), na Assessoria de Relações Internacionais, no Palácio Solar 29 de Março.

Participaram representantes da secretarias municipais da Educação, da Saúde, de Defesa Social e Trânsito, do Esporte, Lazer e Juventude e do Meio Ambiente, do Instituto Municipal de Administração Pública (Imap), da Assessoria de Relações Internacionais da Prefeitura (Arin), do Instituto Municipal do Turismo e da Fundação Cultural de Curitiba.

“Este comitê é muito importante para sustentar o movimento das cidades educadoras, o comitê faz o movimento ter permeabilidade por todas as áreas da administração”, comentou a secretária municipal da Educação, Maria Sílvia Bacila.

O comitê faz reuniões mensais, desde o ano passado. A primeira de 2023 foi realizada no último dia 7, na Secretaria Municipal da Educação, no Alto da Glória.

Para o assessor-chefe de Relações Internacionais, Rodolpho Zannin Feijó, um evento do porte do congresso internacional representa uma grande oportunidade para a cidade mostrar suas ações.

“Isso é fruto do trabalho que Curitiba desenvolve em todas as áreas da administração pública, seus projetos e programas”, disse Rodolpho.

Coordenadora da Rede Brasileira de Cidades Educadoras (Rebrace), Curitiba articula o movimento em todo o país. Atualmente são 25 cidades na rede.

A capital do Paraná integra o rol de Cidades Educadoras desde 2019. Atualmente são 500 cidades associadas em 36 países. No ano passado, Curitiba participou do Congresso Internacional de Cidades Educadoras realizado em Andong, na Coreia do Sul.

Veja a matéria no site da Prefeitura de Curitiba

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