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Setor metalmecânico de Curitiba e Região Metropolitana define plano de inovação

O Sebrae apresentou nesta quinta-feira (11), em conjunto com a governança do setor, o Plano de Inovação do Setor Metalmecânico de Curitiba e Região Metropolitana. O documento foi elaborado ao longo dos últimos dois anos e traz um norte com as principais mudanças tecnológicas para a categoria nos próximos cinco anos. A apresentação aconteceu nas dependências da FAE, em Curitiba. 

A estruturação do plano iniciou em 2020, com a análise da cadeia produtiva da indústria metalmecânica da Capital e Região Metropolitana. Além dos consultores do Sebrae Paraná, o grupo de trabalho teve a participação dos empresários do setor, especialistas em tecnologia, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e universidades da região, com participação da FAE Business School, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e associações comerciais e empresariais. 

O lançamento do plano de inovação aconteceu em Curitiba, no prédio da FAE Business School (Crédito: Inove Fotografia)

“O grupo levantou as principais tecnologias, expertises e tendências de mercado que vão impactar esse setor da economia nos próximos anos. O estudo identificou os desafios e oportunidades, seja para os empresários, as entidades de classe e até as universidades, no momento de formação dos estudantes que irão atuar na indústria paranaense”, detalhou a consultora do Sebrae, Marcela Milano.

Marcelo Figueiral, diretor de inovação e novos negócios da startup Crowd Voice, participou da elaboração do Plano de Inovação, que foi construído em três etapas. Na primeira fase, houve uma imersão de diagnóstico sobre como transformar a indústria metalmecânica pareada aos modelos italianos.

 “A ideia foi tropicalizar as soluções que existem na Itália e trazer para a realidade de Curitiba e Região Metropolitana”, acrescentou. 

A segunda frase do projeto focou em compreender o contexto financeiro e econômico da região e de todo o arranjo produtivo local, para identificar eventual necessidade de investimentos.
“Dentro da transformação digital, a gente fala de mudança de cultura dos gestores, dos colaboradores, e dos fornecedores. Além disso, também temos um foco muito grande na sustentabilidade. Não adianta ter uma indústria supertecnológica, se não existe a preocupação com o meio ambiente”, pontuou Marcelo, que também é conselheiro de inovação do Vale do Pinhão. 

A última etapa do Plano traz um cronograma de ações dos próximos cinco anos para a cadeia produtiva, com objetivo de melhorar a produtividade, a rentabilidade, e como consequência, aumentar a competitividade empresarial. 

“Ter uma visão de futuro comum a todos que fazem parte da cadeia produtiva da metalmecânica, desde os fornecedores até a indústria e o varejo, é essencial para definir ações conjuntas que fortaleçam todo o sistema. O ganho de competitividade gera mais empregos e maior distribuição de renda, um benefício para toda a sociedade”, concluiu Marcelo.

Na opinião do pesquisador do observatório Sistema Fiep, Augusto Machado, o lançamento do plano é um marco histórico para o setor. “É um instrumento que formaliza todo o esforço de uma equipe extremamente qualificada, de diversas instituições, com o pensamento colaborativo, pensando no futuro do setor, para que as indústrias possam se tornar ainda mais competitivas e produtivas por meio da inovação”, acrescentou. 

Sobre o Sebrae 50+50

Em 2022, o Sebrae celebra 50 anos de existência, com atividades em torno do tema “Construir o futuro é fazer história”. Denominado Projeto Sebrae 50+50, a iniciativa enfatiza os três pilares de atuação da instituição: promover a cultura empreendedora, aprimorar a gestão empresarial e desenvolver um ambiente de negócios saudável e inovador para os pequenos negócios no Brasil. Passado, presente e futuro estão em foco, mostrando a evolução desde a fundação em 1972 até os dias de hoje, com um olhar também para os novos desafios que virão para o empreendedorismo no país.