Paraná recebe mais 30,4 mil vacinas contra a Covid-19 do governo federal

O Ministério da Saúde enviou ao Paraná 30.420 novas vacinas contra a Covid-19 nesta quarta-feira (27). As doses da Pfizer/BioNTech chegaram às 8h25, no voo LA4787, no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

Os imunizantes já estão no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), em Curitiba, onde serão organizados, cadastrados e, dentro do prazo padrão, encaminhados para as Regionais de Saúde.

O informe técnico da remessa não foi divulgado. Por isso, ainda não se sabe qual é o público-alvo das novas doses da Pfizer.

De acordo com os dados do Vacinômetro nacional, já são 15.489.076 vacinas aplicadas no Paraná, sendo 8.521.483 primeiras doses e 6.658.377 segundas doses/doses únicas. O Estado também registra a aplicação de 35.340 doses adicionais (DA) e de 275.473 doses de reforço (DR).

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Profissionais de saúde superam desafios para salvar vidas yanomami

Um movimento intenso de aviões e helicópteros em um ponto remoto no meio da selva amazônica tem sido rotina no Polo Base de Surucucu, no extremo norte do país, a poucos quilômetros (km) da fronteira entre o estado de Roraima e a Venezuela. O aumento desse fluxo decorre dos efeitos da ação em curso para mitigar a crise humanitária do povo yanomami, que vem chocando o país nas últimas semanas.

A reportagem da Agência Brasil passou um noite na região, entre os últimos dias 9 e 10 de fevereiro, para acompanhar de perto o trabalho incansável de profissionais de saúde no socorro aos indígenas, afetados por uma desassistência generalizada e pela presença do garimpo ilegal na região. A situação é histórica, mas se agravou ao longo dos últimos quatros anos, o que mobilizou as autoridades.

Veículo da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) no Hospital de Campanha presta atendimento a indígenas Yanomami em situação de emergência em Boa Vista.

Veículo da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), no Hospital de Campanha, presta atendimento a indígenas Yanomami – Fernando Frazão/Agência Brasil

O Polo Base de Surucucu dispõe de uma pista asfaltada para pousos e decolagens e também abriga o 4º Pelotão de Fronteira (PEF) do Exército Brasileiro. Por ali, a única forma de acesso entre diversas comunidades é por via aérea. O aeródromo fica a quase 300 km de Boa Vista, em pouco mais de uma hora de voo sobre a floresta densa. Por isso, a unidade básica da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde tem, nesse polo, seu ponto de referência para pacientes de outras regiões do território. Um helicóptero fica de prontidão no PEF e é acionado para diversas missões, como buscar e levar pacientes de outras comunidades, além de interiorizar médicos e enfermeiros que vão atuar em unidades de saúde menores dentro do território. No período em que a reportagem acompanhou as atividades, a aeronave foi utilizada incontáveis vezes.

“Aqui em Surucucu a maior parte das aldeias é de difícil acesso. É um desafio imenso para todos os responsáveis pela logística de helicóptero e alguns funcionários do Distrito Sanitário Especial Indígena [DSEI], que incansavelmente se esforçam para conseguir realizar o resgate dos pacientes com os mais diversos problemas, como malária, desnutrição, desidratação. Essas doenças tiveram aumento significativo, diretamente relacionado ao aumento do número de invasores do território, além de incidentes inerentes à vida na floresta, como picada de cobra, queda de altura, entre outros”, explica a médica Gabriela Mafra, que há quatro anos atende os yanomami.

A chegada de aviões provenientes de Boa Vista também é intensa, com o desembarque de medicamentos e suprimentos diversos, além da remoção de pacientes. Somente em janeiro deste ano foram 112 remoções de pacientes graves para a capital do estado, o que dá uma média maior que três por dia, de acordo com números do Centro de Operações de Emergência (COE), criado pelo governo para enfrentar a crise humanitária. O COE também informou que, no mesmo período, fez 111 remoções dentro do próprio território, transportando pacientes de aldeias para serem atendidos em polos de saúde locais da Terra Indígena Yanomami. A prioridade para resgates e transporte de suprimentos dificulta o acompanhamento de atenção primária, com visitas às comunidades.

“Em meio a todos os resgates, devolução de pacientes de alta, trocas de equipes e entrega de materiais, gostaríamos de encaixar visitas às aldeias. E aí há grande dificuldade que, somada ao número de profissionais – que tem sido insuficiente para a realização das visitas -, nos prejudica nos atendimentos presenciais às aldeias. Hoje percebo que passamos muito tempo lidando com agravos de patologias que poderiam ser evitadas se não estivesse sendo tão desafiador realizar as visitas”, afirma Gabriela.

Na unidade de saúde do DSEI em Surucucu, a maior parte dos pacientes é formada por crianças e pessoas idosas. A casa principal tem uma espécie de enfermaria, onde os pacientes ficam deitados em redes. Muitas crianças choram de dor, seja por sintomas de malária, diarreia ou desnutrição. Há ainda uma sala para o atendimento de casos mais graves, com maca e alguns equipamentos. Uma casa ao lado serve de suporte, com cozinha, depósito de medicamentos e suprimentos.

Surucucu (RR), 09/02/2023 - Homens yanomami em Surucucu, na Terra Indígena Yanomami.  Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Surucucu (RR), 09/02/2023 – Homens yanomami em Surucucu, na Terra Indígena. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil 

UPA indígena

Outro desafio que virou praticamente consenso entre os profissionais de saúde é a necessidade de expandir os atendimentos no imenso Território Yanomami além da atenção primária em saúde.

“Acredito num novo formato de atendimento que atenda às demandas de vacina, puericultura, pré-natal, saúde do idoso, entre outras, mas que também nos ajude a estar preparados para lidar com situações mais delicadas e graves, como a estabilização de um paciente com pneumonia grave, ou com um ferimento por flecha ou arma de fogo. Quem sabe até equipar o polo com aparelhos de exames simples como hemograma, por exemplo. Isso reduziria significativamente o número de remoções para Boa Vista e o número de óbitos”, prevê a médica.

“O caso yanomami está permitindo um debate importante de superar a barreira de ficarmos com a competência apenas da atenção básica. Por que já não começamos a discutir sobre uma unidade de pronto atendimento indígena?”, destaca Weibe Tapeba, secretário especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde. Ele visitou a unidade do DSEI Yanomami no Polo de Surucucu, na última quinta-feira (9), e conversou com médicos, enfermeiros e pacientes. A ideia do governo é instalar ao menos dois hospitais de campanha de média complexidade dentro da terra indígena.

Surucucu (RR), 09/02/2023 - Pedro e Natanael, homens yanomami caminham com suprimentos em trilha no Surucucu, na Terra Indígena Yanomami.  Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Surucucu (RR), 09/02/2023 – Pedro e Natanael, homens yanomami caminham com suprimentos em trilha no Surucucu, na Terra Indígena Yanomami. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil – Fernando Frazão/Agência Brasil

“Nós entendemos que, no Território Yanomami, pelo menos dois hospitais de campanha, além do que foi instalado em Boa Vista, são necessários para evitar esses deslocamentos”. Apesar disso, alerta o secretário, a reestruturação plena do serviço de saúde no território só será possível com a desintrusão dos invasores.

“Temos condição de ampliar nossa capacidade de assistência dentro do território, de apresentar um plano mínimo de funcionamento das nossas estruturas, mas isso só é possível se tiver segurança”, acrescentou.

Cuidados

Enfermeiro com mais de 33 anos de profissão, Marcos Fonseca é integrante da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) que está reforçando os atendimentos na Terra Indígena. Acostumado com missões humanitárias, Fonseca já atuou no atendimento de desabrigados após enchentes ocorridas no Acre, em 2011, e também no acolhimento de imigrantes haitianos, no mesmo estado, em 2012. Apesar disso, a missão com os indígenas yanomami é a mais desafiadora.

“Não pensei duas vezes em vir pra cá. É uma alegria saber que posso contribuir para diminuir o sofrimento deles”, afirma. Mas a alegria se mistura com um sentimento de impotência. “Porque a gente vai sair e eles vão continuar. Eu tenho família e não posso ficar muito tempo”, emociona-se.

Para o enfermeiro, que passou boa parte da vida cuidando das pessoas, são os yanomami têm muito a ensinar sobre cuidado. “Que a gente passe a cuidar deles como eles cuidam da Mãe Terra”.

Fonte: Veja a matéria no site da Agência Brasil

Cães resgatados em imóvel na Rua Mateus Leme, em Curitiba, recebem vacinação

A Rede de Proteção Animal, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba, promoveu uma grande ação clínica no imóvel da Rua Mateus Leme, onde uma operação conjunta com a Polícia Civil fez o resgate de quase 300 animais, em janeiro. Curitiba, 09/02/2023. Foto: Hully Paiva/SMCS

A Rede de Proteção Animal, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba, promoveu nesta quinta-feira (9/2) uma grande ação clínica no imóvel da Rua Mateus Leme onde uma operação conjunta com a Polícia Civil fez o resgate de quase 300 cães, em janeiro. 

Foram aplicadas vacinas múltipla e antirrábica e vermífugos, além de realizados exames clínicos básicos para avaliação das condições dos animais. Hoje, ainda são cerca de 160 cães no local, que está sob gestão do Instituto Fica Comigo, parceiro da Rede de Proteção e fiel depositário dos animais resgatados. O município já promoveu a castração de 86 deles.

De acordo com a veterinária da Rede, Claudia Terzian, já é possível verificar melhorias no comportamento dos cães, com o trabalho conjunto que vem sendo realizado.

“A diminuição do estresse com a redução da quantidade de animais no local é visível, eles já apresentam menos comportamentos estereotipados, como rodar, se mutilar e bater nas paredes”, conta Claudia.

Além da redução do número de animais que vivem no imóvel – 37 já foram doados e 40 estão em lares temporários -, voluntários da ONG fazem a manutenção da limpeza iniciada pelo Departamento de Limpeza Pública durante o resgate, levam os cães para banhos, passeios e promovem brincadeiras para distraí-los,

A alimentação também é fornecida pela Rede de Proteção Animal, por meio do seu Banco de Ração, que precisa de doações. Já foram fornecidas, emergencialmente, dez toneladas de ração.

Como adotar

Interessados em adotar algum dos animais podem ir diretamente ao local. Os voluntários do Instituto Fica Comigo estão disponíveis todos os dias das 9h às 18h. É necessário levar comprovante de endereço e demonstrar que o local disponível para o animal no novo lar é seguro. Haverá uma entrevista e a assinatura de um termo de adoção responsável.

A casa fica na Rua Mateus Leme, ao lado na Nichele Materiais de Construção, loja que vem colaborando com a cessão do estacionamento para as visitas e voluntários.

Veja a matéria no site da Prefeitura de Curitiba

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