Paraná começa a testar passageiros no Aeroporto Internacional Afonso Pena

O Governo do Paraná iniciou nesta quarta-feira (2) uma ação de testagem por antígeno para Covid-19 em passageiros que desembarcam no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. A ação conta com apoio da Infraero, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), parceiro estratégico do Estado em testagem.

A ação no Afonso Pena seguirá até sábado (5), das 10h às 15h, período que concentra maior chegada de voos nacionais e internacionais. No primeiro dia da ação, foram realizados 95 testes, com um resultado positivo. O passageiro, de voo nacional, recebeu equipamento de proteção individual e ficará em isolamento, de acordo com o protocolo da ação.

“A estratégia de rastreio da transmissibilidade vem dando certo no Paraná, que se destaca como o estado que mais testa no Brasil proporcionalmente, com mais de 2,7 milhões de testes do padrão que a Organização Mundial da Saúde orienta realizados desde o início da pandemia”, afirmou o secretário estadual da saúde, Beto Preto.

“A testagem é voluntária”, explicou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes. “O IBMP, parceiro nesta ação, nos cedeu mil testes por antígeno para realizar essa campanha”.

Para fazer o teste o passageiro deve preencher um formulário, indicando origem do voo e possíveis conexões, dados pessoais e endereço de residência ou do local que permanecerá no Paraná, caso esteja em trânsito.

Em caso de resultado positivo no teste, o que é constatado em poucos minutos, a pessoa será encaminhada para uma segunda coleta, ainda no aeroporto, do tipo RT-PCR. “O segundo teste será por PCR, que é o padrão ouro, para confirmar a condição do passageiro. Porém, já diante do primeiro resultado positivo, ele assinará um termo de compromisso de isolamento imediato. Todos estes protocolos são informados antes da testagem”, disse a diretora.

PARCERIA 

A ação é uma iniciativa da Sesa, que também já deu início à vacinação contra a Covid-19 dos profissionais dos setores aéreo e aeroportuário. A Anvisa participa deste trabalho com todo apoio de vigilância e a Infraero, responsável pelo terminal, cedeu o espaço físico e fará o descarte do material biológico utilizado na testagem.

“A Infraero está apoiando a campanha de imunização junto às Secretarias de Saúde e seguindo suas diretrizes para o combate à contaminação da Covid-19 em seus aeroportos. A empresa está à disposição para colaborar com medidas adicionais julgadas necessárias pelos órgãos sanitários dos estados e municípios”, disse o superintendente da Infraero no Aeroporto Internacional Afonso Pena, Antônio Pallu.

O diretor-presidente do IBMP, Pedro Ribeiro Barbosa, parabenizou a ação e disse que o Instituto está à disposição para mais campanhas que contribuam para o controle da pandemia. “O IBMP mais uma vez se sente comprometido e por isso nosso apoio com o fornecimento dos testes rápidos. É mais uma contribuição para que o Paraná mantenha a condição de estado que mais testa”, afirmou o diretor.

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Taxa de óbitos por covid-19 em Curitiba é 9,6 vezes maior entre não-imunizados

A taxa de óbitos por covid-19 em Curitiba no mês de novembro foi quase dez vezes maior entre pessoas que não estavam imunizadas contra o vírus em relação àquelas que receberam as duas doses ou a dose da única da vacina.

Com base nos dados de mortes deste último mês pelo novo coronavírus na cidade, é possível verificar que quem tomou as duas doses ou a dose única do imunizante está mais protegido contra a doença.

Das 48 mortes registradas em novembro, 24 foram de pessoas que não estavam imunizadas (vacinadas com a duas doses ou a dose única há mais de 14 dias), todas com 20 anos ou mais. Considerando que a população imunizada dentro dessa faixa etária até 30/11 era de 1,3 milhão de curitibanos, tem-se uma taxa de 1,8 mortes para cada 100 mil pessoas. Entre os que não tinham completado o esquema vacinal até essa data, a taxa é 9,6 vezes maior, de 17,2 óbitos/100 mil pessoas.

“Esses números comprovam que a cidade fez o certo em investir na vacinação, porque ela de fato salvou vidas. Queremos que os curitibanos que já foram convocados, mas ainda não tomaram a primeira, a segunda ou a dose de reforço compareçam nas nossas Unidades de Saúde e se vacinem”, diz a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak.

A efetividade do avanço da imunização em Curitiba em relação à  prevenção de mortes é vista não só nos números recentes, mas também a médio prazo: ao longo dos últimos oito meses (entre 1º/3 e 30/11), oito em cada dez óbitos (83%) foram de pessoas que não estavam imunizadas contra a covid-19

Entre as mortes das pessoas que já estavam imunizadas nesse período, 20% tinham completado a imunização há mais de cinco meses, o que enfatiza a necessidade da dose de reforço. “Nenhuma vacina é 100% efetiva. A queda da resposta do imunizante no organismo ao longo do tempo acontece para todas as vacinas. Ainda assim, a imunização contra a covid-19 tem contribuído imensamente para termos saído do momento mais crítico da pandemia”, explica o epidemiologista da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) Diego Spinoza.

Redução na circulação do vírus

Com o avanço da cobertura vacinal contra a covid-19 em Curitiba – a cidade ultrapassou 85% da população acima de 12 anos com as duas doses ou a dose única recebida – a vacina também passou a contribuir com a redução da circulação do vírus no município.

“Além de cumprir o papel de proteger individualmente contra os quadros mais graves, agora a vacina tem esse efeito protetor sobre a circulação do vírus”, diz Spinoza. 

A percepção de redução na circulação do novo coronavírus é notável pela diminuição no registro de novos casos: dezembro começou com uma média de e 39 novos casos da covid-19 por dia.

1,1 milhão de paranaenses não tomaram a segunda dose, aponta estudo da Secretaria de Saúde

Um levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde mostra que 1.184.889 paranaenses estão com a segunda dose da vacina contra a Covid-19 em atraso. Desses, 1.006.617 não tomaram a D2 de Pfizer/Biontech ou Oxford/AstraZeneca, cujo intervalo de aplicação variou de quatro a seis meses ao longo do ano, e 178.272 não tomaram o reforço da CoronaVac/Butantan, cujo prazo é menor, de apenas três semanas.

O estudo leva em consideração os chamados faltosos, pessoas que apareceram para tomar a primeira dose e por algum motivo não especificado não tomaram a segunda. O balanço, que utiliza dados até a quarta-feira (8), também considera possível atraso das informações repassadas pelos 399 municípios ao Ministério da Saúde, que regula o sistema de informações. Os dados ainda são preliminares.

Segundo o Ministério da Saúde e as farmacêuticas que fabricam as três vacinas, a proteção mais alta contra as formas mais graves da doença acontece duas semanas após a aplicação da segunda dose. Atualmente, já foi aprovada a terceira dose em toda a população adulta depois de cinco meses da segunda aplicação, com orientação para que a adicional seja de fabricante diverso das primeiras.

Segundo o relatório, as Regionais de Saúde com os piores índices em termos absolutos e de todas as doses são Metropolitana (2ª RS), com 321.345 (27% do total), e Guarapuava (5ª RS), com 269.071 (22% do total). Elas correspondem a quase metade do número de faltantes. Proporcionalmente a região do Centro-Sul, bem menos populosa que a Capital, é a com maior índice de faltosos.

Depois dessas as com mais casos são Maringá (15ª RS), com 75.748 pessoas, Ponta Grossa (3ª RS), com 72.248, e Londrina (17ª RS), com 58.400. Ivapoirã (22ª RS) é a que menos registra casos em termos absolutos (8.991). Veja o relatório das regionais  AQUI .

No recorte por idade, os mais faltosos fazem parte da população idosa. São 523.799 (44%) com 95 anos ou mais, 168.194 entre 90 e 94 anos, 123.066 entre 85 e 89 anos e 99.482 entre 80 a 84 anos, uma pirâmide que fica mais estreita conforme a idade abaixa. Entre 18 e 19 anos são apenas 36 pessoas. Entre 20 a 24, 250 pessoas. Veja AQUI .

O secretário estadual de Saúde, Beto Preto, alerta que o tema foi inclusive alvo da 5ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) nesta quarta-feira (8), no qual foi reforçado o pedido para os municípios realizarem busca ativa nas suas populações. O colegiado reúne secretarias municipais e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Paraná (Cosems/PR).

“Temos vacinas para atender todo esse público e precisamos vacinar com a segunda dose, o que garante proteção completa. Temos que resolver essa situação em paralelo com a chegada das terceiras doses para a população. O Paraná tem uma tradição de vacinação e temos que ir atrás dessas pessoas. É um esforço pela defesa da sociedade”, afirmou.

VACINAÇÃO EM NÚMEROS – Quase 11 meses após o início da campanha, segundo o Vacinômetro nacional, o Paraná já aplicou 17.779.208 doses. É o quinto estado que mais aplicou primeiras doses, com 8.956.828 imunizantes administrados, e o sexto que mais completou o esquema vacinal em toda a população, com 7.536.231 segundas doses e 21.422 doses únicas. Atualmente, 67% da população está com as duas doses, segundo o consórcio de veículos de imprensa.

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