Meu filho não quer comer

A primeira coisa que oriento aos pais quando a criança não quer comer é que levem a um profissional para que seja feita uma avaliação pediátrica, nutricional e, especificamente, com um nutricionista especializado em problemas alimentares.  A abordagem deve ser multidisciplinar e ampla.

A intenção é entender o porquê da criança se recusar a comer. Às vezes, os pais dão muito leite ou até mesmo dão uma quantidade exagerada de alimentos não essenciais. A criança acaba se satisfazendo com alimentos que podem ser inadequados para o perfil nutricional ou para as necessidades reais dela.

Problemas comportamentais ou sensoriais podem ainda estar impedindo-a de se alimentar de forma diversificada. Outro fator que pode interferir são os transtornos de neurodesenvolvimento como autismo ou como Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), que costumam estar relacionados a problemas de seletividade alimentar. Ou seja, é fundamental uma avaliação adequada.

No geral, muitas não comem porque não aprenderam a comer e ter rotina alimentar, que requer ampla participação dos pais. Fazer um alimento mais criativo ou colorido pode ajudar em alguns casos. Porém, o mais importante é a família criar o hábito de se sentar junto à mesa com a criança e criar uma rotina alimentar utilizando os talheres, pratos, movimentos de atenção para que a criança visualize e aprenda.

Se a criança tem um mau hábito alimentar como comer ou ingerir alimentos inadequados em horários inadequados, em horários em que ela vai ficar saciada antes de começar a almoçar ou jantar, ela vai ter repúdio à comida naquele momento. Então é muito importante, dentro da rotina alimentar, não comer coisas fora do horário adequado e evitar alimentos que saciem antes das principais refeições. Este é o primeiro passo!

Tudo na infância se faz aos poucos, devagar. Não adianta forçar. Mas é necessário buscar ajuda para uma orientação aprofundada. Um especialista vai ajudar a criar um passo a passo do que fazer.

(*) Dr Clay Brites é Pediatra e Neurologista Infantil (Pediatrician and Child Neurologist); Doutor em Ciências Médicas/UNICAMP (PhD on Medical Science); Membro da ABENEPI-PR e SBP (Titular Member of Pediatric Brazilian Society); Speaker of Neurosaber Institute (https://institutoneurosaber.com.br/ ).

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Legal design não é só um documento bonitinho

Pense em um restaurante muito bonito em que você já tenha ido. Um lugar super “instagramável”. Ao entrar no estabelecimento, você provavelmente se sentiu confortável, bem recebido e, obviamente, teve uma vontade imensa de tirar uma foto. Além disso, claro, já falou para todos os seus amigos sobre, fazendo o nome do restaurante ir mais longe. Isso tudo tem uma origem: marketing estratégico alinhado à experiência do usuário (UX).

O propósito final é trazer uma experiência que agrade ao público e, de quebra, ser divulgado pelo meio mais difundido: as redes sociais. Percebeu que, no final das contas, não era só um restaurante bonitinho?

No legal design funciona mais ou menos assim. Não se trata apenas de um documento bonitinho. Para começar, o design em si tem o propósito de criar um projeto esteticamente agradável e útil. Nada é sem objetivo nessa área. Tudo tem uma funcionalidade.

Então, ao levar o design para o Direito, estamos implementando a funcionalidade nos documentos que são utilizados nessa área. Essa aplicação surgiu de uma necessidade bem específica: personalizar e tornar os documentos mais claros, inteligíveis e práticos sob um olhar leigo – principalmente na área consultiva, voltada à elaboração de documentos jurídicos para empresas e seus clientes.

Ao elaborar um contrato, por exemplo, para um estabelecimento que presta serviços, o documento precisa ser claro para não gerar dúvidas ou desentendimentos. Isso é importante, pois esse contrato será lido por um possível cliente que pode não ser da área jurídica.

Dessa forma, há uma democratização do entendimento jurídico por meio da redução do juridiquês e da aplicação de elementos visuais, como os ícones, que exemplificam o que está sendo dito.

A inovação por meio do legal design também traz modernidade e personalidade para a empresa. Por isso, alinhar essa estratégia à experiência do usuário e à identidade visual, é juntar funcionalidade e estética em um só lugar. Ou seja, não se trata apenas de um “documento bonitinho”. Em verdade, passa a ser um documento útil, agradável aos olhos e acessível até para quem não entende nada do Direito.

É preciso expandir os horizontes e olhares para o lado do cliente, entendendo suas necessidades e a sua linguagem. Dessa forma, o advogado, que cria o documento, não vai apenas se restringir às partes que o contrataram, mas terá o seu serviço divulgado por ter feito um trabalho que demonstra atenção e preocupação com o cliente e com a forma como satisfazê-lo, focando em sua experiência.

(*) Advogada contratualista, especialista em Legal Design, criadora da Formação Completa em Legal Design e Visual Law – Metodologia LDFD, pós-graduada em Direito e Processo do Trabalho e pós-graduanda na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Site: https://gibrahim.com.br/bio/

Mercado de alimentos veganos dobrará até 2028, prevê pesquisa

Segundo uma pesquisa realizada pela SkyQuest, o mercado global de alimentos veganos deve ultrapassar 34 bilhões de dólares até 2028 por conta da conscientização de consumidores sobre o sofrimento e as condições de bem-estar de animais na indústria pecuária. Considerando que o mercado vegano valia 15,6 bilhões de dólares em 2021, as previsões para 2028 representam um aumento de 9,3% da taxa de crescimento anual composta.

“O mercado de alimentos veganos tem tido um crescimento significativo nos últimos anos. Cada vez mais, os consumidores têm optado por opções vegetais, motivados por uma variedade de fatores, incluindo as preocupações sobre a saúde, o meio ambiente e o bem-estar animal. É muito animador ver novos produtos e inovações que facilitam a adoção de um estilo de vida vegano”, diz Taís Toledo, diretora de políticas alimentares da Sinergia Animal, uma organização internacional de proteção animal que trabalha para promover a alimentação vegetal em países do Sul Global.

Como a maioria da população mundial é intolerante à lactose, alternativas vegetais aos laticínios representam um grande fator desse crescimento. Só nesse seguimento, está previsto um aumento de 10,4% até 2028. 

“Os produtos à base de de plantas oferecem opções com menos gordura saturada e colesterol. E mais importante, são livres de crueldade. Além disso, o leite de vaca tem impactos ambientais muito maiores do que suas alternativas vegetais”, explica Toledo. 

Na América do Sul, o crescimento do mercado de alimentos veganos deve ser ainda maior, com um aumento de 11,45% previsto até 2028. Além de ser uma tendência global, esse crescimento na região é resultado de décadas de trabalho de ativistas e organizações como a Sinergia Animal.

“No Brasil, nossa comunidade de ativistas está empenhada em promover a alimentação vegetal e um futuro melhor para os animais, conscientizando o público, dialogando e negociando com diferentes instituições, e expandindo o acesso à informação sobre o nosso sistema de alimentação”, diz Toledo. 

Para conhecer mais o programa de voluntariado da Sinergia Animal, acesse www.sinergiaanimalbrasil.org/ativistas

Sobre a Sinergia Animal:

A Sinergia Animal é uma organização internacional que trabalha em países do Sul Global para diminuir o sofrimento dos animais na indústria alimentícia e promover uma alimentação mais compassiva. A ONG é reconhecida como uma das mais eficientes do mundo pela renomada instituição Animal Charity Evaluators (ACE)

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