Mais Vida para pessoas acima de 60 anos de idade

Um dos problemas que mais assola a população idosa é o risco de quedas. Atualmente, as fraturas causadas por quedas são responsáveis por aproximadamente 70% das mortes acidentais em pessoas acima de 75 anos. Somente no Brasil, são mais de 600 mil fraturas de fêmur por ano, sendo 90% delas recorrentes das quedas. Fatores relacionados ao estado de saúde do idoso, o uso de medicamentos, distúrbios de locomoção, falta de equilíbrio, fraqueza muscular e sedentarismo estão relacionados às quedas. Uma das formas de prevenção é a prática regular de atividades físicas. 

De acordo com médica cooperada da Unimed Curitiba, especialista em geriatria, Taísa Gonçalves Resende, manter-se ativo reduz o risco de doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, obesidade e alguns tipos de câncer. “Os exercícios beneficiam a todos, porém no grupo da terceira idade faz parte da prevenção da perda de massa óssea, manutenção do tônus muscular e estimula a memória e a coordenação motora. Além disso, os exercícios diminuem o risco de queda e suas consequências”, explica. 

A esteticista Zilda Lucia de Almeida, 63 anos, trabalha muitas horas em pé e vivia com dores nas costas. As dores de cabeça também eram frequentes, o que a fez marcar uma consulta com um neurologista. No dia de sua consulta, descobriu o programa Mais Vida, oferecido gratuitamente pela Unimed Curitiba aos seus clientes para ajudar a preservar a capacidade funcional, melhorar o bem-estar e a qualidade de vida, prevenir doenças e incentivar a independência na execução de atividades cotidianas. E, desde então, muita coisa mudou em sua rotina. “Assim que fiquei sabendo do programa, fui buscar mais informações. Agendei a avaliação física, que também conta com uma conversa com uma nutricionista e uma psicóloga e comecei em seguida”, conta. 

Há pouco mais de quatro meses no programa, Dona Zilda não sente mais dores. E também conta que tem fôlego de sobra para correr atrás do netinho de 4 anos de idade. “O Mais Vida é maravilhoso, considero um presente. Desde que comecei me sinto muito mais disposta e ativa. Hoje em dia, cuidar do meu bem-estar e da minha saúde é uma prioridade.” 

Além das aulas de ginástica, a esteticista também participa regularmente das oficinas de meditação. E, durante os encontros, acabou fazendo muitas amizades. “Esse contato com pessoas da mesma idade me faz muito bem, afinal, estamos todos no mesmo barco. É também um espaço para trocar ideias e dar risadas. Compartilhamos receitas, dicas de saúde e estamos programando para logo sairmos todos juntos”, conta. 

A médica geriatra coordena o programa e explica que a cooperativa oferece também atividades relacionadas aos aspectos nutricionais e de estímulo da memória como complemento às atividades físicas proporcionadas. 

Embora a prática de exercícios físicos possa ser feita individualmente e em casa, a geriatra lembra da importância da socialização para a qualidade de vida. “Os participantes das atividades em grupo geralmente realizam exercícios mais variados e a evolução individual é estimulada pelo desempenho de todo o grupo, o que é muito motivador. Além de influenciar os resultados, as atividades em grupo também produzem um senso de equipe, a energia da aula mantém o ambiente mais alegre e seu aspecto social pode tornar a prática de exercícios mais leve e descontraída, diminuindo o nível de estresse causado pelas situações vividas em nossa rotina”, completa. 

O programa 

Com apoio de uma equipe multidisciplinar formada por profissionais de educação física, enfermeiros, médicos, nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos, o Mais Vida possui iniciativas para reabilitação e oficinas de memória e meditação e oferece também orientações sobre alimentação e hábitos saudáveis. Os participantes podem utilizar o novo espaço, localizado na unidade Iguaçu, para as aulas, convivência e troca de experiências. 

Para participar é preciso ser cliente da Unimed Curitiba, ter idade igual ou superior a 60 anos, apresentar atestado médico do ano vigente e residir em Curitiba ou na Região Metropolitana. Inscreva-se no programa Mais Vida e participe das atividades físicas, iniciativas para reabilitação e oficinas de meditação em um espaço, localizado na unidade Iguaçu, disponível para aulas, convivência e troca de experiências. Link: https://www.unimedcuritiba.com.br/mais-vida 

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Telemedicina surge como aliada no tratamento de crianças com autismo

Estudos realizados pela Universidade da Califórnia em Davis, nos Estados Unidos, sugerem que crianças com autismo cujos pais foram treinados para estimular o desenvolvimento dos filhos apresentaram um melhor avanço cognitivo. Neste quesito, o acesso facilitado ao sistema de saúde, ofertado pela telemedicina, pode ser um grande aliado – desde o diagnóstico até o tratamento.

“Na telemedicina, assim como no consultório físico, é fundamental estar atento a diversos comportamentos do paciente para identificar a presença do autismo”, explica o Dr. Edson Félix de Jesus, psicólogo da Docway (CRP 03/24967), empresa pioneira em soluções de saúde digital no Brasil. “Geralmente, a família chega na consulta online com outras queixas, como o TDAH, e ao longo do atendimento vamos identificando esses comportamentos em conjunto”, diz.

Em caso de suspeita da condição, o tratamento engloba todo o contexto familiar e relações interpessoais do paciente. “É essencial que a família esteja preparada para dar suporte à criança fora da consulta e que saiba identificar comportamentos disfuncionais. Caso o ambiente não responda de acordo com as sugestões do psicólogo, não há progresso no tratamento”, aponta.

Segundo ele, um ambiente desregulado, com demasiados conflitos e desrespeito aos limites da criança, é o principal responsável por reforçar comportamentos disfuncionais em pacientes com autismo, como a birra e a agressividade. “Precisamos instruir os responsáveis de que o autismo é uma condição diferenciada do neurodesenvolvimento, a qual o paciente precisa receber um olhar humanizado”, enfatiza.

Em relação à telemedicina, o psicólogo ressalta que é possível tratar pacientes com autismo de grau leve e moderado de forma semelhante à presencial. “Tudo depende de como o paciente responde. Em casos mais severos, quando o paciente não consegue criar vínculo, é importante encaminhar para o atendimento presencial e multidisciplinar, com auxílio de pediatra, neurologista, terapeuta ocupacional e educador físico”, comenta.

Ele também destaca a importância de começar o tratamento o mais cedo possível. “Quanto mais novo o paciente é, mais fácil é administrar os comportamentos disfuncionais e ensinar novas habilidades”, complementa o Dr. Edson Félix de Jesus.

Quem pode prescrever cannabis medicinal?

O canabidiol (CBD) é um óleo essencial derivado da cannabis que, diferente da THC, que conta com componentes psicoativos, oferece propriedades terapêuticas.Isso acontece graças a substâncias contidas em sua fórmula capazes de modular os sistemas do organismo humano, auxiliando no manejo de sintomas em diferentes doenças.

Contudo, o “como” prescrever canabidiol ainda é uma dúvida bastante frequente na medicina, mesmo após a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de mais de 15 medicamentos no país. Afinal, quem pode prescrever um tratamento com cannabis medicinal?

No Brasil, qualquer médico com inscrição ativa no Conselho Federal de Medicina (CFM) pode receitar produtos de cannabis com fins medicinais para seus pacientes, independente da especialidade, inclusive como primeira via de tratamento. Profissionais de odontologia, como dentistas e cirurgiões dentistas, também estão aptos para indicar o tratamento.

“Ainda vemos muitos pacientes chegarem na cannabis medicinal como última alternativa, já debilitados e sem acreditar no potencial de melhora. Isso acontece, principalmente, porque muitos médicos desconhecem os benefícios do canabidiol e demoram para indicar o tratamento”, aponta Marcelo Velo, COO e cofundador da Anna Medicina Endocannabinoide, startup que promove acolhimento de pacientes, treinamento com médicos e venda de produtos.

A especialista explique que o médico ou dentista pode recomendar um produto de cannabis para compra diretamente em estabelecimentos nacionais (regimentada pela RDC 327/2019) ou através de importação legalizada (regimentada pela RDC 660/2022) via autorização da Anvisa. Para a primeira opção, o profissional de saúde deverá usar os receituários azuis ou amarelos e preencher o nome completo do paciente e a concentração de CBD, já para importação deve-se utilizar um receituário branco comum, contendo nome completo do paciente, identificação do uso, descrição do produto, número de frascos, posologia, carimbo, assinatura e data.

“Após passar por uma consulta com um profissional da saúde em que a prescrição seja autorizada, ele irá avaliar o caso e ponderar se o tratamento com canabidiol é uma alternativa.  Com a receita em mãos, o paciente pode procurar a importadora para os trâmites de envio do produto do exterior para o Brasil, levando alguns dias para a entrega, ou pode optar pelos produtos disponíveis em solo nacional, como no site da Anna Express”, explica Velo.

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