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Leonardo Macedo: o curitibano por trás do fenômeno Nanica

Leonardo Macedo - Nanica
Foto: Fer Santos

Conheça Leonardo Macedo, o fundador da Nanica, uma rede de franquias de banoffes que virou referência no setor gastronômico. Sua jornada de empreendedorismo é inspiradora e prova que sonhos podem se tornar realidade com determinação e paixão pelo que se faz.

Leonardo Macedo, nascido em Foz do Iguaçu e radicado em Curitiba, desde muito pequeno, ele é inquieto e visionário, um exemplo inspirador de empreendedorismo no Brasil. Fundador e CEO da rede de franquias Nanica, especializada em banoffes, Leonardo começou sua jornada com apenas 15 mil reais de investimento em 2018. Hoje, em pouco mais de quatro anos, a Nanica se tornou uma referência no setor, com diversas lojas espalhadas pelo Brasil, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e em nossa cidade, Curitiba. Sua trajetória é marcada por superações, aprendizados e estratégias inovadoras que conquistaram o paladar e o coração dos brasileiros. Conheça agora a história de Leonardo Macedo, um verdadeiro exemplo de empreendedorismo que não tem medo de ousar e realizar seus sonhos.

Leonardo Macedo Nanica
Foto: Divulgação / Os sócios do Nanica: José Carlos Semenzato, Leonardo Macedo, Tito Barcellos e Tiago Abravanel

Em uma entrevista exclusiva, tivemos a oportunidade de conversar com ele. Durante a entrevista, mergulhamos na história inspiradora desse visionário doceiro, desde os primeiros passos da empresa em uma pequena loja de 5m² na rua Augusta, até o sucesso nacional com uma rede de franquias pelo Brasil. Com um olhar atento sobre suas estratégias inovadoras e sua paixão pela gastronomia, conhecemos de perto a visão de Leonardo para o futuro da Nanica e sua determinação em torná-la a maior rede de docerias do país. Sua trajetória é um verdadeiro exemplo de empreendedorismo, provando que sonhos podem ser realizados com disciplina, foco e, é claro, muita doçura.

  • Busão: Como surgiu a ideia de criar a rede Nanica e se especializar na produção de banoffees? Quais foram os principais desafios enfrentados no início do negócio?

Leonardo: Banoffee é uma sobremesa tradicional no sul do país, especialmente em Curitiba. Comecei a empreender em Curitiba em 2015, fazendo banoffee de vez em quando na minha hamburgueria, e rapidamente se tornou um grande sucesso, esgotando-se sempre, especialmente em datas comemorativas. A divulgação ganhou impulso quando fiz uma banoffee para Tiago Abravanel, que adorou a torta e passou a pedir sempre que vinha para Curitiba.

No mesmo período, meu amigo Ravi Leite, do MasterChef, que mora em São Paulo, sugeriu que levasse a sobremesa para lá, já que não era conhecida na região. Com meu sócio, Tito Barcellos, decidimos empreender em um pequeno espaço de 5 m² na Rua Augusta, em São Paulo, para começar a vender a banoffee.

Enfrentamos desafios como falta de recursos financeiros, visibilidade e contatos. As pessoas ficavam receosas pela fruta (banana) não passar por cocção , embora Curitiba e São Paulo fossem culturalmente próximas, havia uma certa desconfiança em relação à sobremesa. A falta de mão de obra também foi um obstáculo, pois não tínhamos recursos para contratar funcionários ou investir em marketing.

  • Busão: Como a amizade com Tiago Abravanel impactou sua trajetória como empreendedor? Como foi o momento em que ele provou suas tortas e ofereceu ajuda para sua carreira?

A minha amizade com o Tiago (Abravanel) foi muito importante para o sucesso do negócio. Ele que me chancelou a ir para São Paulo, me ajudando a vender as tortas por lá e, antes mesmo dele virar sócio – 2 anos depois do Nanica ter sido inaugurado – ele foi um grande influenciador, um grande Relações Públicas que divulgava e levava torta para muitos famosos.

  • Busão: Sabemos que a Nanica alcançou grande visibilidade após um comentário de Bruna Marquezine nas redes sociais. Como você lidou com esse crescimento repentino? Como o negócio se adaptou para atender à demanda crescente?

Foi muito louco! Em primeiro lugar, a demanda repentina veio diretamente nas redes sociais e a demanda em volume de venda foi gradativa, degrau por degrau de uma forma mais acelerada. A gente já tinha aprendido e desenvolvido mais esse trabalho de produção de torta, escala, de estrutura de entrega e também com o mínimo de capital de giro para poder comprar mais insumos. Então, a gente cresceu muito rápido, mas com passos muito seguros. Acredito que esta foi a vantagem de ser um cardápio de um monoproduto, ou seja, de um produto simples, conseguimos escalar de uma forma mais sólida. Conseguimos lidar com coerência com esse crescimento.

  • Busão: Você foi listado na Forbes Brasil como um exemplo de empreendedor jovem. Como se sente sendo uma referência no empreendedorismo, especialmente representando Curitiba? Quais conselhos daria para os jovens empreendedores da cidade?

Essa pergunta é muito legal e até me emociona em falar disso. Porque eu me lembro do começo do ano – que foi lançada a lista – eu completaria 30 anos, então seria o último ano que eu tinha para poder entrar na lista. Era ano de pandemia, com várias dificuldades, e eu trabalhei naquele ano como se não houvesse amanhã mesmo. Entramos naquele ano com 3 lojas e encerramos ele com 8. Pra mim, quando esse prêmio chegou eu tive a sensação de dever cumprido, que eu tava no caminho certo para deixar um legado. Foi uma honra enorme representar Curitiba, por representar a nossa cidade e também porque somos vistos no cenário nacional como um público exigente, que lança tendências para o mercado. Temos vários cases de sucesso curitibanos estourando no Brasil. Então foi de grande valia isso.

“O conselho que posso dar para os jovens empreendedores da cidade é: PERSEVERANÇA. O caminho é torto, é torta (rs)! Não podemos focar nas adversidades, eu acredito muito em Deus e eu falo que sempre eu olho pro alto quando vou fazer as coisas – porque quando a gente olha em volta, sempre vamos querer desistir”.

É preciso renunciar muita coisa, muita coisa mesmo, mas as coisas acontecem. Acreditar no propósito e trabalhar muito! Desenvolver funções que a gente às vezes não sabe como, mas ir lá e aprender.

  • Busão: Além das deliciosas banoffees, a Nanica oferece outras variedades de tortas. Como você desenvolveu novos sabores e como eles têm sido recebidos pelo público?

Isso, reinventamos a Banoffee de várias formas diferentes. Hoje temos a Uvoffee (Uva) e a Monoffee (morango). O desenvolvimento desses sabores é feito por mim e pelo Tito Barcellos, também fundador do Nanica – mas também com muita ajuda do Semenzato e do Tiago (Abravanel). Tudo que realizamos hoje no Nanica, realizamos em quatro mãos.

Essa curiosidade pelo nome, pelo novo, e principalmente, essa segmentação que a gente faz, traz solidez e culmina em servir, de fato, o melhor daquilo que você está propondo.

  • Busão: A pandemia trouxe desafios para muitos empreendedores, mas a Nanica conseguiu se destacar. Como a empresa se adaptou durante esse período e como planeja continuar crescendo mesmo em tempos desafiadores?

Ninguém imaginou que enfrentaríamos uma pandemia, mas já éramos muito bem posicionados nas redes sociais e, principalmente, no delivery. Já éramos a doceria que mais fazia delivery na cidade de São Paulo e as pessoas estavam em casa consumindo ainda mais o digital, ou seja, estávamos com a estratégia pronta.

Nos diferenciamos também na pandemia por causa da nossa embalagem. Antes tínhamos uma embalagem sem muita apresentação, sem muita “cara“, e optamos por realizar uma reformulação dentro das embalagens e levamos a experiência do Nanica para os clientes na casa deles. Isso ajudou muito!

Tempos desafiadores, para quem empreende, é sempre (rs)! Mas para crescermos e nos destacarmos ainda mais o segredo é: ouvir sempre o cliente. Não há nada mais enriquecedor do que ouvir o que as pessoas pensam sobre o seu negócio ou sobre seu produto.

  • Busão: Com o sucesso da Nanica, você recebeu convites para dar palestras e mentorias sobre empreendedorismo gastronômico. Como é conciliar essa atividade com a administração da rede de lojas e quais são seus planos futuros para a Nanica?

Isso é muito legal! Sempre que posso, eu faço! Nas versões on-line eu consigo fazer com mais frequência: mentorias e palestras. Isso traz bastante notoriedade, ainda mais quando temos um negócio legal e consolidado, mas o que mais me faz feliz é fazer a diferença na vida das pessoas que estão buscando empreender e, muitas vezes, trazer aquela famosa “virada de chave” que elas precisavam.

Estou sempre dedicado de cabeça em meus negócios, mas consigo conciliar. É um grande desafio porque sou o tipo de pessoa que “abraça o mundo”, mas sempre dou um jeito!

NANICA EM CURITIBA

Loja Batel:

Rua Coronel Dulcídio, 540

Loja Juvevê:

Rua Augusto Stresser, 318

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