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Itaipu, Sanepar e PTI-BR anunciam investimentos de R$ 84,6 milhões em saneamento e segurança hídrica

Crédito: Patrícia Iunovich | Itaipu Binacional

Convênios vão beneficiar 12 municípios do Estado e incluem projetos para gestão de recursos hídricos e implantação de esgotamento sanitário. Anúncio foi nesta quinta-feira (13), no Palácio Iguaçu, em Curitiba

A Itaipu Binacional, em parceria com o Governo do Estado, a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) e o Parque Tecnológico Itaipu (PTI-BR), anunciou nesta quinta-feira (13), em Curitiba, investimentos de R$ 84,6 milhões em projetos de segurança hídrica e saneamento ambiental. Os convênios foram assinados em dezembro, com início dos trabalhos em maio de 2021. Serão beneficiados 12 municípios do Estado. Somente a Itaipu vai investir mais de R$ 33 milhões nos projetos.

A cerimônia, no Palácio Iguaçu, contou com a presença do governador Carlos Massa Ratinho Junior; do diretor-geral brasileiro de Itaipu, general João Francisco Ferreira; do diretor de Coordenação da binacional, general Luiz Felipe Carbonell; do diretor-superintendente do PTI-BR, general Eduardo Garrido; da chefe do Parque Nacional do Iguaçu, Cibele Munhoz Amato; e do vice-governador do Estado, Darci Piana. O diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile, acompanhou a cerimônia por transmissão on-line, assim como os prefeitos dos municípios contemplados.

Crédito: Patrícia Iunovich | Itaipu Binacional

O primeiro convênio, “Cooperação Técnica para Gestão de Recursos Hídricos e Segurança Hídrica”, prevê investimentos de R$ 10,2 milhões para a implantação de uma plataforma de compartilhamento de dados sobre a Bacia do Paraná 3 (BP3), que abastece o reservatório de Itaipu. Também serão elaborados Planos de Segurança da Água para os sistemas de abastecimento de seis municípios: Umuarama, Goioerê e Palotina, na Bacia do Rio Piquiri, e Paranavaí, Cianorte e Paraíso do Norte, na Bacia do Rio Ivaí. O prazo de execução deste convênio é de três anos.

No segundo convênio, “Cooperação Técnica para Implementação de Sistemas Sustentáveis de Esgotamento Sanitário”, serão destinados R$ 74,4 milhões para implantação ou melhoria no saneamento urbano em outros seis municípios da sub-bacia do Rio Ocoí, no Oeste do Estado. Ramilândia, Missal e Serranópolis do Iguaçu, que hoje não tem têm tratamento de esgoto, passarão a atender 100% da população urbana com o serviço; Santa Helena, Medianeira e Itaipulândia serão beneficiados com a ampliação e modernização dos sistemas de coleta e tratamento já existentes. O prazo de execução é de seis anos.

O diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile, disse que os investimentos vão trazer qualidade de vida e saúde para a população, além de economia para os cofres públicos. Ele citou o exemplo de Itaipulândia e Missal: o primeiro município conta com rede de esgoto, mas o segundo, não. “Faremos a integração para que todo o esgoto de Missal seja levado por gravidade até Itaipulândia, onde será tratado. Isso traz economia para o Estado. E, quando reduzimos os investimentos, toda a população sente de forma positiva.” No caso de Serranópolis, ele antecipou que o PTI-BR vai contribuir para a implantação de um mix de tecnologias que permita a redução do lançamento de poluentes nas águas do Parque Nacional do Iguaçu, um patrimônio da natureza.

O governador Ratinho Junior destacou a importância dos convênios, lembrando que o Paraná está em estado de calamidade hídrica há mais de um ano, além de enfrentar o pior momento de falta de água (por escassez de chuva) desde 1950. Entretanto, os investimentos da Sanepar fizeram com que o Paraná tenha hoje aproximadamente 80% do seu território urbano com saneamento básico, índice próximo do de países europeus. “O Paraná é referência nesse cuidado e estamos investindo na ampliação do serviço. A participação da Itaipu e do PTI agrega muito, não apenas na questão financeira, mas em tecnologia”, disse. “Estamos falando de R$ 84 milhões [de investimentos] em uma área extremamente importante, que é o meio ambiente, a sustentabilidade e o cuidado com os nossos recursos hídricos.”

O general João Francisco Ferreira explicou que os projetos em saneamento e segurança hídrica são importantes para reduzir a carga de poluentes que hoje chega ao reservatório, ampliando, desta forma, a vida útil da usina. Paralelamente, os investimentos trazem benefícios ambientais, sociais e econômicos para a região e melhoram a qualidade de vida da população.

“Para Itaipu, a água é a nossa fonte de energia. Quando conceberam a usina, sabiam que sua matéria-prima era a água. Por isso, temos que ter um cuidado muito importante. Para a Sanepar, a água também é fundamental. E o PTI vai fornecer a tecnologia para que nós possamos cuidar bem deste bem da natureza, essencial para todos nós, e que vai trazer muitos benefícios para todas as regiões que participam do projeto”, afirmou. “No futuro, poderemos ampliar para outros municípios do Estado.”

O diretor de Itaipu defendeu a parceria lembrando que “o desafio imposto à realização dessa atividade, em função da extensa área de abrangência, pode ser superado com informação de qualidade, com inteligência de dados, de forma a otimizar recursos, direcionar esforços onde é preciso, congregar sinergias com políticas públicas (como o novo marco regulatório do saneamento) e, assim, contribuir também com a universalização dos serviços de água e esgoto”.

Pacote de obras

Nos últimos dois anos, conforme orientação do governo federal, a margem brasileira de Itaipu anunciou investimentos de R$ 2,5 bilhões em grandes obras de infraestrutura, como a nova ponte internacional entre Brasil e Paraguai, a Perimetral Leste, a duplicação da Rodovia das Cataratas (BR-469) e a ampliação da pista de pousos e decolagens do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu. A empresa também vai modernizar o sistema de transmissão de Furnas.

Outras obras financiadas com recursos da binacional já têm ou terão impacto direto na qualidade de vida do cidadão, como o mercado municipal de Foz do Iguaçu (em fase de conclusão), a ampliação do Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC), a revitalização do Gramadão da Vila A (em obras) e as ciclovias e caminhadas na Avenida Tancredo Neves e Vila A.

Os recursos foram viabilizados a partir de um novo modelo de gestão da empresa, com foco na transparência e austeridade. Parcerias com os governos federal e estadual garantem agilidade na execução das obras.

O general João Francisco Ferreira observa que os investimentos trazem um benefício imediato para a economia, com a geração de empregos e renda, em período de crise provocada pela pandemia, e depois permanecerão como legado para a sociedade, contribuindo para o desenvolvimento social e econômico da região.