Investir em empresas ecologicamente corretas reforça sustentabilidade

Cada vez mais os brasileiros valorizam as empresas comprometidas com o meio ambiente e as práticas de sustentabilidade. Essa postura corporativa é considerada um diferencial competitivo, responsável por atrair consumidores e contribuir para o melhor desempenho dos negócios

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Divulgada pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), pesquisa realizada pela agência Union+Webster revelou que 87% dos consumidores do país optam por produtos e serviços de empresas com viés de sustentabilidade. Desse grupo, 70% afirmaram não se importar em pagar mais caro por isso.

A valorização desses negócios refletiu na criação de três índices de sustentabilidade pela Bolsa de Valores (B3): o Índice Carbono Eficiente (ICO2 B3), o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3) e o Índice Great Place to Work (IGPTW B3).

Dessa forma, são disponibilizados ativos de empresas que mantêm práticas de responsabilidade social e ambiental para que os investidores reforcem tal postura e lucrem com ela.

Carteiras de índices

No início deste ano, a B3 divulgou as novas carteiras dos três índices de sustentabilidade. Um dos destaques foi o crescimento dos números conquistados pelo ICO2 B3, que agora reúne 67 ativos pertencentes a 64 empresas de 29 setores da economia. 

Segundo a B3, trata-se da maior carteira para o índice desde a sua criação, em 2010. O valor de mercado é estimado em R$ 2,89 trilhões. Entre as empresas que compõem a carteira estão Ambev (ABEV3), brMalls (BRML3), Cielo (CIEL3), Localiza (RENT3), WEG (WEGE3) e a própria B3 (B3SA3).

Outro destaque foi o lançamento da primeira carteira do IGPTW B3. O índice, criado pela B3 em parceria com o Great Place to Work, reúne as empresas listadas na bolsa que são certificadas como os melhores lugares para se trabalhar. 

A primeira carteira do IGPW B3 conta com ações de 47 empresas, como Alpargatas (ALPA4), Arezzo (ARZZ3), Getnet (GETT11), Lojas Renner (LREN3) e Odontoprev (ODPV3).

Já a carteira do ISE B3 é composta por 46 ações, sendo cada uma delas pertencente a uma companhia diferente, representando 27 setores da economia. Segundo estimativa da B3, o valor de mercado é de R$ 1,74 trilhão.

O ISE B3 é composto por companhias comprometidas com a sustentabilidade empresarial, de acordo com as práticas de ESG. A sigla significa “environmental, social and governance”, expressão que pode ser traduzida para o português como governança corporativa, social e ambiental.

Na carteira do ISE B3, estão presentes nomes como Americanas/B2W (AMER3), Azul (AZU4), Cemig (CMIG4), Cosan (CSAN3), Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3).

Orientações

No mercado financeiro, o acompanhamento dos índices desenvolvidos pela B3 auxilia o investidor na tomada de decisões sobre o melhor momento para investir em uma empresa ou setor.

Para os investidores que desejam fomentar iniciativas sustentáveis no ambiente corporativo, a orientação é ficar atento ao comportamento do ICO2 B3, do IGPTW B3 e do ISE B3. Por meio dessa análise, é possível mensurar o desempenho e ter maior clareza na hora de realizar o investimento.

Já para investir nas ações de empresas listadas na B3, é necessário abrir conta em uma plataforma de investimentos. O comando de compras e vendas é feita em um ambiente on-line e protegido.

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Biológicos são essenciais contra estresses climáticos do inverno

O inverno brasileiro, apesar de pouco rigoroso em geral, é sempre um momento que gera tensão nos agricultores, por ser um período que tradicionalmente apresenta poucas chuvas e tem aumentado risco de geadas. É necessária redobrada atenção à proteção da lavoura para reduzir os impactos das intempéries na produção. A melhor indicação para a estação é manter o cuidado preventivo, ou seja, preparar as lavouras para absorverem os impactos climáticos.

Parte importante destas ações prévias consiste no uso de produtos biológicos, que agem justamente no fortalecimento das plantas e no condicionamento do solo. Segundo o biólogo e gerente de portfólio da Biotrop, Éderson Santos, são diversos os bioinsumos à disposição do agricultor para mitigar os efeitos de estresses bióticos e abióticos. “A Biotrop tem, por exemplo, o Bionautus, que é um bioativador de alta tecnologia capaz de aumentar a resiliência das plantas a fatores como o estresse hídrico e as variações de temperaturas”, destaca.

Para o gerente de pesquisa e desenvolvimento da Biotrop, Sérgio Zanon, assim como o Bionautus, o produtor também pode contar com o Bioasis. À base de bacilos (Bacillus aryabhattai, B. circulus e B. rainezi), o produto é um hidrocapacitor que age de forma inovadora. “Ele cria células no entorno da raiz, absorvendo água e mantendo esta raiz hidratada. Isto promove um maior desenvolvimento radicular, faz com que a planta suporte períodos maiores de estresse hídrico, além de contribuir na absorção de nutrientes”, explicou o profissional.

Outra importante solução é o Biofree, um exclusivo inoculante promotor de crescimento composto pela combinação de Pseudomonas fluorescens e Azospirillum brasilense. O produto é capaz de aumentar a eficiência da adubação de base em até 25%, reequilibrar a biologia do solo e elevar a produtividade das culturas. É o único a combinar a fixação biológica de nitrogênio e a mobilização de fósforo.

De acordo com o gerente de portfólio da Biotrop, devido a sua formulação, o Biofree prepara a planta para superar situações adversas, fazendo ainda com que ela se desenvolva melhor. “Essa solução faz com que o sistema radicular da planta esteja mais robusto e desenvolvido, assim irá consequentemente absorver mais nutrientes, conseguindo acessar água em maior profundidade, passando com mais facilidade por essas situações de estresse”, comenta Santos.

Pós-estresse

Mesmo com as altas tecnologias em radares meteorológicos, muitas vezes a natureza surpreende com a formação de geadas intensas, pegando muitos produtores de surpresa. Quando isso ocorre é necessário ser rápido, pensar em alternativas para minimizar os impactos na produção.

O Bioativus, um fertilizante organomineral natural formulado a partir da fermentação de leveduras especiais, é uma tecnologia que pode ajudar. O produto é um complexante com alta concentração de aminoácidos livres, que promove o carregamento de nutrientes e tem ação sistêmica na planta. Essa fermentação de aminoácidos mitiga o estresse sofrido em decorrência da geada, ajudando a planta a se recuperar e se estabelecer mais rápido.

Outra possibilidade com essa ferramenta é realizar uma pré-proteção. “Se houver a previsão de geadas, ao aplicar o produto antecipadamente a planta estará mais forte e preparada para atravessar esse momento crítico, sem falar que estará também mais forte contra estresse biótico e abiótico”, acrescenta Santos.

Uma alternativa após estresse sofrido é o Stimutrop, um fertilizante mineral misto com características únicas de fisioativação que combinam o estímulo ao desenvolvimento das plantas e o crescimento de microrganismos benéficos em um processo sinérgico, capaz de elevar a produtividade das lavouras e a longevidade produtiva dos solos. “O produto contém metabólicos e vai fazer com que a planta tenha mais perfilhos, melhor desenvolvimento, e esteja mais robusta para acessar os nutrientes, tendo uma melhor resposta”, reforça o biólogo.

Sobre – A Biotrop é uma empresa brasileira, fruto da visão e empreendedorismo de um seleto grupo de profissionais apaixonados pelo agronegócio. Atua com foco em pesquisa e desenvolvimento de soluções diferenciadas e inovadoras, com o objetivo de contribuir para uma agricultura mais sustentável, saudável e regenerativa. Com escritório em Vinhedo (SP) e fábrica em Curitiba (PR), a empresa leva ao mercado o que há de melhor no mundo em soluções biológicas e naturais. Acesse www.biotrop.com.br.

Produtores de urucum de Paranacity iniciam processo para buscar a Indicação Geográfica

Foi no início da década de 1980 que o urucum foi introduzido em Paranacity, na região noroeste do Paraná, que se tornou um dos principais produtores do Paraná e que ganhou, informalmente, o nome de “Capital do Urucum”. De olho em um novo patamar para o produto, um grupo trabalha para que o município seja reconhecido junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), com a Indicação Geográfica (IG), como referência no cultivo do fruto.

A iniciativa é da Associação dos Produtores de Urucum de Paranacity (Aprucity) que – atualmente, tem 42 membros, Prefeitura de Paranacity, Sebrae Paraná, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-PR) e Sindicato Rural De Paranacity. O momento é de sensibilização dos agricultores para o fortalecimento do processo associativo.

A IG pleiteada pelos agricultores é por Indicação de Procedência (IP). Isso significa que, se reconhecido, o município será distinguido por ser origem geográfica conhecida como centro de produção, fabricação ou extração de determinado produto – o urucum.

“Queremos estimular a retomada das atividades da associação, que sofreu um hiato durante a pandemia. Em setembro, por exemplo, teremos um encontro estadual do urucum. Trata-se de um município que tem tradição na produção do fruto, um dos maiores produtores do Paraná e que tem potencial para agregar valor ao produto”, ressalta o consultor do Sebrae Paraná, Luiz Carlos da Silva.

O urucum, cujo pó das sementes é popularmente chamado de colorau ou colorífico, tem propriedades condimentares e tintoriais. É utilizado como tempero, como corante natural na indústria alimentícia, na indústria cosmética, têxtil, entre outras possibilidades. A maior parte do cultivo de Paranacity é beneficiada em São Paulo, de onde é enviada para o mercado interno e externo.

Pioneiro na produção, João Trindade Lopes plantou o primeiro pé de urucum no município em 1981. Hoje, aos 82 anos, ainda está na lida. A família tem 51 alqueires dedicados à produção do fruto, enviada para São Paulo e para alguns estados do Nordeste. Para o neto do pioneiro, Victor Salvadego Lopes, a IG ajudará a agregar valor ao produto.

“Meu avô conta que ninguém sabia como cultivar quando ele começou. Fez mudas, usou muita mão de obra e, com o passar dos anos, estabeleceu a cultura que se disseminou na região. Hoje a colheita é semimecanizada. Com a IG, esperamos atrair novos compradores”, comenta Victor Lopes.

Essa também é a expectativa do prefeito, Junior Cocco. Produtor de urucum, ele destaca que há potencial para que a produção no município aumente. “Poderemos fortalecer a tradição de Paranacity na cultura do urucum, ampliar a produção e mercados”, diz.

Características

Segundo André Luiz Moron, do Departamento Municipal de Agricultura de Paranacity, as lavouras se desenvolveram bem no município, que hoje tem cerca de 600 hectares de urucum, sendo que a maioria dos produtores é de pequeno porte. A produção anual gira entre 600 a 700 toneladas.  

“Nunca foi feito um trabalho de reconhecimento e acreditamos que através da IG teremos ganhos econômicos, além de marcar o município como referência por meio de um processo formal”, frisa Moron.

O técnico em agropecuária extensionista do IDR Paraná, Izac de Souza Ferreira, diz que vários estados são produtores, como São Paulo, Bahia, Rondônia, Mato Grosso do Sul, entre outros, e que o urucum de Paranacity se destaca pelo teor de bixina, o principal pigmento presente nas sementes, isso devido a características como tipo de solo, melhoria em técnicas de produção, clima e a predominância da variedade Piave (árvore com média de dois metros de altura).

“Em cultivares comuns, que vêm perdendo espaço, o teor de bixina é de 2% a no máximo 3%. Já na variedade Piave, o teor vai de 3% a 5,7%, o que significa maior potencial de coloração”, explica Ferreira.

O processo para a conquista da Indicação Geográfica é conduzido pela consultoria Viva Soluções. São diversos passos antes de protocolar no INPI o pedido para a distinção do produto. Em uma etapa mais avançada antes do pedido, os produtores irão desenvolver um caderno de especificações, que é uma cartilha com as técnicas de produção para que se obtenha um produto com qualidade uniforme e assegurada.

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