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Greca discute ações para implantação do primeiro trecho da Reserva Hídrica do Futuro


A Prefeitura de Curitiba deu mais um passo para implantar a primeira fase do programa Reserva Hídrica do Futuro. Nesta sexta-feira (15/9), o prefeito Rafael Greca, o vice-prefeito e secretário de Estado das Cidades, Eduardo Pimentel, estiveram em reunião técnica no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippuc) para definir as próximas etapas do programa. Participaram o secretário do Governo Municipal e presidente do Ippuc, Luiz Fernando Jamur e as secretárias municipais do Meio Ambiente, Marilza Dias, e da Comunicação Social, Cinthia Genguini.

Foram discutidas como serão as ações para a implantação do primeiro trecho da Reserva Hídrica do Futuro, que fica entre o Rio Barigui e a BR-277, abrangendo os bairros Caximba (Reserva da Vida Silvestre), Campo de Santana, Umbará e Ganchinho. Os trabalhos em andamento se concentram com a alteração de zoneamento no trecho e a negociação com os proprietários dos terrenos da região.

Já o segundo trecho do programa vai da BR-277 até o Rio Atuba, passando pelos bairros Alto Boqueirão (Zoológico), Boqueirão (Parque Náutico), Uberaba (Parque da Imigração Japonesa) e Cajuru (Parque Peladeiros e Cajuru).

O objetivo da Reserva Hídrica do Futuro é interligar as antigas cavas do Rio Iguaçu, na Região Metropolitana de Curitiba, favorecendo a formação de lagos que poderão suprir o abastecimento de água para a população em momentos de estiagem. A iniciativa é uma parceria da Prefeitura de Curitiba e Governo do Estado do Paraná, através da Sanepar, Instituto Água e Terra (IAT) e Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec).

“Para o bem de Curitiba, considerando as terríveis secas que nos afligiram de 2019 a 2021, sonhamos em fazer a Reserva Hídrica do Futuro. Precisamos cuidar do nosso meio ambiente. Se não protegermos os mananciais e não evitarmos a desertificação, não haverá água no futuro”, afirmou o prefeito Rafael Greca.

Trabalho em conjunto

A integração do trabalho entre a Prefeitura de Curitiba e o Governo do Paraná foi destacada pelo vice-prefeito e secretário de Estado das Cidades, Eduardo Pimentel. “Estamos planejando o futuro do abastecimento de água de Curitiba e da região metropolitana. Esse trabalho em conjunto vai dar tranquilidade para a população da Grande Curitiba enfrentar as mudanças climáticas e possíveis problemas futuros de escassez hídrica e rodízio de abastecimento de água”, explicou Eduardo Pimentel.

Na última viagem que fez para Washington (EUA), o prefeito Rafael Greca também tratou do tema Reserva Hídrica do Futuro com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn. Greca defendeu a criação de um fundo de aval de suporte às cidades e apresentou projetos mais amplos de Curitiba para a adaptação climática.

“O tratado de Paris impõe soluções às cidades. São necessários mecanismos para acelerar recursos para as cidades com a estruturação de um fundo de aval solidário para projetos que não dependam da garantia soberana”, defendeu Greca.

Pioneirismo curitibano

A área total da Reserva Hídrica do Futuro é de 200 km², com 50 km² de área de águas e lagos, entre Balsa Nova e Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Poderá reservar até 43 bilhões de litros de água para serem utilizados no abastecimento regional em situações emergenciais de estiagem.

Em toda a área será formado um corredor ecológico, com preservação da fauna e da flora e a implementação de elementos urbanísticos e áreas de lazer e turismo.

Em 2021, o prefeito Rafael Greca assinou o Decreto Municipal nº 1.478/2021 que instituiu um grupo de trabalho da Reserva Hídrica do Futuro em Curitiba, coordenado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

De acordo com a secretária Marilza, com toda a implantação, será a maior área de manancial da região. “Estamos falando de uma extensão quatro vezes maior do que o Passaúna, de Pinhais até Fazenda Rio Grande”, disse.

“Vamos formar um grande parque com lagos para reservação e futura captação, orla, equipamentos de lazer e uma faixa lateral com condição de ocupação urbana ordenada, com estrutura de captação de esgoto”, completou a secretária municipal do Meio Ambiente.



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