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Gravidez após os 40 é sempre de risco?

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Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2020 mostram que houve um aumento no número de mulheres que deram à luz após os 40 anos de idade no Brasil. De acordo com a pesquisa, a alta de partos foi de 57% para gestantes entre os 40 e 44 anos, de 27,2% dos 45 aos 49 e de 55% para aquelas com mais de 50 anos.

Embora esse cenário esteja sendo cada vez mais comum no Brasil, especialistas da área da ginecologia e obstetrícia alertam que uma gestação tardia pode oferecer algumas atribulações para o desenvolvimento do embrião. Segundo o guia “Gestação de alto risco” desenvolvido pelo Ministério da Saúde, uma das causas que podem fazer com que uma mulher tenha uma gravidez de risco é a idade maior que os 35 anos. 

Por esse motivo, um acompanhamento médico especializado torna-se indispensável para direcionar a mãe aos cuidados necessários para minimizar as chances de problemas para o bebê.

O que torna a gravidez aos 40 anos de risco 

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, um dos motivos que fazem com que mulheres com mais de 40 anos estejam na classificação de risco é a diminuição dos óvulos, o que por sua vez pode aumentar a chance de abortos espontâneos ou problemas no nascimento. 

Além disso, a fundação também pontua que conforme a mulher vai envelhecendo, crescem as chances para condições como obesidade, pressão alta, tireoide e diabete, por exemplo, todas potenciais complicadoras de gestação. 

Quais são os riscos de uma gravidez tardia

As enfermidades que acometem as mulheres a partir dos 40 anos de idade podem causar impactos à saúde da mãe e ao desenvolvimento do bebê. 

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, há chances de ocorrer um parto prematuro, anomalias placentárias, Síndrome de Down, crescimento intra-uterino restrito, gestações múltiplas, aborto espontâneo e natimortalidade. 

Já em relação à saúde da mãe, é possível haver diabete gestacional, hipertensão e ainda complicações no trabalho de parto devido à falta de contrações e dilatações. 

Cuidados evitam complicações

As recomendações do Ministério da Saúde, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e da Fundação Oswaldo Cruz acerca das gestações após os 40 anos são as mesmas e trazem o alerta da importância do acompanhamento médico durante todo o processo. 

O planejamento da gravidez é essencial, pois, segundo as entidades, antes mesmo de iniciar as tentativas, deve-se buscar por orientações profissionais para verificar a existência de possíveis fatores de risco. A partir da análise, é possível ter uma noção da necessidade de medicamentos e da realização de testes durante toda a gestação. 

O pré-natal é indispensável para as mães aos 40 anos ou mais. Conforme salienta o guia elaborado pelo Ministério da Saúde, o acompanhamento regular ajuda a prevenir e diminuir os riscos para as gestantes e para os bebês. Durante o processo, a mulher recebe atualizações sobre o andamento da gestação e as atitudes que deve tomar para obter mais qualidade de vida para si própria e para o feto.  Segundo a Febrasgo, manter uma rotina saudável, livre de doenças sexualmente transmissíveis, sem oscilação de peso e uso abusivo de álcool é essencial para minimizar a presença de mais riscos durante a gestação.