Geada começa a afetar lavouras da RMC e aumento de preços na feira é imediato

A região de Curitiba registrou as temperaturas mais baixas do ano nesta terça-feira (29) e quarta-feira (30), com sensação térmica chegando a -3ºC, e a queda nos termômetros neste início de inverno já começa a afetar as plantações. Por consequência da geada que se formou, alguns produtos passam a ficar mais escassos no mercado e os preços mais elevados ao consumidor.

O repasse costuma ser imediato, porque os produtores não fazem muitos estoques, afirmou o técnico e orientador de mercado da Ceasa/PR, Evandro Pilati, em entrevista para a Banda B. Alguns produtos já tiveram oscilação de preço para cima.

“Abobrinha, que é mais frágil, teve aumento um pouco maior. Vinha subindo no começo da semana, de ontem [terça] pra hoje [quarta] teve uma alta de 20%, com tendência de subir mais amanhã [quinta] e até o fim de semana”, diz.

Segundo Pilati, a alface sofreu alta de preço por conta das chuvas dos últimos dias e são previstos ainda aumentos nos preços do pepino e do chuchu.

É só o começo

Pilati chama a atenção do consumidor, ao alertar que este é somente o começo do inverno. A previsão é que continue a ter elevação de preços dos legumes, não somente por conta das temperaturas baixas, revela.

“Temos uma previsão de período um pouco mais seco. Isso contribui bastante e repercute no mercado. Esses legumes, de modo geral, temos produção de quase nada no sul e passamos a depender de fora.”

Outra justificativa, diz ele, é o momento de pandemia que vivemos. “Os produtores nossos estão reduzindo um pouco o plantio, até que se defina essa situação. Não adianta o produtor plantar bastante, se não sabe se o mercado vai absorver ou não. Por isso, a produção está, de certa forma, reduzida”, explica.

A receita para não gastar mais com os alimentos nesta época é estar atento aos preços elevados e procurar alternativas. Há produtos com valores mais acessíveis e são opções para substituir à mesa, sugere Pilati. Segundo o técnico, estão com preço bom: batata, cebola, cenoura, beterraba, batata-salsa e batata-doce.

“Estes não têm tendência de alta. São produtos de época e que a oferta e a qualidade são muito boas”, diz. Há grandes ofertas de repolho, couve-flor e agrião também. “Opções não faltam.”

Pior época

Independentemente de quanto cai a temperatura, o inverno é tipicamente a pior época de produção, pois afeta diretamente na cultura dos legumes.

“Enquanto não tem ocorrência de geada, o pessoal vai produzindo. Esses produtos quase que zeram na região. Aqui dependemos de São Paulo, Espírito Santo e um pouco do nosso litoral, mas ele não é autossuficiente para abastecer toda a região”, afirma o técnico.

O tomate, por sua vez, tem produção o ano todo e em todos os lugares. Mas mesmo ele dá um pouco de trabalho, conta Pilati.

“Com o frio da nossa região, ele demora mais para amadurecer e as pessoas querem tomate maduro, mais colorido. Com esses dias de temperatura muito baixa, ele demora para pegar cor e acaba subindo o preço no mercado.”

Informações Banda B

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Após incêndio criminoso, Prefeitura de Campo Magro cancela festividades de Natal

A Prefeitura de Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), decidiu cancelar as festividades de Natal na cidade. A decisão foi tomada após o incêndio criminoso que atingiu o pátio da Secretaria de Obras na madrugada da última quinta-feira (2) e que provocou, segundo o Executivo, um prejuízo de R$ 7 milhões.

O comunicado da Prefeitura lamentou o ocorrido:

“É com muita tristeza que comunicamos que o evento de Natal foi cancelado, devido ao incêndio criminoso ocorrido na madrugada do dia 02/12 na Secretaria de Obras da Prefeitura”, publicou o Executivo nas redes sociais.

No incêndio, 13 veículos foram atingidos, além de outras máquinas da Prefeitura. A Polícia Civil segue investigando o caso. Um vigia chegou a ser rendido e foi utilizado um coquetel molotov para causar a combustão. A ação dos criminosos seria uma retaliação a uma operação policial que aconteceu no município. Os autores do incêndio também picharam a parede da prefeitura com a frase: “a Rona executa e o estado finge que não vê”.

Em três meses, 40 mil multas de radar são aplicadas em cidade da RMC e moradores protestam

Moradores de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, voltaram a reclamar nesta quinta-feira (25) dos radares instalados na cidade e o excesso de multas já registradas. Em um período de 90 dias, quase 40 mil multas de trânsito foram aplicadas, segundo o secretário de Urbanismo da cidade, coronel Lanes Prates.

Osmar Correia, morador de Fazenda Rio Grande há mais de 20 anos, reportou à Banda B sua indignação com o elevado número de multas recebidas por ele e outros moradores.

“Sempre dirigi por várias cidades e dentro da Região Metropolitana de Curitiba e nunca tive uma decepção tão grande com relação a multas de trânsito. Em 40 dias, eu recebi 6 multas em Fazenda Rio Grande”, iniciou ele.

Correia afirmou que as multas são aplicadas de forma irregular e que, assim como ele, outros milhares de cidadãos têm reivindicado mudanças no sistema de radares e entrado com recursos contra a prefeitura.

“A situação dos radares aqui na cidade está um caos. Precisamos que elas sejam canceladas”, protestou.

Já o policial militar Francisco Monteiro, que diz apenas trabalhar no município, explicou que já recebeu três multas em seu trajeto até o trabalho.

“Infelizmente sou um dos contemplados pela indignação em relação às multas e radares. Depois que recebi essas três multas, eu recorri. Apesar disso, eu tenho a plena consciência de que não passei nos radares da forma como mostram as multas”, disse, indignado.

O servidor da segurança pública também destacou que tem conhecimento sobre os perigos do trânsito e afirmou que é preciso haver melhores condições de sinalização na cidade, bem como conscientização.

“Eu tenho consciência de que não posso fazer do meu veículo um instrumento de morte, mas é preciso que haja um trabalho efetivo de conscientização e sinalização em Fazenda Rio Grande”, concluiu.

O que diz a prefeitura

Procurado pela Banda B, o secretário de Urbanismo de Fazenda Rio Grande, coronel Lanes Prates, respondeu ao questionamento sobre quais medidas a administração do município está tomando no que se refere às reclamações dos moradores.

“A prefeitura notificou a empresa de radares e decidiu não renovar o contrato com ela. Então, não haverá continuidade do serviço, apesar de os equipamentos continuarem em operação mesmo assim”, afirmou.

O contrato com a empresa responsável pelos radares no município chegou ao fim, após um ano. Os equipamentos deixaram de funcionar a meia-noite desta quinta-feira (25).

Sobre o elevado número de infrações registradas no período de 90 dias – mais de 30 mil –, o secretário demonstrou preocupação com o cenário, porém deu um diagnóstico.

“Vemos isso com muita preocupação porque os equipamentos mostram que os cidadãos de Fazenda Rio Grande estão dirigindo de forma errada, com excesso de velocidade. Neste período, já identificamos uma baixa sensível no número de acidentes e principalmente de mortes”, contou.

No entanto, Prates revelou que foram aplicados 39 mil autos de infração em três meses, e pouco mais de 2 mil recursos.

“A grande maioria, ao nosso ver, identificou que realmente praticou infração. Mas aquele cidadão que se sentiu prejudicado com as multas deve entrar com recurso para que analisemos individualmente o caso”, continuou.

O coronel também garantiu que a prefeitura irá analisar as reclamações sobre a possível falta de sinalização na cidade, porém frisou que “os radares têm alta precisão”.

Protesto

Há quase um mês, no dia 27 de outubro, moradores de Fazenda Rio Grande protestaram contra o excesso de multas aplicadas por radares na cidade. A manifestação foi encerrada em frente à casa do prefeito do município, Dr. Nassib (PSL).

“Todos os radares estão irregulares. Não tem como fazer esse tanto de multa em um mês”, disse o administrador de empresas Everson Pereira, durante o protesto.

Foto: Eliandro Santana/ Banda B

Conforme noticiado pela Banda B, Nassib determinou a realização de uma auditoria no sistema de fiscalização eletrônica da cidade.

Segundo nota enviada à Banda B à época, uma perícia técnica nos equipamentos seria feita para avaliar sua funcionalidade, verificar os critérios para definição dos locais de instalação de radares e recebimento dos recursos apresentados pela população contra notificações de infração.

Informações Banda B

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