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Futuros moradores do primeiro edifício carbono zero do país visitam Reserva Natural onde emissões serão compensadas

Investidores e futuros moradores do Árten, primeiro edifício residencial carbono zero do Brasil, conheceram a reserva onde serão compensadas 100% das emissões de CO2 da fase de construção do empreendimento. O objetivo da ação foi apresentar a área de cinco hectares “adotada” pelas incorporadoras ALTMA e HIEX, e explicar a metodologia da SPVS (Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental) para mitigação de emissões de gases do efeito estufa por meio da manutenção do estoque de carbono presentes na vegetação nativa. A ONG, parceira do projeto, recebe recursos financeiros de empresas de diferentes setores para aplicar em ações de manejo em prol da proteção e recuperação da floresta, ampliando os estoques de carbono presentes no território da Grande Reserva de Mata Atlântica.

Os visitantes fizeram o trajeto de Curitiba ao Litoral do Paraná pela Estrada da Graciosa, para observação do último grande remanescente contínuo do bioma. Depois, seguiram para a imersão na Reserva Natural Guaricica, em Antonina, onde participaram da “Experiência Guaricica”. O grupo assistiu a uma apresentação sobre o tema e fez a trilha pela área sob os cuidados da ONG, em que são mostrados os diferentes estágios da floresta em recuperação. Em parte da trilha, eles viram as áreas antes degradadas, que já serviram para a criação de búfalos, e, de forma gradativa, estão recuperando as características originais, com a reinserção de espécies nativas e um trabalho inteligente de manejo. 

Avançando para a floresta conservada, o grupo viu a diferença entre as áreas em processo de regeneração e as de floresta preservada, com árvores maduras, abundância de espécies epífitas (que vivem nas árvores) – como bromélias, orquídeas e cipós – e maior biodiversidade. “Nas áreas degradadas, fazemos o plantio de espécies pioneiras, que são heliófilas, ou seja, gostam de bastante sol, e têm crescimento rápido. Essas árvores começam a fazer o sombreamento necessário para enfraquecer as gramíneas da antiga pastagem, o que permite o espalhamento de sementes e progresso das espécies nativas”, explicou aos visitantes o diretor executivo da SPVS, Clóvis Borges.

Para a aposentada Mônica Machado Lima, que comprou o apartamento no Árten para investir, a experiência reforçou a importância da sustentabilidade na escolha do imóvel. “Eu aprendi, na trilha, que não adianta apenas plantar mais árvores e que é preciso, mais do que tudo, preservar as florestas que ainda existem. A gente precisa se preocupar com o meio ambiente e o futuro não só da nossa família, mas da humanidade”, conclui. Segundo o futuro morador João Ramon, que também comprou um apartamento do Árten na planta, o passeio esclareceu como é feita a contrapartida ambiental do impacto da construção de um novo edifício. “Convidar o futuro morador ou investidor para conhecer e entender como isso é feito foi super bacana. A gente ouve falar de compensação de carbono e de sequestro de carbono, mas só agora entendi como isso acontece de verdade e qual o impacto positivo que algo assim tem na natureza”, avalia. Ao término do passeio, os visitantes fizeram o plantio de árvores nativas.

De acordo com a responsável pelo projeto Carbono Zero do Árten, Júlia Berticelli Basso, da RAC Engenharia, o objetivo da visita foi tornar a iniciativa tangível para os clientes. “Queremos que haja o envolvimento das pessoas para que o conceito de neutralização das emissões seja entendido e vivenciado na prática. A ideia é que os futuros moradores entendam a importância da escolha deles e saiam mais sensibilizados sobre o impacto das nossas ações e o reflexo delas para a sociedade”, explica. 

O Árten é o primeiro empreendimento multiresidencial a zerar as emissões de gases do efeito estufa relacionadas à fase de construção. Ao todo, 2.640 toneladas de CO2 equivalente serão compensadas. O volume foi calculado na Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) do projeto, estudo feito por consultoria internacional especializada, e corresponde às emissões produzidas desde a extração da matéria prima para a obra, passando pelo transporte dos materiais, até os últimos acabamentos instalados e vida útil do edifício.

De acordo com o diretor de desenvolvimento imobiliário da ALTMA Incorporadora, engenheiro civil Gabriel Falavina, a opção pela ação voluntária de compensação considerou a qualidade da metodologia da SPVS e o propósito de promover uma ação ambiental genuína e efetiva. “Nossa intenção é oferecer, em todos os nossos projetos, soluções que representem sustentabilidade real. Temos consciência do alto impacto ambiental da construção civil e queremos compensar os danos do setor com o olhar para o futuro do planeta, de forma responsável e autêntica. A experiência do Árten carbono zero pode servir de modelo e inspiração e traduz uma postura que deve ser a de todos, com a urgência da transição para a economia de baixo carbono”, defende.

Segundo Clóvis Borges, diretor executivo da SPVS, “a parceria é bastante inovadora, pois a compensação é feita em florestas em pé, mostrando também a importância do desmatamento evitado em áreas de Mata Atlântica”. Para Borges, “a partir desta iniciativa, a incorporadora reforça seus valores e comprova a real preocupação com o impacto de seus empreendimentos. Este é um importante modelo de negócio capaz de sensibilizar seus clientes para uma nova postura ambiental”, comenta.

Sobre a SPVS

Há quase 40 anos, a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) realiza ações voltadas à proteção do patrimônio natural no sul do país. É considerada uma das mais representativas organizações especializadas no tema da conservação da biodiversidade, com foco no bioma Mata Atlântica. Além da proteção de áreas, restauração e compensação de emissão de gases de efeito estufa, a SPVS também trabalha com ações de educação ambiental, desenvolvimento de políticas públicas, comunicação, proteção de fauna e desenvolvimento de parcerias para proteção e recuperação da Mata Atlântica.

A SPVS mantém as Reservas Naturais das Águas, Guaricica e Papagaio-de-cara-roxa, que juntas somam mais de 19 mil hectares de áreas protegidas dentro da Grande Reserva Mata Atlântica (maior remanescente contínuo do bioma, uma iniciativa que também é liderada pela instituição). A metodologia da organização é uma ferramenta técnica e robusta que oferece estratégias de compensação de emissões alinhadas à manutenção da biodiversidade presente nas Florestas Nativas antigas, evitando a perda de estoques de carbono presente nesses ambientes, além da geração de uma série de outros serviços ecossistêmicos. Além disso, atende aos procedimentos do GHG Protocol para inventário de emissões e um amplo estudo feito em conjunto com Embrapa Florestas e The Nature Conservancy, para cálculo de estoque de carbono presentes no bioma Mata Atlântica.

Sobre o Árten

Em construção na Rua Dias da Rocha Filho, 239, na região do Juvevê, o Árten é um empreendimento residencial de alto padrão, que tem como marca a união de Arte, Design, Sustentabilidade e Tecnologia. Parceria das incorporadoras ALTMA e HIEX, o projeto usa a inteligência construtiva para garantir conforto térmico e acústico com máxima eficiência e redução de impacto ambiental da obra e do uso. 

O edifício terá painéis fotovoltaicos para captação de energia solar, sistema de reuso de água e Ecoclick, para o desligamento remoto de luzes e aparelhos eletrônicos. A economia gerada com as tecnologias empregadas no projeto será calculada e exibida em painéis de controle de consumo ou dashboards, instalados nos elevadores. O empreendimento terá, ainda, central de compartilhamento de bicicletas (bike sharing), equipada com bicicletas elétricas, além de infraestrutura para carregamento de veículos elétricos em todas as vagas de garagem do edifício. As obras do empreendimento estão nas etapas finais de estrutura (últimos pavimentos e rooftop) e execução da alvenaria. A entrega do empreendimento está prevista para novembro de 2023.