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FAS promove oficina para apresentar ações de apoio à população em situação de rua


Oficinas de literatura, artes, culinária, horta e jardinagem, cursos para o mundo do trabalho e atividades esportivas desenvolvidas nas unidades da Fundação de Ação Social (FAS) foram algumas das experiências apresentadas na 1ª Oficina de Boas Práticas Voltadas para a População em Situação de Rua, nesta sexta-feira (11/8).

O evento foi promovido pela FAS, no Salão de Atos do Parque Barigui, para marcar o Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua, celebrado em 19 de agosto.

Aproximadamente 200 servidores e pessoas em situação de rua acompanhadas e acolhidas pelo município assistiram às apresentações das atividades oferecidas em casas de passagem, unidades de acolhimento institucional, Centros de Referência Especializados para a População em Situação de Rua (Centros Pop) e repúblicas das regionais Bairro Novo, Boqueirão, Cajuru e Matriz. São essas regionais que concentram o maior número de unidades para atendimento à população em situação de rua na capital.

Respeito e empatia

Para a presidente da FAS, Maria Alice Erthal, a oficina representou um passo importante para o compartilhamento de conhecimentos e promoção de ações que garantam que a população em situação de rua seja tratada com respeito e empatia.

“As pessoas em situação de rua enfrentam os mais complexos desafios. Nossa responsabilidade, enquanto agentes de transformação social, não é apenas reconhecer essas dificuldades, mas também trabalhar para criar situações que respeitem a dignidade e direitos de cada indivíduo”, disse.

A diretoria de Atenção à População em Situação de Rua da FAS, Grace Puchetty Ferreira, agradeceu às equipes e parceiros. “Todas as ações apresentadas aqui mostram o real sentido de acolher, que não é um ato solitário. A participação de outras políticas públicas, sejam elas municipais, estaduais ou federais, organizações da sociedade civil e o sistema de garantia de direitos potencializam essas ações.”

Respaldo para a vida

Acolhido na Casa de Passagem Piquiri, na Regional Matriz, Wilson Alves da Silva, 46 anos, acompanhou a oficina e contou que participa de todas as atividades oferecidas pela fundação. “A FAS é tudo na minha vida, me deu impulso para muitas conquistas, como terminar os estudos e fazer cursos de informática e de porteiro, que me ajudaram a ter um emprego”, disse.

Wilson é atendido pela FAS há aproximadamente 12 anos. Ex-dependente químico, ele participa há dez anos do Narcóticos Anônimos (NA) e nunca chegou a dormir na rua, graças ao apoio que recebe da fundação.

Ele explica que foi com o apoio da FAS que também conseguiu receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que lhe garante um salário mínimo mensal, pago pelo governo federal a pessoas com deficiência e idosos.

“Eu tenho uma renda, mas prefiro continuar no acolhimento porque não consigo ficar sozinho. Ter mais pessoas por perto me ajuda a não ter uma recaída”, disse.  

Presenças

O evento contou com a presença do vereador Márcio Barros e do professor de pós-graduação em Direitos Humanos e Políticas Públicas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Rodrigo Alvarenga, que integra o Observatório da População em Situação de Rua e é responsável, no Paraná, pelo Colaboratório Nacional da População em Situação de Rua, da Fiocruz.

A oficina teve ainda uma apresentação musical do Quarteto da Camerata da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), sob a regência do maestro Enaldo Oliveira.



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