Empresas de tecnologia investem no recrutamento de novos talentos para abastecer mercado carente de profissionais

O cenário é histórico e só vem se agravando: ao mesmo tempo que o Brasil está entre os dez mais importantes mercados de tecnologia do mundo, também enfrenta o maior déficit de profissionais de TI. Enquanto serão necessários 797 mil especialistas nessa área até 2025, a expectativa é que as universidades formem apenas 265 mil. Os dados da Brasscom mostram que as contas não fecham, já que faltam mais de 106 mil profissionais anualmente. Nesse contexto, cresce a demanda pelo papel do tech recruiter, profissional especializado em recrutar candidatos do setor de tecnologia com base, principalmente, em habilidades técnicas.

E a lacuna é tão grande que os grupos que até então tinham como foco oferecer soluções tecnológicas agora passam a mirar também na lapidação de profissionais e times inteiros para suprirem vazios do mercado. São novas estratégias traçadas para a seleção de colaboradores. É o que acontece no Grupo LUME, empresa de tecnologia de Curitiba (PR), que lança mão do recrutamento de talentos para agregar em projetos específicos e equipes de outras corporações. “A dificuldade de empresas brasileiras em recrutar profissionais de tecnologia de alto nível só aumenta. Por isso, montamos uma operação dedicada para ir além de recrutar e levar profissionais qualificados ao mercado, oferecendo também inteligência e expertise na escolha do melhor perfil para ocupar cadeiras de tecnologia e fazer parte de squads multidisciplinares e especializados”, explica a fundadora e CEO do grupo, Márcia Munaro.

A iniciativa da LUME vem para suprir a demanda por meio de processos seletivos certeiros e rápidos, que muitas vezes tomavam tempo precioso dos times de RH e gestores internos das empresas. De acordo com um levantamento da Robert Half, 63% dos diretores de TI têm dificuldade em encontrar profissionais de alto nível e 49% estão muito preocupados com a capacidade da empresa em reter profissionais de TI. Os números são reflexos do leque de oportunidades disponíveis para esses especialistas, que têm a possibilidade de trabalho remoto e salários em dólar. Para vencer a disputa, quanto mais atualizado com as práticas e ofertas do mercado o recrutador estiver, mais vai dispor de vagas competitivas para os talentos da área.

Especialistas em segurança da informação, arquiteto de soluções, desenvolvedor e gerente de TI são algumas das ocupações mais demandadas. Mas esses profissionais apenas farão a inscrição em uma vaga de emprego após analisarem o salário, os benefícios e, inclusive, a possibilidade de adquirir novos conhecimentos. “Buscamos no mercado profissionais que possam apoiar outras empresas, dar celeridade em projetos e tangibilizar soluções sistêmicas. Hoje, com um ano e meio de atuação, a LUME Talentos já representa 15% da receita do grupo”, complementa Márcia.

Tecnologia no DNA

Com mais de 5 mil empresas no portfólio que já foram impulsionadas a inovar por meio da tecnologia, o Grupo LUME oferece soluções de infraestrutura de TI, conectividade, segurança da informação, desenvolvimento de softwares, consultoria e sustentação SAP. Também, aloca profissionais de TI na composição de squads especializados, unidade que já representam mais de 18% do quadro de talentos do grupo. Com planos arrojados, a empresa tem o objetivo de fechar o ano com aumento de 30% no faturamento em relação a 2021. A porcentagem segue os bons resultados alcançados durante a pandemia, quando a empresa registrou crescimento de 77% no rendimento ao comparar 2019 e 2021. 

Inovar, solucionar problemas e despertar talentos. Desde 1986, esse movimento pela tecnologia faz parte do DNA da empresa. “O que entregamos é o poder do conhecimento e novas oportunidades de parcerias, para tomar decisões assertivas e multiplicar as perspectivas de crescimento”, avalia a CEO. A especialista acredita que a TI deixou de ser vista apenas como uma área operacional e, agora, assumiu um papel mais importante dentro das organizações, tornando-se um fator de redução de custos e de crescimento de lucros.

Liderança feminina

Nenhum obstáculo foi capaz de parar ­Márcia Munaro, fundadora e CEO do Grupo LUME. Foi datilografando em Videira, interior de Santa Catarina, que ela começou a se apaixonar pelo mundo da tecnologia. Na época, tinha 14 anos e trabalhava como menor aprendiz para a empresa Perdigão. Conforme os anos passavam, as experiências profissionais traziam a confirmação de que estava no caminho certo. Não demorou para Márcia fundar sua própria empresa para levar soluções de TI ao mercado. “Iniciei minha atividade profissional longe de pensar que um dia estaria numa cadeira mais estratégica, como empresária”, declara.

Administradora e gestora hands-on, Márcia faz parte dos 11% de mulheres que ocupam cargos de liderança em tecnologia no mundo. A pesquisa CIO Survey 2020, feita pela KPMG e Harvey Nash, aponta que o percentual é um pouco melhor na América Latina, onde 16% das lideranças de TI estão nas mãos de mulheres. Elas ainda são minoria na tecnologia, ganham 20,5% menos do que homens e convivem com preconceitos distorcidos quando direcionam a carreira para áreas conhecidas por serem “mais masculinas”. 

Muitos estudos mostram a força da presença feminina nas empresas. Uma pesquisa da consultoria McKinsey aponta que companhias com mulheres no time executivo têm 50% mais probabilidade de alcançar melhor desempenho financeiro. Em países latinos, por exemplo, atingir a equidade de gênero poderia gerar um impacto de 1,1 trilhão de dólares no PIB até 2025. Mas há um longo caminho a percorrer até que as oportunidades sejam, de fato, iguais.

“Fazer a diferença como mulher, líder e TI são os primeiros passos para um mundo melhor. E acreditar no próprio potencial é um importante ingrediente para o sucesso.” Para Márcia Munaro, a capacidade profissional não está no gênero, mas na possibilidade de cada pessoa em se capacitar, se desenvolver e se aprimorar. “Mas, mais do que criar soluções e fazer acontecer, é importante compartilhar o conhecimento para preparar novos e futuros profissionais de TI. Afinal, tecnologia é um pilar indispensável para qualquer negócio”, conclui.

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Pequenos negócios geraram 81% das vagas de trabalho em 2022, no Paraná

As micro e pequenas empresas paranaenses (MPE) foram destaques em 2022, sendo responsáveis por 81,9% das vagas criadas no período, no Estado. No Brasil não foi diferente, a cada dez postos de trabalhos gerados, aproximadamente oito foram criados pelos pequenos negócios, segundo levantamento do Sebrae, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). 

Com o resultado positivo, foram 118.149 novas vagas no Paraná entre janeiro e dezembro de 2022. Destas, 96.795 foram das MPE. Além disso, o acumulado do ano em todo o País ultrapassou 2 milhões de novos postos, das quais quase 1,6 milhão teve lugar nos pequenos negócios. 

Em números absolutos, o Paraná foi o quarto estado com mais empregos gerados por MPE, atrás de São Paulo (432.476), Minas Gerais (159.927) e Rio de Janeiro (128.061). 

“Novamente o nosso estado está entre os principais fomentadores do empreendedorismo do país e o crescimento está distribuído por todos os setores. Como nos últimos anos, o desempenho e dinamismo das MPE são decisivos para esses números positivos. Isso aliado com políticas de incentivo e desenvolvimento de parcerias mostra que estamos no caminho certo durante essa retomada”, comenta o diretor de Operações do Sebrae/PR, César Reinaldo Rissete.

Na soma dos 12 meses do ano passado, o setor paranaense com maior destaque foi o de Serviços, responsável por 52.545 empregos. Na sequência, entre as áreas com maior número de postos estão o Comércio (20.586), Indústria e Transformação (11.679) e Construção (9.960). 

Em 2021, foram abertas 172.636, sendo que as MPE foram responsáveis por 143.733. Ao comparar os últimos anos, houve queda no número total de vagas abertas, porém a participação dos pequenos negócios se manteve, sendo 83,2% em 2021 e 81,9% no ano passado.

Setores pelo Brasil 

Mesmo quando comparado com 2021 – quando as MPE tiveram um desempenho que superou os 2,17 milhões de empregos gerados, equivalente a 77% do total de vagas do período –, verifica-se que a participação dos pequenos negócios no saldo total aumentou no ano passado, chegando a 78,4%.

No Brasil, em 2022, os setores dos pequenos negócios que mais contrataram foram: Serviços (828.463), Comércio (332.626) e Construção Civil (229.755). 

A pesquisa também faz um recorte de dezembro de 2022 que, similar aos anos anteriores, apresenta mais desligamentos do que admissões, resultando em saldos negativos em todos os portes. No último mês do ano passado, o Brasil encerrou com pouco mais de 431 mil postos de trabalho – desse volume, as MPE foram responsáveis por 205 mil (47,5%). Como todos os portes apresentaram saldos negativos de contratação, o mesmo pôde ser observado na estratificação por setor de atividade. O único setor que gerou emprego foi o setor do Comércio das MPE. No Paraná, o desempenho foi similar em dezembro e todos os setores representaram queda, com saldo negativo de 35.901 postos.

Startup paranaense ajuda a democratizar o gerenciamento de acessos com solução inovadora

Quem já precisou alugar uma casa ou apartamento sabe como o processo, às vezes, é demorado. E na hora de visitar imóvel, o tempo perdido com deslocamento entre ir à imobiliária, buscar a chave, ir até o imóvel e retornar para devolver a chave, torna esse processo mais complicado ainda.

Por isso, muitas imobiliárias estão buscando soluções mais inteligentes por meio da tecnologia. E foi de olho nesse mercado que a Chavi, startup de Curitiba e 100% brasileira, desenvolveu uma solução de fechaduras inteligentes para acabar com esse problema de perda de tempo e acelerar o processo de locação de imóveis.

“Apesar de já existir algumas soluções de fechadura inteligente no mercado, a grande maioria mexe na estrutura da porta. Nossa solução é totalmente isenta de mexer em qualquer parte da porta, sempre acoplável à fechadura e não deixando nem mesmo marca de cola”, diz Gustavo de Paula, CEO da Chavi.

Como a volatilidade de transações é muito grande, ou seja, a locação de imóveis é muito rápida, ter um aparelho que fica “preso” à porta é muito custoso. Com a solução da Chavi, ao ser alugado o imóvel, a fechadura inteligente é removida facilmente e pode ser usada em outro imóvel, não deixando qualquer marca na estrutura da porta. Basta apenas colocar no lado de dentro da porta, acoplando o produto à fechadura e configurar as permissões de acesso. 

Gustavo de Paula, CEO da Chavi

Outra grande vantagem: tudo é feito via aplicativo de smartphone. Ao realizar a reserva de um imóvel para visita, o cliente recebe em seu celular um link para baixar o aplicativo que contém a chave virtual para acesso da propriedade e, ao chegar à visita, basta abrir a porta pelo aplicativo, que funciona via Bluetooth, permitindo o acesso mesmo se o cliente estiver sem internet.

Ao acabar o período da visita, o acesso fica bloqueado. Para garantir a segurança, o  APP Chavi utiliza criptografia SSL em todas suas requisições com servidores, com sistema de geração de Token de autenticação que se altera a cada 15 minutos, único para cada equipamento na autorização da abertura ou fechamento de portas.

Para quem usa imóveis via Airbnb, a solução da  Chavi é ideal, já que uma das grandes “ansiedades” de quem loca via plataforma é justamente combinar a entrega de chaves, que pode ser baixada no celular e acessada apenas com Bluetooth, automatizando todo o processo. O locatário controla quem e quantas pessoas irão acessar e até quando é válido esse acesso. O valor do aluguel da fechadura sai por apenas R$ 49 mensais. 

Um mercado em franca expansão

Com mais de mil fechaduras já instaladas e presente comercialmente em quatro capitais do Brasil, a Chavi tem ampliado suas soluções para outras áreas além do mercado imobiliário, como residências fixas, abertura de garagens e prédios corporativos, condomínios, hotéis e pousadas, coworking, e até mesmo construtoras/incorporadoras, com a fechadura inteligente sendo usada para acessos a áreas comuns, por exemplo.

Além da fechadura inteligente, dispositivo capaz de girar a chave de uma fechadura de porta, acionável por smartphone, a empresa já tem outros produtos como a Entrada Inteligente, que permite a abertura de portas elétricas, como a de eletroimã ou solenóide, e a Conexão Inteligente, que integra a rede wi-fi do ambiente aos Devices Chavi via Bluetooth, permitindo assim maior versatilidade de uso e controle remoto por meio do administrador, ou seja, a porta pode ser aberta de qualquer lugar.

Para condomínios, a empresa desenvolveu o Visita Inteligente, que permite ao dono ou locatário autorizar via aplicativo o visitante acessar o condomínio com o celular e aplicativo.

Já o Garagem Inteligente é acoplado ao motor da garagem para abertura de portões, e isso faz com que o acesso à garagem também seja feito de maneira integrada, dando mais segurança a moradores e administradores e bloqueando antigos usuários.

“Nosso objetivo é democratizar o uso de tecnologia, pois oferecemos uma solução mais acessível em relação aos concorrentes, temos o mindset de oferecer um produto de ponta e sem complicações, com segurança e autonomia de gerenciamento”, reforça Gustavo de Paula.

Está sediada na aceleradora de startups Hotmilk, o 3º maior coworking tecnológico da América Latina, que conta com as fechaduras inteligentes da Chavi em seus espaços coletivos (salas de reuniões e auditórios) e o Agendamento Inteligente para controle e gerenciamento desses acessos.

Saiba mais em: https://chavi.com.br/ 

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