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Deputada Márcia Huçulak (PSD) fala sobre o que fazer para promover o envelhecimento ativo


Que hábitos garantem um envelhecimento saudável? Qual a importância dos cuidados com a saúde? Quais os principais desafios das políticas públicas para ampliar os serviços para as pessoas idosas? Quais as agressões mais comuns e a quem socorrer em caso de violência?

Esses temas foram abordados pela deputada estadual e ex-secretária de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak (PSD), durante palestra proferida nesta quarta-feira (30/10) em seminário da Federação dos Trabalhadores Rurais do Estado do Paraná (FETAEP) realizado em Praia de Leste.

A deputada lembrou que o tema ganha cada vez mais relevância na medida em que o cenário é de aumento da longevidade em todo o mundo, com ampliação significativa no número de pessoas idosas na sociedade. A expectativa de vida ao nascer no Paraná está em 79,2 anos atualmente.

Márcia ressaltou que o início do envelhecimento ocorre aos 60 ou 65 anos. “Mas idade nem sempre é uma medida para se ficar ‘velho’ ou ‘velha’. Isso está mais relacionado aos eventos da vida e à saúde física do que à idade cronológica”, afirmou.

“Acrescentamos anos às nossas vidas, mas há desafios: acrescentar qualidade de vida a esses anos”, disse a uma plateia de cerca de 150 pessoas, em sua maioria trabalhadores rurais.

Qual o caminho? Promover o envelhecimento ativo – um conjunto de ações que resultam em mais saúde, autonomia, dignidade e independência das pessoas idosas, permitindo que se desfrute uma vida plena em sociedade.

Hábitos

A deputada elencou hábitos importantes que precisam ser incorporados ao dia a dia de cada um: participar de atividades sociais e culturais, ter controle sobre as finanças e manter o senso de propósito na vida.

A saúde é um capítulo especial deste processo, na medida em que 64% dos idosos têm problemas de saúde, como pressão alta, diabetes, doenças renais, entre outras.

Márcia destacou a importância de praticar atividades físicas desde cedo (o que reduz problemas cardíacos, dá mais autonomia e evita quedas), não fumar (já que o tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo), evitar o consumo de álcool (que afeta o metabolismo), manter uma alimentação saudável (com muitas frutas, legumes e grãos, pouco sal e açúcar), cuidar da saúde bucal, beber bastante água e manter a vacinação em dia.

Durante seu período como secretária de Saúde de Curitiba, a deputada desenvolveu uma série de programas nessa linha.

Estrutura da casa

Os cuidados com o ambiente físico também fazem muita diferença, já que 70% das quedas de idosos ocorrem dentro de casa, sendo que 40% dos casos geram lesão grave e 30%, morte.

Por isso, é preciso se prevenir, evitando tapetes soltos na casa, deixando espaço livre para passagem entre mesas, cadeiras e decoração, além de manter fiações e extensões bem afixadas.

Muitos equipamentos ajudam a reforçar a segurança contra quedas, como tapetes antiderrapantes, barras de apoio e banco de box no banheiro, além do uso de calçados sem cadarço.

Responsabilidades

Os hábitos pessoais são fundamentais para o envelhecimento ativo, mas o poder público tem grande responsabilidade em promover boas políticas públicas e também assegurar a aplicação da lei para pessoas idosas.

“Ao mesmo tempo em que cada pessoa precisa saber que seus hábitos definem o tipo de idosa que ela é ou será, os gestores e políticos precisam planejar as cidades que irão abrigar um número cada vez maior de idosos”, disse Márcia.

São crescentes, por exemplo, casos de violência contra idosos – situação que exige boa estrutura de denúncias, prevenção e aplicação da lei.

Márcia elencou os casos mais frequentes envolvendo idosos no ano passado: negligência, violência patrimonial ou financeira, física, psicológica ou verbal e abandono. (Veja abaixo os canais para denunciar violência contra idosos.)

A deputada lembrou que o país conta legislações específicas para proteger os direitos das pessoas idosas, como o Estatuto do Idoso.

“Garantir os direitos, proteger e trabalhar para que as pessoas mantenham suas habilidades físicas e mentais vai gerar cada vez mais pessoas idosas com autonomia e independência”, afirmou Márcia.

Serviço

Canais de denúncia de violência contra pessoas idosas:

• Disque Idoso Paraná – Telefone: 0800 141 0001 – E-mail: disqueidoso@semipi.pr.gov.br

• IdosoPlay60+  Site: https://www.cedipi.pr.gov.br/Idoso-Play-60 

• Disque 100 – Ministério dos Direitos Humanos.

• Disque 181 – Secretaria Estadual de Segurança Pública.

 As denúncias registradas por meio destes canais são sigilosas e anônimas



Leia mais informações no site da Alep