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Curitiba está entre as cinco cidades que mais geram empregos no Brasil

Curitiba está entre as cinco cidades que mais geram empregos com carteira assinada no País. No acumulado de janeiro a outubro, o mercado de trabalho da capital criou 42.320 novas vagas, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta terça-feira (30/11) pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

A capital paranaense ficou atrás apenas de São Paulo (329.872), Rio de Janeiro (63.995), Belo Horizonte (56.923) e Brasília (51.077).

Curitiba segue em ritmo de retomada e bateu mais um recorde quando comparada com a série histórica, que começou em 2003. Segundo o Ministério, no entanto, a comparação não é recomendada, porque foram implantadas mudanças na metodologia do Caged a partir do início de 2020.

No mesmo período do ano passado (já com a nova metodolgia), a cidade havia amargado um saldo negativo de 6.037 vagas. O saldo do Caged é medido pela diferença entre admissões e demissões. Assim, quando o saldo é positivo, significa que houve mais contratações do que demissões e vice-versa. Nos dez meses acumulados de 2021, foram 371.881 contratações e 329.561 demissões na capital.

Recuperação

O número consolida o movimento de recuperação, após o impacto da pandemia de covid-19 encolher o mercado de trabalho em todo país, comemora o prefeitro Rafael Greca.

“Os números comprovam que a nossa economia aqui de Curitiba virou a chave da pandemia. Ainda temos desafios, mas vamos em frente com a esperança de dias melhores”, afirmou o prefeito.

O resultado de janeiro a outubro foi puxado principalmente pelos setores de Serviços, com 22.328 novas vagas, Comércio, 6.290, Construção Civil, 8.096, e Indústria, com 5.557.

Com o resultado, Curitiba também liderou a geração de empregos no Paraná no período. Foi responsável por 23% das vagas criadas no Estado, que totalizaram 176.570 no período. Somente no mês de setembro foram 3.645 vagas geradas em Curitiba.

Apoio do município

A Prefeitura de Curitiba mantém programas e ações para dar sustentação à retomada da atividade econômica tanto para trabalhadores quanto para empreendedores. Na reta final do ano, o município antecipou o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário e do salário de dezembro dos servidores, o que deve movimentar pelo menos R$ 276 milhões na economia da cidade.

O pagamento se soma a outras medidas para reduzir o impacto da pandemia sobre a economia. Entre elas, a criação de um fundo de aval, de R$ 10 milhões, com potencial para alavancar até R$ 100 milhões em investimentos por parte das empresas curitibanas.

Para reduzir a burocracia na abertura de negócios, o número de atividades incluídas na lei de liberdade econômica foi ampliado. A lei prevê a dispensa de alguns alvarás para atividades de baixo risco, facilitando o processo. No ano passado, o número de atividades abrangidas pela lei passou de 242 para 545 na capital.

O município também prorrogou o prazo de pagamento de impostos e promoveu um programa de refinanciamento, o Refic-Covid-19, que permitiu o parcelamento de débitos em até 36 meses.

A Prefeitura também vem dando apoio ao setor de eventos, com a utilização de R$ 2,7 milhões para projetos desse segmento e moratória de dívidas, até o fim do ano.

Capacitação

A Prefeitura investe ainda em capacitação para trabalhadores e empreendedores.

Os Liceus de Ofício, da Fundação de Ação Social (FAS), promovem cursos e preparam para o mercado de trabalho quem está em busca de qualificação. Além disso, os Espaços do Empreendedor da Agência Curitiba dão suporte a microempresários e microempreendedores individuais. E o Programa 1ºEmpregotech 2021, lançado no ano passado, oferece qualificação na área de tecnologia com aulas e oficinas.

O Fab Lab Cajuru, laboratório de fabricação por prototipagem, por sua vez, gera novas oportunidades para estudantes, empresas e comunidade, que podem compartilhar conhecimentos e colocar em prática ideias inovadoras.