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Crianças dão vida à agrofloresta da próxima Fazenda Urbana de Curitiba


Nesta sexta-feira (29/9), cerca de duas mil mudas foram plantadas na agrofloresta do terreno onde ficará a Fazenda Urbana da CIC, no Parque dos Tropeiros. Participaram crianças de escolas e Centros Municipais de Ensino Infantil (CMEIs), representantes da comunidade e parceiros.

A iniciativa é uma parceria entre as secretarias municipais de Segurança Alimentar e Nutricional, do Meio Ambiente e da Educação

“As Fazendas Urbanas permitem a imersão e conexão da população da cidade na produção dos alimentos, representando a importância da alimentação como processo de integração social, além de ter um impacto positivo no clima e comunidade”, salienta o secretário de Segurança Alimentar, Luiz Gusi.

 

A nova Fazenda Urbana

A agrofloresta é um dos espaços que integram a Fazenda Urbana da CIC. É uma unidade de agricultura urbana da secretaria e a primeira do Brasil em área de parque (dos Tropeiros). Une a agricultura e a floresta, com árvores frutíferas, caixas de abelha, plantas medicinais e aromáticas, incluindo o plantio de mudas nativas, como erva-mate e araucária enxertada.

O plantio da agrofloresta foi feito no Dia Internacional de Conscientização sobre Perda e Desperdício de Alimentos (29/9) e abriu a programação do Mês da Alimentação Consciente. 

“O objetivo é dar vida ao espaço de plantio das árvores, com foco em frutíferas e em biodiversidade. Além disso, explicar à comunidade o que é agrofloresta e, pensando no futuro, na importância para regeneração de áreas degradadas, na produção de alimentos, resiliência das cidades e nas mudanças climáticas”, explica o diretor do Departamento de Estratégias de Segurança Alimentar e Nutricional, Felipe Thiago de Jesus.

Pertencimento e conexão 

As instituições de ensino foram convidadas com a intenção de reforçar o sentimento de pertencimento e a conscientização ambiental desde cedo nos curitibinhas.

Uma das alunas que participou do plantio foi Luana Borges da Silva Santos, de 6 anos, que ficou animada em botar a mão na massa. “Eu plantei uma flor linda, achei muito diferente e divertido participar”, conta  Luana.

Além de quem está começando, lideranças de agroecologia e agricultura urbana também marcaram presença, como a presidente da Associação Amigos da Fazendinha, Marlene Gonçalves Kadowaki.

Ela, que participou da implantação da horta comunitária da Fazendinha, demonstra gratidão e animação com a nova Fazenda Urbana da cidade. “Eu estou muito feliz com a nova fazenda, quero trazer meus amigos e fazer todos os cursos. Curitiba dá o maior apoio à agricultura urbana e a equipe da Fazenda é maravilhosa.”

Marlene, que cresceu na lavoura, é aluna assídua dos cursos e capacitações da Fazenda Urbana do Cajuru e relata que sempre aprende algo novo. “Aprendi muita coisa que melhorou nossa produção na horta, principalmente sobre não utilizar agrotóxico e vale muito a pena, eu me sinto melhor fisicamente, não tenho mais dor de estômago e durmo melhor”, observa Marlene. 

Fazenda Urbana da CIC

Em uma área de aproximadamente 11 mil m², a nova Fazenda Urbana será integrada ao Parque dos Tropeiros e contará com um laboratório para abelhas nativas sem ferrão, chamado JardimDeMel LAB, com meliponário (abrigos de abelhas) para replicação de colmeias no bosque nativo, além de espaço para o manejo de mudas de araucárias, erva-mate e frutíferas nativas enxertadas.

Um Armazém da Família modelo, vitrine com produtos da agricultura familiar, também se integra ao projeto, criando junto aos consumidores hábitos de boa alimentação, além de geração de renda para os agricultores nos cinturões verdes, fortalecendo o Mercado Comum Metropolitano. 

A estrutura contará ainda com uma Escola de Segurança Alimentar e Nutricional equipada com cozinha multifuncional e área para a compostagem, espaço de cultivo sustentável de alimentos, estufas, estação Metereológica, energia solar, sede com áreas de administração, núcleo Regional da SMSAN, ecoworking, salas de aula e espaço para conferências e reuniões.

A proposta segue diretrizes da Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (SMSAN) com suporte do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e das secretarias municipais de Obras Públicas (Smop) e do Meio Ambiente (SMMA) na implantação.



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