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Com lazer e arte, Caravana Étnico-cultural leva mensagem de paz e respeito ao Parque Bacacheri


Mesmo quem está participando das oficinas da Caravana Étnico-cultural não pode perder o festival de atividades para toda a família que a Assessoria de Políticas para Promoção da Igualdade Étnico-racial da Prefeitura está preparando para este sábado (18/8). A partir das 14h, no Parque Bacacheri, haverá atrações musicais, encenação teatral e exposição de produtos artesanais elaborados por empreendedores étnicos locais. A programação vai até as 18h e é aberta ao público de todas as idades.

“A ideia é difundir a mensagem da igualdade racial, compartilhando um pouco da beleza e da riqueza dos fazeres e saberes ancestrais com todas as pessoas que moram em Curitiba”, resume a assessora da área, Marli Teixeira Leite. A Caravana Étnico Cultural 2023 é uma das entregas da Assessoria de Promoção da Igualdade Étnico-Racial pelo aniversário de 330 anos de Curitiba. A iniciativa teve início no ano passado.

Diversidade racial

A voluntária de organizações não-governamentais Rachel Romaniv esteve na oficina de turbantes ministrada pela professora voluntária e ativista social Will Amaral na Rua da Cidadania da Regional Boa Vista – a primeira da cidade a receber a Caravana Étnico-cultural 2023 – e confirmou presença no festival. “Sempre pensei em usar. Além de bonito, segura o cabelo e parece que a testa não fica suada”, disse, depois de experimentar a amarração com ajuda de Will.

O significado dos turbantes étnicos, porém, tem outra razão de ser. Para uma plateia de aproximadamente 40 pessoas – a maioria mulheres – Will contou que ele pode ser usado também por homens e crianças e informar a religião, a casta e as tradições tribais de que usa.

“Hoje ele pode ser usado por quem queira passar a mensagem antirracista, de resistência e de afirmação identitária”, explicou Will, contando que há povos que usam mais de 40 metros de tecidos finos e enfeites de pedras preciosas para fazer apenas um turbante.

Quem estava na oficina de turbantes participou também da oficina de histórias ciganas, com a contadora Grazi Calazans. A atividade, que contou com a participação das duas professoras e alunas do curso de dança cigana oferecido pelo Cati Boa Vista, terminou em dança.

Aprendizado que vem da infância

Na Escola Municipal Ulysses Guimarães, no Abranches, alunos do 3º ano do Ensino Fundamental passaram a tarde de contraturno escolar aprendendo sobre os Karaja – um dos povos originários do Brasil que habitam as margens do Rio Araguaia, na Região Centro-Oeste – e modelando bonecas Ritxòkò e outros objetos que, a exemplo do brinquedo Karaja, remetem à ancestralidade de cada um.

Com a ajuda da coordenadora do Museu de Arte Indígena (MAI), Samantha Donner, a estudante Mayze Wolcher escolheu modelar um potinho. “Parece um que a minha avó tem, para guardar lembranças, e que ela guarda longe dos netos pra não quebrar”, contou. Já Letícia de Souza Correia se empenhou em criar uma boneca indígena, inspirada por conhecimentos adquiridos no contraturno.

“No primeiro semestre, trabalhamos sobre jogos e brincadeiras indígenas com as turma e chegamos a falar sobre a Constelação Indígena. Essa experiência de hoje me deixa muito feliz porque completa esse aprendizado”, elogiou a professora de Educação Física Caroline Dvoiaski, que acompanhava a turma na oficina.

Serviço: Caravana Étnico-cultural

Data: sábado (19/08)
Local: Parque Bacacheri – Parque General Iberê de Matos (Rua Palo Naldony, s/nº)

PROGRAMAÇÃO
14h – Abertura
14h10 – Berimbau Rosa Dança Jongo
15h – Família Folhas
15h25 – Show Wes Ventura com participação de Noe Carvalho
16h30 – Homenagem Orgulho Regional (para moradores com trabalho social relevante)
17h – Mestiço, Traços de Resistência (teatro)



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