Um projeto inédito para a criação literária em língua portuguesa reúne diversas vozes que cruzam fronteiras. A Sala da Escrita, criada pela jornalista e escritora Fernanda Ávila e pela escritora Nara Vidal, já nasceu internacional, unindo presenças de Brasil, Portugal e Inglaterra. Outros nomes de peso desses e de diversos países lusófonos completam a linha de cursos, eventos online, workshops e conversas focados na escrita que serão promovidos pelo projeto. As primeiras ações já contaram com a própria Nara, que vive há 20 anos na Inglaterra, e Sara Carinhas, destaque na dramaturgia portuguesa.
A pluralidade de vozes que fazem a literatura contemporânea de língua portuguesa é um destaque da Sala de Escrita. “Nossos encontros são online, geograficamente generosos e amplos, mas também presenciais. Nossos pés estão em Portugal, na Inglaterra e no Brasil”, confirma Nara Vidal. Por não ser um curso único, longo e monotemático, a Sala de Escrita privilegia a diversidade temática e celebra artistas que produzem em português nas mais diferentes localidades – valorizando, também, alunos que estejam em qualquer parte do globo. “Acreditamos que a leitura é um direito de todos e que a escrita deve ser acessível como expressão artística a quem se interessar por ela como tal”, completa Fernanda.
As escritoras que desenvolveram o projeto já trazem uma relevância no cenário da literatura em língua portuguesa para a Sala de Escrita. Fernanda Avila é jornalista, sócia da Pulp Edições e fundadora da Amora Livros, clube dedicado a celebrar mulheres escritoras. Já editou mais de 20 livros e é autora do “Guia Nova York com Crianças”, e vive hoje em Lisboa. Nara Vidal já foi premiada pelo Oceanos em 2019 e finalista do Jabuti, teve o livro “Sorte” traduzido para o holandês e o espanhol, ganhando reconhecimento internacional. Hoje, morando no Reino Unido, dá aulas de escrita, é colunista e tradutora.
Nara inaugurou a Sala da Escrita recentemente, com um workshop que ocorreu no início de setembro: “Katherine & Virginia” discutiu a troca de cartas e a amizade (por vezes conturbada) das escritoras Katherine Mansfield e Virginia Woolf. O pernambucano Marcelino Freire foi outro nome de peso da literatura brasileira a ministrar um dos cursos. Autor de trabalhos como “Nossos Ossos” e “Angu de Sangue”, já venceu o Jabuti e o Prêmio Machado de Assis da Biblioteca Nacional. A angolana Leopoldina Fekayamãle também fará parte das ações da Sala de Escrita. Ativista feminista pelos direitos humanos, organizou coletâneas e luta pela acessibilidade das pessoas aos livros, atuando diretamente com editoras da Angola.
Mais uma referência da literatura estará presente no projeto no próximo mês: Aline Bei, premiada autora de “O Peso do Pássaro Morto”, traduzido para o francês e que já vendeu mais de 100 mil cópias. A autora irá ministrar a oficina Procedimentos & Processos criativos, que acontece nos dias 6, 13, 20 e 27 de novembro.
Mais sobre a Sala de Escrita no perfil oficial do projeto no Instagram (@saladeescrita) ou pelo e-mail infosaladeescrita@gmail.com.
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