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Ambientes de inovação do noroeste do Paraná buscam recursos da Fundação Araucária | ASN Paraná


Por meio da Fundação Araucária, o governo do Paraná abriu chamadas públicas para apoiar ambientes promotores de inovação do Estado com R$ 34 milhões. Da região noroeste, 35 ambientes credenciados no Sistema Paranaense de Parques Tecnológicos (Separtec) se inscreveram para requerer parte do suporte, com apoio de uma rede formada pelo ecossistema de inovação de Maringá e região.

“Temos a expectativa de que os ambientes da região, como aceleradoras, incubadoras, espaços de inovação, entre outros, conquistem, juntos, cerca de R$ 7 milhões. É uma injeção que viabilizará projetos, cuja finalidade maior é promover o surgimento de negócios inovadores”, observa o consultor do Sebrae/PR, Marcos Aurélio Gonçalves.

O resultado do edital está previsto para sair em maio. Os ambientes de inovação contemplados poderão financiar programas de aceleração, de pré-incubação, eventos e outras ações de estímulo à criação de negócios inovadores.

“A gestão desse recurso é feita pela Fundação Araucária em parceria com as universidades estaduais, via suas fundações de apoio. Elas são responsáveis pelo respaldo técnico na aplicação do recurso mediante o plano de trabalho de cada ambiente”, explica o consultor.

Gonçalves acrescenta que diversos ambientes da região foram estruturados via Programa Habitats PR de Inovação do Sebrae/PR, que nos últimos dois anos foi realizado com o objetivo de contribuir para o fomento e o fortalecimento de novos espaços no Paraná.

“É importante que, em fase de amadurecimento, possam contar com recursos para fortalecer suas iniciativas. Além disso, a grande maioria dos espaços integram uma rede de apoio, na qual o Sebrae está inserido oferecendo conhecimento e suporte. Esperamos que os recursos do edital somem forças”, declara Gonçalves.

Participações

O Centro de Inovação de Maringá (CIM) submeteu o projeto “Conexão para Inovação”, com o objetivo de integrar as soluções oferecidas por startups e por Instituições de Ciência e Tecnologia (ICT) às demandas tecnológicas identificadas pelas empresas e indústrias dos principais setores econômicos de Maringá.

“Queremos captar R$ 100 mil para o desenvolvimento do projeto, dividido em duas fases, previstas para os anos de 2025 e 2026, respectivamente”, diz o gestor executivo do CIM, Jefferson Luiz Ramos da Silva.

Além de pleitear recursos, o CIM atuou na mobilização para mais ambientes de inovação participarem do edital.

“Envolvemo-nos na campanha para que os ambientes de inovação em Maringá se credenciassem no Separtec, pré-requisito para editais de fomento do Estado. Conseguimos credenciar 16, e a maioria submeteu projetos na chamada. Editais como esse desempenham papel crucial no ecossistema, pois ajudam a transformar planos em realidade”, frisa Jefferson.

De Maringá, 16 ambientes requerem apoio. Foto: Rafael Silva.

A Universidade Estadual de Maringá (UEM) foi uma das principais instituições de ensino a engajar possíveis participantes. Marcou a primeira reunião com os ambientes de inovação em dezembro de 2023, assim que o edital foi aberto.

“Trocamos informações, e nosso reitor, Leandro Vanalli, articulou com a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior a alteração do edital, que atendeu ao pedido, a fim de que pudéssemos, e outras instituições, também, apoiar mais de um ambiente de inovação”, conta Keila de Souza Silva, coordenadora da Agência de Desenvolvimento Regional Sustentável e Inovação (Ageuni) e do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da UEM.

Keila destaca que a UEM respeitou as especificidades e necessidades de cada projeto antes de propor orientações na redação e na forma como a ideia poderia se conectar com a universidade, para posterior submissão.

“Tivemos projetos que incentivam ideação, aceleração, consolidação das startups, inovação aberta. Gosto de um lema usado no nosso ecossistema de inovação, que diz que ‘sozinhos vamos mais rápido, mas juntos vamos mais longe’. É a soma de esforços de parceiros como incubadora, aceleradora, hubs, parques tecnológicos, CIM e academia”, finaliza Keila.



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