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Ação de empregabilidade atrai mais de 150 candidatos e empresas de Curitiba


Cerca de 150 pessoas com os mais diferentes tipos e graus de deficiência, sozinhas ou acompanhadas, passaram pelas mesas de atendimento da 3ª Ação Empregabilidade – o evento promovido pelo Departamento dos Direitos da Pessoa Com Deficiência (DPCD) nesta quinta-feira (3/8), na Rua da Cidadania do Pinheirinho, para aproximar os candidatos das oportunidades de emprego. Vinte candidatos eram surdos e foram acompanhadas por intérpretes da Central de Libras (Língua Brasileira de Sinais) da instituição.

Vinte e uma empresas e instituições ofereceram perto de mil vagas. Participaram Adservi, Atacadão, Berneck, Blokton, BRF Foods, CIEE/PR, DBM Contact Center, Condor, DHL Logística, Droga Raia, Festval, Instituto Barigui, Protege, Master Vigilância, Orbenk, SoftMarketing, TRC Taborda, Unidas, Zamp Burger King, Sodexo e Grupo Altum, além do escritório local do Sine (Sistema Nacional de Emprego), operacionalizado pela FAS (Fundação de Ação Social).

Sucesso

“Foi um sucesso, mais uma vez. Agora estamos nos preparando para a Semana da Empregabilidade 2023, que acontecerá de 18 a 22 de setembro, em parceria com a FAS ”, comentou a diretora do DPCD, Denise Moraes. O local do evento ainda não está definido.

A contratação de pessoas com essa característica é uma exigência da Lei Brasileira de Inclusão para as organizações a partir de 100 trabalhadores – daí a importância da promoção de eventos periódicos.

Expectativas em alta

Lucas Gustavo da Silva, de 26 anos, voltou para casa, no Pinheirinho, animado com a possibilidade de trabalhar em uma das lojas da farmácia Droga Raia. “Acho que gostaram de mim”, disse o rapaz, que se locomove com a ajuda de uma cadeira de rodas e compareceu ao evento acompanhado pelo pai, Aldemir da Silva. Esse, espera ele, será o seu segundo emprego.

Na sala de espera, Maria Araújo, de 55 anos, veio do Sítio Cercado para conseguir uma vaga de auxiliar de produção. “Quero trabalhar onde tiver a vaga”, disse a candidata, que nasceu com a audição reduzida e faz leitura labial. “Meus três filhos estão criados e, agora, é minha vez de voltar a trabalhar”, completou.

A expectativa do estudante de Biomedicina Nycolas Mello de Salles, de 28 anos, era flexível. “A preferência é por Auxiliar de Laboratório, que é mais na minha área, mas também posso assumir uma vaga de Logística ou Informática”, explicou o candidato, que tem Transtorno do Espectro Autista (TEA) e mora no bairro Fanny.

O outro lado do balcão

A satisfação pela oportunidade de emprego não era só do público com deficiência. Quem trabalhava no atendimento também estava animado. Era o caso da auxiliar administrativo da Fundação de Ação Social (FAS) Odenice Bernardina da Silva, do time de atendimento do escritório local do Sine e que recebia os candidatos surdos usando Libras.

“Fiz o Básico e o Intermediário antes da pandemia e, agora, estou cursando a faculdade de Letras/Libras. É importante ter esse diferencial. Agrega pra mim e pra quem eu posso ajudar”, disse.

Clarice Mei Carrasco é a gerente do Instituto Barigui, uma das organizações que participaram pela primeira vez da Ação de Empregabilidade para pessoas com deficiência. “É fantástico: muitos candidatos e organização excelente”, elogiou a executiva, que dividia o atendimento com psicopedagoga do instituto, Midia Carvalho.

Clarice explicou que a instituição faz a gestão social do Grupo Barigui, que absorve mão-de-obra de pessoas com deficiência para as próprias empresas e organizações parceiras. Ao contratar os trabalhadores, mas antes de colocá-los, oferece uma capacitação que dura um ano. “A preparação tem que acontecer no tempo de cada pessoa. Hoje temos 35 sendo capacitadas”, disse.



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