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Semana Barão do Serro Azul revive feitos do personagem da história curitibana


A partir deste domingo (6/8) começa em Curitiba a celebração da Semana Barão do Serro Azul. Com várias atividades culturais, em diferentes pontos da cidade, a semana relembra a vida e a história de Ildefonso Pereira Correia (1849-1894), o Barão do Serro Azul, empresário visionário exportador de erva-mate, criador da Associação Comercial do Paraná e que gerou desenvolvimento e riqueza ao Paraná.

A 3ª edição da Semana do Barão do Serro Azul começa no domingo, às 10h, com a celebração do aniversário do barão, na Roda de Matte Cultural, no Belvedere do centro histórico, das 10h às 13h. Na segunda-feira (7/8), haverá uma solenidade na Câmara Municipal de Curitiba, às 9h.

Na terça-feira (8/8), está agendada uma palestra de abertura do Encontro de Negócios sobre a Condecoração do Barão do Serro Azul, na Associação Comercial do Paraná, às 8h08. Quarta-feira (9) será o dia de uma oficina para crianças com a Família Folhas, na Fazenda Urbana do Cajuru, das 14h às 16h30. Haverá distribuição da revista em quadrinhos do Barão e plantio de erva-mate. 

Na quinta-feira (10/8), a partir de 19h, no Memorial de Curitiba, tem palestra com Letícia Geraldi Ghesti, autora do livro Os Ilustres Irmãos Rebouças e pesquisadora da história do barão, e assinatura do termo de criação da Sociedade Afeitos do Barão (compromisso da comissão para Semana do Barão 2024).

Na sexta-feira (11/8), a Fundação Cultural de Curitiba coordena uma visita guiada ao Cemitério Municipal de Curitiba, às 19h, onde o corpo do barão foi sepultado. E no sábado (12/8), dia de encerramento da semana, haverá Roda de Matte na Feira do Juvevê, de 9h às 12h, e oficina e exposição no Solar do Barão. 

A primeira edição da Semana Barão do Serro Azul aconteceu em 2021, por iniciativa do vereador Serginho do Posto.

Herói nacional

Tido como traidor no passado, o Barão do Serro Azul é considerado herói, responsável por Curitiba ter saído ilesa da passagem dos maragatos pela cidade, em plena Revolução Federalista.

Ele morreu cedo, aos 44 anos, em 20 de maio de 1894. Foi fuzilado com outros homens do seu círculo pelas forças legalistas durante a viagem de trem até Paranaguá, sua cidade natal, de onde supostamente seria levado preso até o Rio de Janeiro.

Empreendedor visionário, foi um destacado produtor e exportador de erva-mate. Para produzir os rótulos das novas embalagens em que passou a exportar o produto, estruturou a Impressora Paranaense. A empresa funcionava no local onde posteriormente o Exército construiu a edificação que hoje, restaurada, abriga o Cine Passeio.

A empresa ficava a poucos metros de sua bela residência (adquirida pela Prefeitura e transformada no Centro Cultural Solar do Barão) e da atual sede da Junta Comercial (da qual ele é um dos fundadores).

O Barão do Serro Azul também fundou a Associação Comercial e o Clube Curitibano, além de ter sido deputado provincial e presidente interino da Província. Abolicionista, libertou seus escravos e foi condecorado em 1888 pela Princesa Isabel com o título de Barão do Serro Azul.

Em 2009, após 114 anos de sua morte, teve seus atos de heroísmo reconhecido ao ter o seu nome inscrito no Livro de Aço dos Heróis Nacionais, que fica no salão principal do Panteão da Pátria Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

 



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