O Brasil está reencontrando, nos últimos meses, o caminho do crescimento com cidadania e igualdade social. As mais recentes projeções feitas pelo Ministério da Fazenda indicam que a economia brasileira pode crescer mais de 2,4% em 2023. O próprio FMI já havia revisto, para cima, a projeção de crescimento do PIB do país, demonstrando surpresa com os resultados do 1º trimestre da nossa economia. Mas ainda temos um dragão que precisamos conter: os juros que corroem todos os dias a vida dos brasileiros.
Ainda na linha do rumo certo, o presidente Lula tem cumprido a sua promessa de campanha de colocar os mais pobres no Orçamento público. Medidas como o recém-anunciado “Desenrola Brasil” pretendem reinserir na economia milhões de pessoas que estavam com o orçamento familiar comprometido por dívidas, pelo desemprego e pela queda na renda.
Nesse contexto, o papel dos pequenos negócios tem sido fundamental. Os microempreendedores individuais (MEI), juntamente com as micro e pequenas empresas (MPE), já haviam sido os grandes responsáveis pela manutenção do nível de emprego no período da pandemia, criando aproximadamente 8 em cada 10 postos de trabalho formais, e continuam dando uma contribuição inestimável.
Atualmente, os pequenos negócios representam 99% de todos os empreendimentos brasileiros, respondem por quase 30% do PIB e 54% dos empregos com carteira assinada. Além disso, temos mais de 85 milhões de brasileiros vivendo direta ou indiretamente graças à atuação dos pequenos negócios. Esse contingente é maior do que a população de países como França, Reino Unido, África do Sul e Argentina.
No momento em que recebe a notícia de ser a 6ª marca mais forte do país, o Sebrae, que completa 51 anos hoje (5.jul.2023), conta com ações e programas que buscam possibilitar que o empreendedorismo seja -de fato- uma saída para diminuir as desigualdades e transformar a vida das pessoas.
Os resultados alcançados por nossos parceiros não deixam margem para dúvida: com apoio técnico, capacitação, crédito e oportunidades, as MPE podem mudar a realidade de famílias e localidades inteiras.
Um pequeno exemplo disso é o projeto Comunidade Sebrae, que está presente em 18 favelas do Rio de Janeiro, totalizando mais de 100 comunidades e que já realizou mais de 31.000 atendimentos.
Já no crédito, a instituição está focada em 2 grandes eixos. Por um lado, continuar contribuindo para o desenvolvimento de marcos regulatórios, leis, fundos garantidores e políticas públicas que melhorem o acesso dos empresários aos recursos necessários para equilibrarem sua situação financeira, realizar investimentos e ampliar mercado. De outro, seguiremos com nossa missão de encontrar saídas para facilitar o acesso a crédito, pois é preciso baixar os juros para que os empresários não caiam na armadilha da dívida e, muitas vezes, da falência.
Por fim, continuaremos atuando junto ao Congresso Nacional e ao governo federal para permitir que o Brasil avance no apoio aos pequenos negócios. A reforma tributária está no centro das nossas atenções porque ela vai, naturalmente, impactar as micro e pequenas empresas. De tal forma, seremos guardiões do Simples Nacional para que a reforma assegure e melhore as conquistas alcançadas nesse marco regulatório fundamental para as MPE.
O Sebrae acredita na força da transformação e emancipação pelo empreendedorismo. Defendemos que uma das saídas para a situação de desigualdade que marca o país é a articulação aliada à vocação que o brasileiro tem para a atividade empreendedora e aos diversos programas sociais de inclusão existentes.
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