Na última terça-feira (18), o Partido Progressistas (PP) deu um passo estratégico ao aprovar sua entrada em uma federação partidária com o União Brasil. Essa união tem um objetivo claro: fortalecer sua presença na Câmara dos Deputados e garantir um financiamento bilionário para as campanhas de 2026. Atualmente, o Partido Liberal (PL) lidera com a maior bancada, composta por 90 parlamentares, mas com essa aliança, o PP e o União Brasil somariam 109 deputados, tornando-se a maior força da Câmara.
Essa fusão não é apenas uma jogada política, mas também uma oportunidade para acesso a quase 1 bilhão de reais em recursos de campanha, um valor recorde registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As negociações, comandadas por Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, estão avançando, com a participação de líderes estaduais e parlamentares, além de governadores influentes, como Wilson Lima (AM), Ronaldo Caiado (GO) e Mauro Mendes (MT). O futuro dessa aliança ainda está em definição, mas pode alterar radicalmente o cenário político do país.
Porém, nem todos estão felizes com essa nova configuração. A federação PP-União Brasil pode representar um desafio para as candidaturas de esquerda nas eleições de 2026, especialmente com o fortalecimento das federações como a “Brasil da Esperança”, formada por PT, PCdoB e PV. Essa nova aliança também pode gerar tensão dentro de outros partidos, como o Rede, que enfrenta descontentamento sobre sua união com o PSOL, e o PSDB, que está perto de romper com o Cidadania.
Com a possibilidade de uma real reconfiguração das forças políticas no Congresso, a pergunta é: até onde essa aliança vai transformar o jogo político? A resposta pode vir mais cedo do que imaginamos.