Por proposição da deputada estadual Márcia Huçulak (PSD), a Assembleia Legislativa do Paraná emitiu nota de repúdio contra o ataque ao Hospital Infantil Ohmatdyt, em Kiev, capital da Ucrânia, ocorrido nesta segunda-feira (08/07), durante aquele que foi considerado um dos maiores bombardeios da Rússia contra a Ucrânia no atual conflito.
Também foram alvo as cidades de Dnipro, Kryvyi Rih, Sloviansk e Kramatorsk, com um total de pelos menos 39 mortos e 190 feridos – 29 mortos apenas no hospital, sendo quatro crianças.
Ohmatdyt é o maior centro médico infantil do país, especializado em tratamentos de câncer e doenças renais; atende pacientes de diversas regiões. Com o ataque, mais de 600 crianças precisaram ser transferidas. A Rússia nega ter sido responsável pelo ataque, alegando não investir contra alvos civis.
Crimes de guerra
A nota da Assembleia lembra que a Convenção de Genebra considera ataque a hospitais crime de guerra e grave violação ao direito internacional humanitário. A Convenção é o conjunto de tratados internacionais que estabelece padrões de tratamento humanitário em conflitos.
A guerra entre Rússia e Ucrânia teve início em fevereiro de 2022, com a invasão russa ao território ucraniano. Não há dados oficiais sobre o número de vítimas, mas estimativas apontam que o número pode superar as 700 mil baixas dos dois lados.
Diplomacia pela paz
A Assembleia também reforça na nota o pedido para o governo federal brasileiro empreender “todos os esforços diplomáticos cabíveis” que possam contribuir para o fim da guerra.
Comunidade ucraniana
A Representação Central Ucraniano Brasileira, que representa cerca de 600 mil descendentes que vivem no Brasil, também se posicionou com o ataque – considerado “criminoso”.
Em ofício enviado ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, pede que a Casa interceda por uma atuação firme do governo federal na condenação do ataque. O documento é assinado pelo presidente da Representação, o paranaense Vitorio Sorotiuk.
De acordo com a entidade, o Paraná reúne o maior número de descendentes de ucranianos do país, com cerca de 500 mil pessoas.
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