Com a proximidade do Dia das Mães, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná enfatiza a importância do cuidado à saúde de mães e bebês, especialmente no momento delicado que envolve o nascimento. Nos primeiros cinco meses de 2025, o Estado registrou 37.014 nascimentos, uma média de 308 por dia, em comparação aos 46.137 nascimentos no mesmo período do ano passado, que correspondia a 384 diários. Os dados incluem informações de hospitais e maternidades tanto públicas quanto privadas.
Perfil das Gestantes
Quase 50% das novas gestantes estão na faixa etária dos 20 aos 29 anos, enquanto 37,8% têm entre 30 e 39 anos. Um grupo de 3,8% é formado por mulheres acima de 39 anos. Este cenário ressalta a crescente diversidade no planejamento familiar e nas condições de saúde das gestantes.
A Importância do Pré-Natal
A celebração do Dia das Mães também oferece uma oportunidade para destacar a relevância da maternidade planejada e do autocuidado. O Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná prioriza a saúde da mulher durante este período, focando na Atenção Primária à Saúde (APS), onde são iniciadas as primeiras consultas e o pré-natal. O Paraná se destaca no pré-natal, com 88,5% das gestantes tendo realizado sete ou mais consultas em 2025, segundo o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc).
Instrumentos de Cuidado
A chefe da Divisão da Saúde da Mulher da Sesa, Carolina Poliquesi, enfatiza a importância da carteira da gestante, que acompanha a mãe e o bebê durante a gestação e o pós-parto. Este documento é essencial para organizar e registrar informações importantes sobre a saúde da gestante e do recém-nascido, facilitando o atendimento em urgências e partos antecipados.
Segundo Poliquesi, “a carteira foi elaborada pela Sesa de modo personalizado e é alinhada aos princípios da Linha Guia Materno Infantil, que integra a Rede de Atenção à Saúde”.
Orientações para Gestantes
Durante as consultas, os profissionais de saúde orientam as gestantes sobre cuidados essenciais, incluindo nutrição adequada, uso de roupas confortáveis e direitos sexuais e reprodutivos.
Imunização no Pré-Natal
A vacinação é um aspecto crucial do pré-natal. A manutenção da carteira de vacinação em dia não apenas protege a saúde da gestante, mas também do bebê, através da transferência de anticorpos via placenta. Após o nascimento, o aleitamento materno continua a reforçar a imunidade da criança.
As vacinas recomendadas incluem a dTpa (difteria, tétano e coqueluche), a Influenza, a hepatite B e a vacina contra a Covid-19. A dTpa deve ser administrada a partir da 20ª semana de gestação e em cada nova gravidez, enquanto a vacina contra a gripe pode ser dada em qualquer momento da gravidez e durante o puerpério.
Iniciativas do Governo do Estado
O Governo do Estado implementa ações e programas voltados para a saúde das mulheres, visando melhorar a qualidade de vida das mães paranaenses. Entre as iniciativas, destaca-se a Linha Guia de Atenção Materno Infantil, que organiza serviços dedicados ao cuidado das mulheres e a Planificação da Atenção à Saúde (PAS), que visa capacitar os profissionais e aprimorar os protocolos de assistência durante o pré-natal.
Além disso, são oferecidos cursos de pré-natal e aulas remotas via o canal de YouTube da Escola de Saúde Pública do Paraná (ESPP). Programas de residência para enfermeiros especializados em cuidado obstétrico também estão em andamento, assim como um monitoramento das ações voltadas a gestantes e bebês de risco.
Taxa de Mortalidade Infantil
A atenção aos índices de mortalidade infantil é uma prioridade do governo estadual. Nos últimos anos, a taxa variou entre 10,7 e 10,9 por mil nascidos vivos em Paraná, comparada a 12,5 por mil em todo o Brasil, de acordo com dados do IBGE de 2023. Maria Goretti Lopes, diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, afirma que “reduzir a mortalidade infantil é um importante desafio para a saúde pública, exigindo ações efetivas por parte do poder público”.