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Mês da Alergia: saiba como se proteger em setembro


O pólen é mais comum nesta época do ano, sendo um dos principais causadores e complicadores de alergias

Setembro para muitos é o “mês da alergia” devido a alta incidência de pólen no ar, principalmente causado pela chegada da primavera no dia 22. As reações alérgicas comuns nesta época do ano podem, em grande parte, serem causadas pelo pólen das gramíneas, que entra em contato com as mucosas e causa o desconforto, como a rinite. De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), cerca de 30% da população brasileira tem algum tipo de alergia, sendo 20% crianças. As alergias mais comuns no Brasil são a alimentar, a dermatite atópica, a rinite e a asma.

“A alergia causa o nariz entupido, força o indivíduo a respirar mais pela boca, as dores de garganta aumentam, o que prejudica o sono e pode causar mais ronco e até crises de apneia, que é a parada respiratória durante o sono. Coriza também é comum, assim como coceira na mucosa do ouvido, nariz, garganta e até dos olhos”, conta o médico Paulo Mendes Júnior, do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), maior referência do segmento na América Latina.

Pra detectar o tipo de alergia, são exigidos dois exames: de sangue e cutâneo. O de sangue sinaliza qual tipo de pólen ocasiona a alergia, assim como o teste cutâneo, realizado no antebraço e com resultado em meia hora, investiga a intensidade da reação no organismo e detecta outros causadores de alergia, como ácaros, fungos, alergias a animais – como cachorro e gato – assim como insetos e alimentos.

“O tratamento pode ser realizado com medicamentos ou limpeza do ambiente. Conforme o quadro clínico, o médico pode indicar sprays de medicação nasal, entre outros medicamentos”, completa Paulo Mendes Júnior. Outro tratamento é a imunoterapia, conhecia como vacina de rinite e que não tem corticoide, indicada para pacientes acima de cinco anos, na qual os pacientes usam em casa para dormir três vezes por semana um remédio em gotas, antes de dormir por seis meses, no mínimo. “Se seis meses funcionar, o paciente pode ficar tranquilo por até 10 anos”, finaliza.