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Gripe e resfriado: tem diferença?

Na época mais fria do ano, as doenças respiratórias como gripe e resfriado tendem a se tornar mais presentes no dia a dia da população. Apesar de ambas serem causadas por um vírus, diferem significativamente em termos de gravidade, duração e tratamento, o que acaba causando equívocos quando não há o diagnóstico correto. “Há um costume das pessoas dizerem que estão gripadas, quando na maioria das vezes estão apenas resfriadas”, explica a Dra. Krystal Negri, otorrinolaringologista do Hospital IPO, de Curitiba (PR).

“O resfriado pode ser causado por mais de 200 tipos de vírus, sendo o mais comum deles o rinovírus. Os sintomas costumam ser mais brandos, e incluem espirros, congestão nasal, coriza, dor de garganta, tosse e, em alguns casos, febre baixa”, pontua a especialista. A duração da enfermidade também costuma ser curta, entre 3 e 7 dias. “No caso de resfriados, em que não se percebe um agravamento de sintomas, o tratamento pode ser feito pelo próprio paciente em casa. Repouso, hidratação, lavagem nasal e uso de analgésicos, caso seja necessário”, pontua a médica.

Já a gripe, que é causada pelo vírus Influenza, costuma ter sintomas mais severos. “Febre alta, calafrios, dor de cabeça, dor muscular, fadiga e tosse. Pode também haver sintomas gastrointestinais, como náusea, vômito e diarreia, mais comuns em crianças”, explica a otorrinolaringologista. A duração da gripe também é maior: normalmente de 1 a 2 semanas, com os sintomas mais intensos ocorrendo nos primeiros 3 a 5 dias. “Nos casos do aparecimento de sintomas mais graves logo no início, o ideal é buscar um especialista para o diagnóstico e tratamento correto, a fim de que os sintomas não se agravem”, adverte a especialista.

Em ambos os casos, a prevenção pode ser feita com alguns simples cuidados. “Lavar as mãos com frequência, cobrir a boca e o nariz ao tossir e espirrar, evitar o compartilhamento de objetos ou contato com pessoas infectadas, ventilar os ambientes, e claro, manter um estilo de vida saudável, considerando sono, hidratação e alimentação. São ações simples que podem evitar a propagação dos contágios”, completa a Dra. Krystal.