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Curitiba reduz 50% mortes no trânsito e é destaque nacional

Levantamento inédito realizado pelo jornal Folha de São Paulo aponta que Curitiba está entre as seis cidades brasileiras que alcançaram a meta de reduzir em 50% o número de mortes no trânsito.

De acordo com o cálculo feito pela publicação, a capital paranaense teve o quinto melhor desempenho ao baixar a taxa de mortalidade no trânsito em 50,72%, no período de 2011 a 2018.

Foram 8,66 mortes a cada 100 mil habitantes no último ano. Para o cálculo da mortalidade, os dados levaram em conta a projeção da população estimada pelo IBGE.

Além de Curitiba, aparecem na lista das capitais que cumpriram o índice projetado as cidades de Rio Branco (AC), com -64,22%; Salvador (BA), com -54,85%; Belo Horizonte (MG), -54,01%; Aracaju (SE), -53,77%; e Porto Alegre (RS), -50,24%. Confira a íntegra da reportagem aqui.

Política pública prioritária

Estabelecido pelo Programa Vida no Trânsito (PVT), chancelado pela ONU, o objetivo principal de se estabelecer a meta é o fortalecimento de políticas de prevenção de lesões e mortes provocadas por acidentes de trânsito, a partir de análises, proposições e a integração dos setores envolvidos.

Em Curitiba, o PVT é encabeçado pelas secretarias da Saúde e Defesa Social e Trânsito, responsáveis pela compilação e avaliação dos dados, que servem de subsídio para o planejamento de ações.

Pelo cálculo oficial adotado pelo PVT, Curitiba já reduziu as mortes no trânsito em 46,5%, desde 2011, com a perspectiva de atingir a meta no próximo ano. O percentual é obtido a partir do número absoluto dos óbitos em acidentes no município. O relatório mais recente foi divulgado no mês de maio.

Intervenções

Com base na avaliação e nas reuniões do grupo do PVT na cidade são definidas intervenções do poder público em três vertentes: de engenharia, de fiscalização e de educação no trânsito. “A partir dessa análise são tomadas decisões para intervenções pontuais ou com abrangência maior, pelas equipes técnicas do Trânsito”, explica o secretário municipal de Defesa Social e Trânsito, Guilherme Rangel.

Foi o caso do sistema sonoro de alerta para pedestre implantado no cruzamento das avenidas República Argentina e Presidente Kennedy (Equipamento sonoro aumenta segurança de pedestres no Portão) e do limite de velocidade de 50 km/h em binários recentes implantados na capital.

“Outro exemplo são as motocaixas, espaços exclusivos para motocicletas a frente dos demais veículos, em cruzamentos semaforizados de grande movimento. É um conjunto de ações estruturadas que fez com que Curitiba atingisse esse resultado”, pontua a superintendente de Trânsito, Rosangela Battistella.

Uma parcela das atividades é desenvolvida com órgãos parceiros, públicos e privados, voltados para o trânsito. “Como nas blitze com Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar, importantes para coibir irregularidades que podem acarretar acidentes graves”, acrescenta Rosangela.