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Clientes acusam dono do Torto Bar de dar soco em mulher; ele diz que se defendeu

Clientes do tradicional bar O Torto, na Rua Paulo Gomes, no bairro São Francisco, em Curitiba, acusam o dono do estabelecimento de dar um soco em uma mulher, durante uma suposta discussão sobre racismo. O caso aconteceu na noite desta terça-feira (4) e a Polícia Militar (PM) precisou ser acionada. Os envolvidos foram ouvidos e o bar fechado após a confusão. Arlindo Ventura, o Magrão, proprietário do O Torto Bar, afirmou que apenas se defendeu, já que a mulher estava alterada.

Testemunhas relatam que tudo começou quando a jovem teria sofrido racismo. Em relatos em redes sociais, afirmam que a vítima jogou cerveja contra o proprietário e, em seguida, ele foi para cima e deu um soco nela. A confusão gerou revolta e manifestantes planejam um protesto nesta quarta-feira.

Outro lado

Em em entrevista à Banda B, Magrão negou que a confusão tenha acontecido por racismo e afirmou que apenas se defendeu. “Ela chegou super alterada e começou a chutar a porta do banheiro e ainda agrediu um funcionário verbalmente. Quando acontece isso, não atendemos mais a pessoa. Então, eu a barrei e falei para ir embora. Depois disso, ela começou a falar que tinha relação com racismo e feminismo”, descreveu à Banda B.

Após isso, Magrão afirmou que a mulher voltou e continuou com as agressões. “Jogou copo no meu rosto e chutou minha virilha, onde estou com uma hérnia. Apenas houve uma defesa com o meu braço. Se a acertou, eu não vi”, disse, negando um soco intencional. “Fomos até a Polícia Militar para seremos ouvidos. Temos imagens que mostram o que aconteceu e que mostram que ela estava agressiva e alterada”, disse.

Magrão garantiu que, independente de um possível protesto, o bar estará aberto hoje. “O bar estará aberto, independente de qualquer coisa. Não me arrependo de ter me defendido. Meu bar é democrático e um ponto para discussão, mas não para agressividade”, concluiu.

A Polícia Civil deverá abrir um inquérito para investigar o caso.

Nota Abrabar

O presidente da Abrabar (Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas), Fabio Aguayo, enviou uma nota sobre a confusão:

A posição da entidade é clara quanto as acusações de racismo na categoria, não compactuamos de forma alguma, até porque uma grande base de nossa mão de obra, empresários e clientes é formada de gente simples e humilde e temos que ser os primeiros guardiões dos direitos civis dos cidadãos de nosso convívio, mas também daremos todo o apoio ao estabelecimento para ter o seu direito ao contraditório e pleno suporte ao empresário para sua defesa de seus direitos caso queira comprovar que está sendo vítima de alguma armação ou mal entendido.

Devemos ter todo cuidado nestes casos e apurar ao fio as informações e detalhes das acusações, temos acompanhado muito outros casos bem de perto e depois as reviravoltas, muitos casos se constatou na vitimização simulada, por isso não podemos crucificar ninguém antecipadamente!

Torcemos que seja um mal entendido e que estimular boicote são atitudes de extremistas e pessoas travestidas de beatos!

Via: Banda B