Campanha Setembro Amarelo da PUCPR promove valorização das conexões reais 

De acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada 100 mortes registradas no planeta ocorre por suicídio. Com o objetivo de conscientizar a comunidade acadêmica sobre esse problema é que a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), por meio do Serviço de Apoio Psicopedagógico (SEAP), realiza diversas atividades para dar visibilidade à importância de cuidar da saúde mental.  

A campanha não parou mesmo nos anos de pandemia, em 2020 e 2021, com eventos remotos. Agora, com as altas taxas de vacinação e superação da crise sanitária, a Universidade quer retornar as conexões reais, a escuta acolhedora e a convivência social.  

“A campanha Setembro Amarelo da PUCPR sempre busca mobilizar o autocuidado, a coexistência e o acolhimento da comunidade acadêmica. Neste ano, inspirados pelo retorno à presencialidade, queremos convidar as pessoas a refletirem sobre a que as conecta e lhes recarrega. Será que temos conseguido manter um diálogo ‘ao vivo’ sem a interferência constante do celular, por exemplo? Nossa proposta, assim, é promover um ‘detox’ das telas”, comenta Ana Lucia Lacerda Michelotto, psicopedagoga do SEAP da PUCPR. 

Para a edição de 2022 da campanha, a PUCPR programou, até o dia 23 de setembro, atividades que incluem rodas de conversa, capacitações, palestras e encontros com o Projeto Focinhos, iniciativa do SEAP da Universidade que conta com a ajuda de cães terapeutas para minimizar o estresse dos estudantes, favorecer as relações interpessoais e aumentar a sensação de bem-estar no câmpus. 

A programação completa pode ser acessada em: https://www.pucpr.br/setembroamarelo 

Outras informações: (41) 99137-1014 (Whats App) e seap@pucpr.br

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Médico aponta 5 tendências para a saúde digital em 2023 

Pela primeira vez em mais de 60 anos o crescimento populacional da China foi negativo, o que já acontece na Europa há tempos. A consequência é clara: à medida que a população envelhece, mais o sistema de saúde é sobrecarregado. Contudo, mesmo com a clara necessidade de mais profissionais de saúde atuantes, cada vez menos trabalhadores parecem se interessar pela área médica

“Dois fatores têm afastado muitos profissionais da saúde da área médica, são eles: o déficit de remuneração e o aumento de casos de Burnout, visto que a categoria foi muito exigida nesses últimos anos de pandemia”, comenta o Dr. Eduardo Cordioli, médico e Head de Inovação da Docway, empresa de saúde digital que oferta soluções completas de telemedicina.

Para contornar esse e outros problemas, a saúde digital vem se consagrando como uma alternativa eficiente e acessível, trazendo mudanças significativas para o sistema em 2023. Segundo Cordioli, as maiores tendências são: equidade, computação de dados, inteligência artificial, sustentabilidade e inovação.

“Uma das barreiras que temos hoje é a grande disparidade nas condições de saúde globais. Por exemplo, se uma empresa multinacional emprega funcionários de diversas regiões do país, obviamente eles terão disparidade no acesso à saúde, o que é injusto. Mas quando falamos de saúde digital o fundamento principal é a equidade, desde o acesso até o desfecho”, explica.

Já através do avanço do 5G e do poder computacional, Cordioli aponta que é possível transitar dados de um paciente em diferentes cenários sem a necessidade do retrabalho, tornando o mercado da saúde mais resiliente. “Cada vez mais teremos computadores capazes de realizar cálculos avançados com menos custo e em menor tempo, permitindo modelos de cuidados alternativos, como a medicina preventiva e participativa, em que o autocuidado é facilitado pela inteligência artificial”, diz.

O médico ressalta ainda que a saúde digital é verde, pois consome menos carbono. “Se uma pessoa precisa ir ao médico e pode fazer parte da jornada em casa, ela diminuiu a emissão de gases poluentes para o meio ambiente, causando menos fricção ao sistema. Neste ponto, é possível ainda transformar as linhas de serviço de grandes operadores e empresas de saúde em crédito de carbono, a fim de garantir uma recuperação desse investimento”, sugere.

Por fim, mas não menos importante, Cordioli comenta que a saúde digital está usando de forma cada vez mais assertiva a tecnologia da informação. “O desenvolvendo de ferramentas que apoiam a medicina feita à distância é essencial para dar mais acesso, tornar o contato mais ágil e melhorar a experiência do usuário, garantindo uma maior adesão ao sistema de saúde. Afinal, quanto mais cuidado o paciente receber, menos doenças ele vai ter”, complementa.

Paciente descobre tumor no pulmão em exames pré-cirúrgicos para tratar câncer de mama

“Foram dois baques: primeiro a descoberta de um tumor na mama e, em seguida, outro no pulmão”, conta Simone Barbosa. “Acabei atrasando meus exames de rotina na pandemia da covid-19 e, quando fiz, descobri um caroço no seio do tamanho de um feijão. Durante os exames pré-operatórios para cirurgia de retirada, encontraram uma mancha de 5 centímetros no meu pulmão”, relata. A empresária teve tumores sincrônicos, que surgem no mesmo momento, mas sem relação um com o outro. Realizou duas cirurgias em um intervalo de 30 dias, uma na mama e outra, via robótica, no pulmão. 

“Foram dois tratamentos concomitantes, mas em separado pela natureza de cada um. A paciente descobriu o câncer no pulmão graças aos exames para cirurgia da mama e com isso conseguiu tratar precocemente. Mesmo assim, foi necessário retirar uma parte do pulmão esquerdo e ela perdeu uma parcela da capacidade respiratória, que tende a ser recuperada com fisioterapia e reablitação”, explica o cirurgião torácico do Hospital Marcelino Champagnat, Leonardo Rottili Roeder. “Ela não tinha nenhum sintoma da doença e isso faz com que esse tipo de tumor seja descoberto tardiamente pela maioria dos pacientes”, complementa.

Segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 85% dos casos de câncer no pulmão são descobertos em fases mais avançadas. Isso ocorre porque os sintomas da doença são facilmente confundidos com problemas respiratórios, como asma e bronquite. Tosse persistente (com ou sem sangue), falta de ar, dor no peito, infecções de repetição e fadiga também são sinais de alerta.

Robótica

A cirurgia para retirada do lobo superior esquerdo do pulmão da Simone foi feita em janeiro de 2022 por meio da cirurgia robótica, com a plataforma Da Vinci X. Nesse tipo de procedimento, uma pequena câmera é colocada dentro do paciente oferecendo imagens de alta definição em 3D, ampliadas em até 20 vezes, com braços articulados e movimentos mais precisos que o da mão humana. O cirurgião controla, por um painel na sala cirúrgica, um robô com quatro braços mecânicos equipados com diversos instrumentos médicos. 

O equipamento robótico é utilizado no tratamento de câncer de pulmão e tumores do mediastino, e também nos casos de alta complexidade em que a cirurgia por vídeo possa vir a ser de difícil execução. “A robótica se destaca por promover maior estabilidade, precisão e movimentos cirúrgicos. É um procedimento com menos cortes, perda de sangue, risco de infecção e, consequentemente, recuperação mais rápida do paciente”, ressalta o cirurgião.

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