O Sebrae lançou nesta semana uma campanha em defesa da manutenção do modelo de parcelamento das compras no cartão de crédito. O assunto vem sendo objeto de discussões por parte da direção do Banco Central, que cogitou a possibilidade de limitar essa forma de pagamento.
Para o Sebrae, o parcelamento sem juros no cartão é um instrumento indispensável para a economia do país. Somente em 2022, esse modelo movimentou mais de R$ 1 trilhão, o equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB). O parcelamento sem juros no cartão permite que os consumidores adquiram um produto ou serviço em condições que se encaixam em seu orçamento e, para o empreendedor, funciona como uma linha de crédito para capital de giro mais barata.
Segundo o presidente da instituição, Décio Lima, o acesso a crédito no Brasil ainda é um grande entrave que impede o desenvolvimento econômico e social de forma mais vigorosa e sustentável, tanto para as empresas quanto para as famílias. “Precisamos dar garantia para que as micro e pequenas empresas tenham longevidade e segurança. O parcelamento com taxação é inimaginável frente às naturais dificuldades econômicas enfrentadas pelo setor na voracidade própria do mercado. Os pequenos precisam ser protegidos para continuar tracionando a economia brasileira”, argumenta Lima.
É preciso corrigir o problema dos juros, mas, ao mesmo tempo, não criar outros.
Décio Lima, presidente do Sebrae Nacional.
A campanha publicitária do Sebrae lembra que somente quem está atrás do balcão de uma pequena empresa sabe que é dividindo no cartão que muitos brasileiros conseguem pagar produtos e contratar serviços. Acabar com o parcelamento sem juros vai gerar um impacto direto sobre os pequenos negócios, defende o Sebrae.
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