Anvisa recebe pedido de uso emergencial de vacina do Laboratório CanSino

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu nesta quarta-feira (19), o pedido de autorização temporária para uso emergencial da vacina contra a covid-19 Convidecia, do Laboratório CanSino, e afirma que a análise da documentação já foi iniciada. “No momento, está sendo feita a triagem para verificar se todas as informações para a avaliação foram devidamente apresentadas”, afirmou a agência em nota.

Segundo a Anvisa, o pedido foi feito pela empresa Belcher Farmacêutica, representante do laboratório chinês CanSino Biologics no Brasil. A agência tem sete dias úteis para se manifestar sobre o pedido caso todos os requisitos legais tenham sido cumpridos pela empresa solicitante.

O laboratório já havia realizado duas reuniões com representantes da Anvisa nos dias 8 e 15 de março deste ano. Nos encontros, foram apresentados os procedimentos necessários e as informações que a empresa deveria fornecer para que a Agência pudesse analisar o seu pedido.

O imunizante da CanSino é produzido a partir de um adenovírus humano não replicante e foi desenvolvido em parceria com a Academia de Ciências Médicas Militares da China. A vacina é oferecida em apenas uma dose.

Os ensaios clínicos da Convidecia foram desenvolvidos no Paquistão, na Rússia, no Chile, na Argentina e no México. Os dados desses estudos serão analisados pela Anvisa.

Embaixador da China

Antes da confirmação da Anvisa, a informação havia sido divulgada na conta do Twitter de Yang Wanming, o embaixador da China no Brasil. O embaixador disse que a fabricante já entrou em contato com o Ministério da Saúde e que a China está comprometida em “continuar e ampliar” a parceria com o Brasil no fornecimento de vacinas.

“A vacina Cansino, eficaz com só uma dose, está sendo aplicada na China. O laboratório chinês Cansino já entrou em contato com Ministério da Saúde brasileiro e apresentou o pedido à Anvisa para autorização de uso emergencial no Brasil. A China está comprometida em continuar e ampliar a parceria de vacinas com o Brasil”.

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Anvisa proíbe venda de todas as pomadas para modelar e trançar cabelos

Todas as pomadas para modelar, trançar e fixar cabelos estão com a venda proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A medida de segurança é válida também para distribuição e exposição para a venda de todos os lotes de qualquer tipo destes cosméticos, no comércio em geral.

A interdição é temporária e ficará vigente até que sejam realizados testes, análises e outras providências possíveis para concluir a investigação sobre caso de intoxicações, informou a agência. A Resolução nº 475 da Anvisa foi publicada nesta quinta-feira (9), no Diário Oficial da União.

A Anvisa informa ainda que as pomadas existentes nas residências ou em salões de beleza, que foram compradas antes da publicação da resolução, ou seja antes do dia 9 de fevereiro, também não devem ser usados, enquanto a medida estiver em vigor.

A cabeleireira e tricologista Rosi Ribeiro conversa com a Agência Brasil sobre o uso de pomadas capilares e os perigos de alguns cosméticos

Pomadas capilares provocaram lesões oculares em várias regiões do país – Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Entenda o caso

Em dezembro do ano passado, a Anvisa alertou para o risco de cegueira temporária, provocada pelo uso de produtos para trançar e modelar cabelos comercializados em todo o país.

A decisão de ontem foi adotada pelo colegiado como forma de prevenir novos casos de intoxicação relacionados ao uso desse tipo de produto de várias marcas, em diferentes regiões do país.

Entre os efeitos adversos observados estão a perda temporária da visão, forte ardência nos olhos, lacrimejamento intenso, coceira, vermelhidão e inchaço dos olhos, dores de cabeça e queda intensa de cabelo.

Segundo as informações disponíveis, as ocorrências se deram, principalmente, depois que os usuários que aplicaram as pomadas mergulharam no mar, piscina, tomam banho de chuva, ou transpiram. Isso porque a pomada escorre pelo rosto e entra em contato com os olhos.

Orientações

Para proteger a população, a Anvisa orienta os consumidores a não usarem ou adquirirem essas pomadas. Se o uso for recente, os cabelos devem ser lavados com cuidado, com a cabeça inclinada para trás, para que o produto não escorra para os olhos.

Em caso de contato acidental, os olhos devem ser lavados imediatamente com água em abundância. Se houver intoxicação, a orientação é que procurem o serviço de saúde mais próximo.

Aos profissionais de salões de beleza e comércio em geral, a Anvisa reforça que os produtos não podem ser comercializados e adverte que estes não devem ser usados em nenhum cliente. A recomendação vale também para quem manuseia o produto.

Em caso de efeitos indesejados, é possível informar a Anvisa por meio de um formulário online. A agência recomenda que, na hora de fazer o registro, a pessoa tenha em mãos os dados do rótulo do produto.

O formulário preenchido será encaminhado a uma equipe técnica para análise das informações, seguida pela investigação e busca de evidências. Os dados do informante são mantidos sob sigilo.

Já os profissionais de saúde que realizarem atendimentos a pacientes com danos à saúde devido ao uso destas pomadas, devem notificar a Anvisa pelo site.

Nos estados e municípios, as vigilâncias sanitárias locais devem fiscalizar e adotar as medidas necessárias para que estes produtos não circulem e não sejam comercializados, até uma possível mudança de orientação da Anvisa.

Outras medidas

Até o fim da interdição, estão suspensas também pela Anvisa novas notificações para regularizar pomadas capilares. Na semana que vem, a Diretoria Colegiada da Anvisa deve realizar uma reunião técnica com o setor produtivo para discutir novos procedimentos necessários à regularização dos produtos, que deverão seguir regras específicas.

A Anvisa já tinha publicado dois alertas e interdições sobre estes produtos aos cabelos.

A agência e os órgãos de vigilância sanitária locais seguem investigando os casos, os produtos citados e as empresas fabricantes.

Por enquanto, a Anvisa não determinou o recolhimento das pomadas capilares investigadas, das prateleiras. No Rio de Janeiro, no entanto, o órgão de vigilância municipal recolheu pomadas capilares em meados de janeiro.

Fonte: Veja a matéria no site da Agência Brasil

Médico aponta 5 tendências para a saúde digital em 2023 

Pela primeira vez em mais de 60 anos o crescimento populacional da China foi negativo, o que já acontece na Europa há tempos. A consequência é clara: à medida que a população envelhece, mais o sistema de saúde é sobrecarregado. Contudo, mesmo com a clara necessidade de mais profissionais de saúde atuantes, cada vez menos trabalhadores parecem se interessar pela área médica

“Dois fatores têm afastado muitos profissionais da saúde da área médica, são eles: o déficit de remuneração e o aumento de casos de Burnout, visto que a categoria foi muito exigida nesses últimos anos de pandemia”, comenta o Dr. Eduardo Cordioli, médico e Head de Inovação da Docway, empresa de saúde digital que oferta soluções completas de telemedicina.

Para contornar esse e outros problemas, a saúde digital vem se consagrando como uma alternativa eficiente e acessível, trazendo mudanças significativas para o sistema em 2023. Segundo Cordioli, as maiores tendências são: equidade, computação de dados, inteligência artificial, sustentabilidade e inovação.

“Uma das barreiras que temos hoje é a grande disparidade nas condições de saúde globais. Por exemplo, se uma empresa multinacional emprega funcionários de diversas regiões do país, obviamente eles terão disparidade no acesso à saúde, o que é injusto. Mas quando falamos de saúde digital o fundamento principal é a equidade, desde o acesso até o desfecho”, explica.

Já através do avanço do 5G e do poder computacional, Cordioli aponta que é possível transitar dados de um paciente em diferentes cenários sem a necessidade do retrabalho, tornando o mercado da saúde mais resiliente. “Cada vez mais teremos computadores capazes de realizar cálculos avançados com menos custo e em menor tempo, permitindo modelos de cuidados alternativos, como a medicina preventiva e participativa, em que o autocuidado é facilitado pela inteligência artificial”, diz.

O médico ressalta ainda que a saúde digital é verde, pois consome menos carbono. “Se uma pessoa precisa ir ao médico e pode fazer parte da jornada em casa, ela diminuiu a emissão de gases poluentes para o meio ambiente, causando menos fricção ao sistema. Neste ponto, é possível ainda transformar as linhas de serviço de grandes operadores e empresas de saúde em crédito de carbono, a fim de garantir uma recuperação desse investimento”, sugere.

Por fim, mas não menos importante, Cordioli comenta que a saúde digital está usando de forma cada vez mais assertiva a tecnologia da informação. “O desenvolvendo de ferramentas que apoiam a medicina feita à distância é essencial para dar mais acesso, tornar o contato mais ágil e melhorar a experiência do usuário, garantindo uma maior adesão ao sistema de saúde. Afinal, quanto mais cuidado o paciente receber, menos doenças ele vai ter”, complementa.

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