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Amantes de pets, londrinenses gastam, em média, R$193,30 mensais com cãozinho, aponta pesquisa | ASN Paraná


Os cães lideram a preferência dos londrinenses que possuem animais de estimação em casa. Este tipo de pet é, também, o que mais gera gastos para os tutores. Uma pesquisa realizada na cidade pelo Sebrae/PR revela que os custos mensais nos cuidados com esses animais ficam, em média, em R$ 193,30. Os resultados do levantamento foram apresentados durante o Seminário Conecta Pet, na manhã desta segunda-feira (8), no Pavilhão Smart Agro, na ExpoLondrina 2024.

A pesquisa quantitativa realizou 308 entrevistas, em janeiro deste ano, com moradores de Londrina que declaravam ter um ou mais animais de estimação, em pontos de grande fluxo de pessoas na cidade. Do total de entrevistados, 72% são mulheres e 28% homens, a maioria (43%) na faixa etária entre 30 e 49 anos. Quase a metade (46%) declarou ter renda entre R$ 2.640,00 e R$ 6.600,00, 47% afirmou ter ensino médio e 17% ensino superior completo.

Dentro da amostra realizada, 60% informaram ter apenas um animal de estimação, sendo que a maioria declarou ter cachorro (39%), ave (27%), gato (18%), peixe (14%) e réptil (2%). A internet (47%) é a forma mais frequente que esse público utiliza para se informar sobre produtos e serviços para pets, seguida dos veterinários (44%). Os produtos mais comprados para os pets foram os de alimentação (100%), ainda que remédios (48%), brinquedos (37%) e acessórios (26%) tenham alcançado percentuais relevantes.

A pesquisa revelou a preferência (92%) dos donos de animais de estimação pela realização das compras desses produtos em lojas físicas. Apenas 4% declararam fazer compras dos itens on-line e 4% em ambos. Entre os fatores que influenciam na decisão de compra, 48% dos entrevistados declararam que é a qualidade e só depois o preço (24%) e a marca (11%).

O valor médio gasto com os produtos ficou em R$ 136,40 mensais, além de 30% dos entrevistados terem uma despesa superior a R$151,00. Para os tutores com, no mínimo um cachorro, o gasto médio mensal foi o mais elevado (R$193,30 por mês), uma variação de 251% com relação a aqueles que têm ao menos um peixe como animal de estimação.

Seis dias por ano é a média de visitas ao veterinário que, normalmente, é escolhido por recomendação. A maioria dos donos de pets entrevistados (45%) afirmou que não têm o hábito de levar seus bichinhos ao profissional, apenas se ficarem doentes ou precisarem de vacinas. Um número muito reduzido de tutores (2%) respondeu possuir um plano de saúde para seus animaizinhos, o equivalente a um em cada 50.

Com relação ao banho e à tosa, 16% dos pesquisados responderam recorrer aos serviços mensalmente. Entre os donos de cães, o número chega a 35%. A maioria (64%) prefere levar o pet em um estabelecimento especializado, tanto pela estrutura, praticidade e higiene, como pela segurança. Apenas 20% informaram ter um pacote mensal com pet shop, os 80% restantes disseram pagar por visita. O valor médio gasto é de R$ 68,50. Com relação a serviços de hospedagem, 96% responderam nunca ter utilizado.

A consultora do Sebrae/PR, Alesandra de Almeida, conta que existe um volume grande de empresas voltadas ao mercado pet em Londrina e região e, por isso, a instituição estruturou o Conecta Pet, um programa voltado a aprimorar a gestão desses negócios para contribuir com a sustentabilidade das micro e pequenas empresas que atuam no segmento, que está em expansão no Brasil.

“Vamos apoiar as lojas no layout, exposição e organização dos produtos, pois o visual é importante para o convencimento de venda. Também queremos contribuir para o posicionamento, gestão, negociação, como fazer as melhores compras para atender bem os clientes”, explica a consultora.

Relacionamento e fidelização

O proprietário do Mr. Dog Pet Shop, em Londrina, Ademir Garcia, está no mercado há 20 anos e diz não ter ficado surpreso com os números que revelaram a preferência do londrinense pelas compras de produtos para pets em lojas físicas.

“Londrina é uma cidade grande, mas tem um ar de cidade de interior. A maioria dos donos de pet shops está na sua loja. Eu mesmo abro e fecho a minha empresa. Existe uma relação de confiança com os clientes. Os meus melhores amigos nasceram da minha clientela”, justifica.

Apesar de ainda não realizar vendas on-line, o empresário diz que alguns diferenciais fidelizam os consumidores, como a climatização do espaço para banho e tosa, funcionários experientes, além de melhorias recentes feitas na estrutura da loja. O próximo passo, segundo ele, é melhorar o marketing do negócio nas redes sociais.

O representante da Petlon, indústria de acessórios e brinquedos para cachorros e gatos, sediada em Londrina, Renan Aparecido Ribeiro, diz que uma das dificuldades do mercado é ter acesso a números e estatísticas, como esses que foram apresentados pelo Sebrae/PR durante o evento.

“A gente sente muita falta de números. É um mercado de muito ‘achismo’. Então, na hora de tomar uma decisão, levamos em conta a percepção dos vendedores que estão em contato com as lojas. Pesquisas são poucas e é muito importante a gente ter acesso a informações sobre a nossa região”, aponta.

Seminário Conecta Pet

Além de apresentar a pesquisa com tutores de pets, o Seminário Conecta Pet trouxe as palestras “Inovação e criatividade no segmento pet: mitos e verdades”, do empresário Marco Santa Maria, e “6 passos para ter um pet shop lucrativo”, da mentora de negócios e proprietária da Lord Pet Store, Amanda Simões.

Mais informações sobre o programa Conecta Pet, do Sebrae/PR, voltado aos empresários desse mercado em Londrina e região, podem ser consultadas pelo telefone (43) 3373-8000.



Leia a matéria no site do Sebrae