Nesta segunda-feira (17), a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou, por 20 votos a 5, uma moção de protesto contra o uso da linguagem neutra na Universidade Federal do Paraná (UFPR). A proposta, apresentada pelo vereador Eder Borges (PL) e coautoria de outros parlamentares, foi motivada por um vídeo divulgado pela UFPR no Instagram, no qual um estudante usou o termo “bem-vindes” para se referir aos calouros. Os vereadores que apoiaram a moção consideraram o uso do “e” na saudação um ataque à língua portuguesa, argumentando que a universidade deveria prezar pela norma culta.
Durante o debate, os parlamentares favoráveis à moção expressaram preocupações com a ideologização da instituição, afirmando que o uso da linguagem neutra afasta estudantes e prejudica a educação formal. Por outro lado, a oposição à moção defendeu a autonomia da universidade e a liberdade de expressão dentro da instituição. A vereadora Camilla Gonda (PSB) criticou a proposta, acusando os autores de usarem o tema como uma forma de atacar a educação pública e gratuita. Ela afirmou que a universidade deve continuar sendo uma referência de excelência, independentemente do uso de termos como “todes”.
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O debate gerou intensas divergências, com algumas autoridades políticas denunciando a tentativa de interferir na autonomia universitária. Para a vereadora Vanda de Assis (PT), a moção representava um retrocesso e um ataque direto à independência das universidades. Já outros vereadores argumentaram que a linguagem neutra não deveria ser adotada na comunicação oficial de órgãos públicos, como os perfis da UFPR. A íntegra do debate pode ser acompanhada no canal da CMC no YouTube.
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