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Maio Amarelo: Saúde aponta custos dos acidentes de trânsito para o SUS

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) ressalta, durante o Maio Amarelo, mês dedicado à mobilização pela segurança viária, os sérios impactos causados pelos sinistros de trânsito. Esses eventos resultam em perdas de vidas e incapacidades permanentes, gerando custos elevados para o Sistema Único de Saúde (SUS). Muitas vezes chamados de acidentes, esses sinistros são, na verdade, evitáveis e não se enquadram na categoria de “acidente” em sua definição mais precisa.

Dados Alarmantes sobre Sinistros de Trânsito

De acordo com um levantamento da Sesa, os sinistros envolvendo motocicletas têm gerado o maior número de internações. Em 2024, foram registrados 8.007 casos, com um custo estimado de R$ 13,4 milhões. Até agora em 2025, já foram contabilizadas 573 internações, totalizando R$ 838 mil em despesas. As faixas etárias mais afetadas incluem adultos entre 30 e 59 anos e jovens de 15 a 29 anos.

Compromisso com a Segurança Viária

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, enfatiza a necessidade de ações integradas e contínuas para enfrentar a violência no trânsito. Ele afirma: “Cada sinistro representa uma vida impactada, uma família abalada e um custo elevado para o sistema público de saúde”. Beto Preto destaca que a segurança no trânsito é uma questão de saúde pública, e que o governo está comprometido em promover uma cultura de paz nas ruas e estradas do Paraná, por meio da prevenção e conscientização.

Além disso, ele acrescenta que os custos dos sinistros vão além das internações hospitalares, incluindo atendimento pré-hospitalar, cirurgias de emergência e processos de reabilitação física e emocional.

Ações do Maio Amarelo

Durante todo o mês de maio, o Governo do Estado realiza ações educativas e mobilizações em vários municípios, com o apoio do Programa Vida no Trânsito (PVT). Essa iniciativa visa a redução de mortes e feridos graves por meio da melhoria na gestão do trânsito e da segurança viária, além de promover boas práticas entre os usuários e aprimorar a resposta dos serviços de emergência.

O programa está presente em 14 municípios paranaenses: Curitiba, São José dos Pinhais, Foz do Iguaçu, Campo Mourão, Cascavel, Francisco Beltrão, Londrina, Maringá, Paranaguá, Paranavaí, Ponta Grossa, Toledo, Araucária e Umuarama, que juntos abrigam 44% da população do estado. Esses locais apresentaram, em 2024, uma taxa de mortalidade por lesões no trânsito de 15,3 por 100 mil habitantes, inferior à média estadual, que é de 21,7 por 100 mil.

Metas para Redução de Mortalidade

O Plano Estadual de Saúde (PES) para o período de 2024-2027 visa reduzir a taxa de mortalidade por lesões no trânsito para 15,7 por 100 mil habitantes até 2027. Essa meta está em consonância com compromissos nacionais e internacionais, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans).

Uma iniciativa destacada é o Plano Estadual de Segurança no Trânsito do Paraná (Petrans 2025–2030), que está em consulta pública desde 5 de maio. O plano adota uma abordagem abrangente focada na estratégia Visão Zero, que busca eliminar fatalidades e lesões graves no trânsito.

Dentre as principais ações do Petrans, destacam-se aquelas baseadas em análises de dados, identificação de fatores de risco e promoção de uma mobilidade mais segura e sustentável para todos os usuários das vias.