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Eleições 2026: Moro lidera disputa pelo Governo do Paraná; Greca e Curi empatam na 2ª colocação, aponta pesquisa Neokemp

Eleições 2026

Novo levantamento revela cenário fragmentado e alto índice de rejeição entre os principais nomes da corrida ao Palácio Iguaçu. Estudo também mostra tendência para o Senado e preferência presidencial dos paranaenses.

A mais nova pesquisa do Instituto Neokemp, realizada nos dias 28 e 29 de abril de 2025, traça um retrato detalhado do atual cenário político no Paraná para as eleições de 2026. O levantamento testou dois cenários distintos para o Governo do Estado e indica que o senador Sérgio Moro (União Brasil) parte na dianteira, enquanto Rafael Greca (PSD) e Alexandre Curi (PSD) aparecem tecnicamente empatados na segunda posição, dependendo do cenário.

Os dados também revelam um eleitorado ainda indeciso, com níveis elevados de rejeição para alguns nomes e desafios claros para a esquerda, que segue sem uma candidatura competitiva no estado.


Cenário 1: Moro isolado na frente, seguido por Requião Filho e Greca

No primeiro cenário estimulado pela pesquisa, o ex-ministro Sérgio Moro aparece com 36,6% das intenções de voto. A distância para os demais é significativa: Requião Filho tem 12,2% e Rafael Greca, ex-prefeito de Curitiba, surge com 11,0%.

Completam a lista:

  • Cida Borghetti (PP): 4,2%
  • Ênio Verri (PT): 3,7%
  • Guto Silva (PSD): 3,3%
  • Indecisos: 18,8%
  • Branco/Nulo: 10%

Cenário 2: Curi entra na disputa e empata com Greca e Requião Filho

No segundo cenário, que exclui Cida Borghetti e Guto Silva, mas insere o deputado estadual Alexandre Curi (PSD), o cenário se ajusta.

  • Sérgio Moro: 33,4%
  • Rafael Greca: 12,1%
  • Requião Filho: 11,9%
  • Alexandre Curi: 10,2%
  • Paulo Martins (PL): 8,1%
  • Ênio Verri: 4,6%
  • Indecisos: 12,9%
  • Branco/Nulo: 6,7%

Rejeição: Requião Filho e Moro lideram índice de rejeição entre os eleitores

A pesquisa também investigou quem os paranaenses não votariam “de jeito nenhum”.

  • Requião Filho lidera o ranking com 22,1% de rejeição.
  • Sérgio Moro aparece em seguida com 19%.
  • Outros nomes: Ênio Verri (13%), Cida Borghetti (12,3%), Alexandre Curi (6,8%), Rafael Greca (6,2%), Guto Silva (2,8%) e Paulo Martins (2,5%).

Apesar dos índices, 15,3% afirmaram não rejeitar nenhum dos nomes apresentados, o que demonstra espaço para movimentação e mudança de percepção até 2026.


Disputa ainda incerta: alianças e federações podem mudar o jogo

Os cenários traçados pela pesquisa Neokemp ainda não refletem os acordos políticos, federações partidárias e estratégias eleitorais que devem se consolidar ao longo de 2025. Moro, por exemplo, está filiado ao União Brasil, agora em federação com o PP de Cida Borghetti, o que pode inviabilizar uma disputa entre ambos.

Do outro lado, Greca, Curi e Guto Silva pertencem ao mesmo grupo político liderado pelo governador Ratinho Junior (PSD), o que torna improvável uma candidatura tripla. Ao final, o grupo deve unificar forças em torno de um único nome.


Senado: Deltan, Cristina e Gleisi aparecem na frente

A corrida pelas duas vagas ao Senado em 2026 também foi medida. No 1º voto, os mais citados foram:

  • Deltan Dallagnol – 20,9%
  • Cristina Graeml – 16,7%
  • Gleisi Hoffmann – 14,3%

No 2º voto, Deltan e Cristina seguem bem posicionados, enquanto Filipe Barros (13%) e Requião Filho (10%) aparecem como opções viáveis, dependendo da composição das chapas.


Presidência: Ratinho Junior lidera entre os paranaenses; Lula é o terceiro

Na simulação para a eleição presidencial de 2026, o atual governador do Paraná, Ratinho Junior, aparece com 35,3% das intenções de voto no estado, consolidando sua força regional como potencial nome para o Planalto.

  • Tarcísio de Freitas aparece com 21%.
  • Lula, presidente atual, surge em terceiro, com 20,4%.
  • Outros nomes somam menos de 7%.

Sobre a pesquisa

A pesquisa do Instituto Neokemp foi realizada presencialmente com 1.200 entrevistas em 81 municípios do Paraná, nos dias 28 e 29 de abril de 2025. A margem de erro é de 2,8 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.