Recentes episódios de violência policial motivaram a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) a realizar uma audiência pública em Londrina, na quinta-feira (8). O evento, que ocorreu no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), contou com a presença de familiares de vítimas, representantes da sociedade civil, autoridades e especialistas em segurança pública e direitos humanos.
Presidência e demanda de investigação
A audiência foi presidida pelo deputado Professor Lemos (PT), vice-líder da Oposição, e atendeu ao pedido do deputado Arilson Chiorato (PT), que apresentou um requerimento formal no mês anterior. “Precisamos tratar com seriedade os possíveis excessos cometidos durante ações policiais. Esta audiência é parte do nosso dever de fiscalizar, dar visibilidade às denúncias e cobrar providências concretas do Governo Ratinho Jr”, declarou o deputado Arilson.
Casos que geraram protestos
As discussões foram impulsionadas por casos como a morte dos jovens Kelvin Willian Vieira dos Santos, de 16 anos, e Wender Natan da Costa Bento, de 20, durante uma abordagem da Polícia Militar em fevereiro. O incidente provocou protestos e levantou questionamentos sobre a conduta dos policiais envolvidos.
Demandas por transparência
“As mortes em Londrina precisam ser esclarecidas com responsabilidade. Esta audiência foi um momento de escuta, acolhimento e compromisso com a verdade. Não podemos mais conviver com a ausência de provas que transforma cada caso em uma disputa de versões. É urgente implantar câmeras corporais e nas viaturas para garantir transparência nas ações policiais”, enfatizou o líder da Oposição na Alep. O parlamentar também solicitou o acompanhamento das investigações pelo Legislativo, além de apoio às famílias das vítimas e melhores condições de trabalho para os profissionais de segurança pública.
O papel da Comissão de Direitos Humanos
Professor Lemos ressaltou que a função da Comissão de Direitos Humanos é ouvir a população e encaminhar suas denúncias. “Viemos a Londrina porque essa demanda chegou até nós. É dever do Legislativo ouvir a população, especialmente em situações em que pessoas inocentes estão perdendo a vida. Essa violência precisa ter fim”, afirmou.
Encaminhamentos propostos
Entre as propostas discutidas, estão a regulamentação do uso de câmeras corporais, o fortalecimento das corregedorias e o aumento da transparência nas investigações, com a participação ativa da Alep e dos órgãos de controle, como o Ministério Público.
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