A Guerra do Pente – O dia em que Curitiba explodiu
Aí aí aíííí, galera! Liguem-se nessa história da Guerra do Pente que pouca gente conhece. Ela foi um protesto que teve início em 8 de dezembro de 1959 na nossa linda e maravilhosa cidade de Curitiba.
O Conflito
No dia 8 de dezembro de 1959 o Subtenente António Tavares da Polícia Militar do Estado do Paraná comprou um pente pelo valor de quinze cruzeiros e exigiu o comprovante do comerciante libanês Ahmed Najar. Houve uma discussão entre eles e o comerciante fraturou a perna do Subtenente. Estava iniciado o conflito.
Cento e vinte lojas de árabes, judeus, italianos e brasileiros mas todos conhecidos como “turcos” foram depredadas. Algumas delas totalmente destruídas.
Todos os jornais, revistas, além da rádio registraram o acontecimento do primeiro dia e a espontaneidade com que tudo se iniciara. A revolta atingiu as lojas do centro da cidade, bares, bancas de revistas e carrinhos de pipoca, órgãos públicos como COAP (Comissão de Abastecimento e Preços); DFDG (Delegacias de Falsificações e Defraudação em Geral); Chefeatura de Polícia; Biblioteca Pública do Paraná; Edifícios do IPASE e a Agência do IAPC.
A Intervenção do Exército
A intervenção policial e de uma guarnição do Corpo de Bombeiros acirraram ainda mais os ânimos dos populares. Houve quebra-quebra generalizado por todo o centro curitibano. Com a intensificação da ação policial sobre o povo, aumentou-se a resposta em forma violenta, dispersando-a para outras ruas e praças. No segundo dia do levante, muitos dos “desordeiros” haviam sido presos. Porém, o movimento continuou com menor proporção. O Exército assumiu o comando de controle do tumulto, que parecia fugir das mãos da Polícia Civil e Militar, e teve um reordenamento de estratégia. Uma ação organizada de forte aparato bélico com pelotões de soldados armados de baionetas e metralhadoras esvaziou o centro da cidade, numa operação segurança comandada pelo Capitão José Olavo de Castro, da Polícia do Exército.
No terceiro e último dia do protesto, o Exército controlou a cidade. Pontos de ônibus foram alterados de local, realizou-se toque de recolher às 20h, medidas de um controle intenso do espaço público. O deslocamento ao centro da cidade já estavam normalizadas. O Exército, sob comando do General Oromar Osório, manteve patrulhas que circulavam pelas ruas na tentativa de evitar a desordem. Os bares foram obrigados a fechar suas portas às vinte horas, por determinação da Delegacia de Segurança Pessoal. A ação do Exército, da Polícia Militar e Civil evitou maiores danos, que nas palavras de Pinheiro Jr, chefe de polícia da capital, “a polícia agiu com prudência segundo suas circunstância”. Além da violenta imposição da paz armada, houve pedidos por parte das autoridades militares e religiosas, o Arcebispo Metropolitano D. Manoel da Silva Delboeux fez um “apelo a juventude para não comprometer-se nesta tragédia triste de vandalismo”, “a interferência do Exército determinou o encerramento da baderna predatória”.
Fonte. Dica da Anayara Yarana.
Bacana, né?!
Também tem histórias sobre Curitiba?! Envie-nos pelo busaocuritiba@hotmail.com e ficaremos muito felizes em publicar!
Vavavavaleu!
Acho que, quando algum curitibano exagerar agora, podemos dizer que está "penteando". 😛
Nunca soube disso. rsrsrsrsrsrsrs, interessantes detalhes de Curitiba.
Esse Subtenente é meu avo… Essa historia é muito massa.. e tem muita coisa que poucos sabem mesmo até os estudiosos!!!
Possível assunto q cairia em alguma questão de Hist. na prova da PMPR 2012-2013, vários cursinhos tocaram neste assunto, muito interessante por sinal, mas a m$%¨& da Fafipa nem sequer passou por assunto parecido.Meu, tudo a ver, polícia, história da cidade e tal.Há qm diga q é chororo de qm ñ passou na prova e tá revoltadinho, porém, já passei da segunda fase e rumo ao TAF.kkkk perdi totalmente o rumo da notícia, mas foi só pra queimar ainda mais o filme da FAFIPA!
Uau, não sei como não tinha ouvido falar disso antes!
Guerra do pente nada, os policiais sempre querendo ter razão e descendo o sarrafo nos camelos kkkkkkkkkk, parece até o filme do Zoran o agente bom de corte KKKKKKKKKKKK
la tambem quebram as lojinhas dos turcos kkkkk
Faltou informar que a discussão teve início porque o valor do pente era irrisório. Na época existia uma campanha para aumentar a arrecadação de ICMS, cujo slogan era "SEU TALÃO VALE UM MILHÃO", instituída pelo então Governador Moisés Lupion, consistia na troca de notas fiscais por um cupom para concorrer ao prêmio. O comerciante recusou-se a emitir a nota fiscal, devido ao valor irrisório da mercadoria. Esse foi motivo da discussão. Como sei? Minha mãe tinha 17 anos, trabalhava na Casa Sloper e quase levou uma pedrada na guerra, além disso, meu avô era de origem árabe e era barbeiro. Tinha barbearia na rua XV.
minha vó sempre conta essa história ai..